segunda-feira, 23 de abril de 2012

Viver um sonho. Parte um.


Este conto, dividido em partes, foi realmente incentivado por uma ofensa, uma espécie de censura, simplesmente por ter a capacidade de imaginar e me divertir com histórias românticas bobas. Se for bobo e acho que sou, ninguém tem nada a ver com isso. Não prejudica minha profissão, meu relacionamento familiar, nem prejudicou as relações com as mulheres que amei, pelo contrário, ter imaginação romântica sempre me ajudou. Apesar de poder ver os defeitos das pessoas, em relação às mulheres as ponho num pedestal de compreensão, aceitação, desejo e adoração. Se sofrer com isso, mais uma vez, é problema meu.

Como é um fan-fiction, é inspirado em casal, fruto da imaginação de muitos, que seres felizes que são, desejam a felicidade para estas duas pessoas que admiram. Então, com os nomes trocados, afinal usar os nomes reais é uma espécie de invasão de privacidade. Usarei os de personagens. Mas todos sabem a quem estarei me referindo, é claro.

Existe uma versão mais picante desta história, mas como não desejo tornar este blog impróprio para menores de dezoito anos, não a publicarei aqui.

Esta versão prende-se a parte escrita pela minha imaginação “infantil”. Aquela imaginação que deseja que as pessoas sejam felizes, que sorriam para o mundo, que iluminem as pessoas a sua volta, assim como o “casal” que a inspirou.

PRIMEIRA PARTE

Naquela altura da noite ela já estava com o coração batendo acelerado. Ela sabia que o dia seguinte seria mais do que importante, mas fundamental no seu futuro relacionamento com Johnny. Pela primeira vez ela teria um compromisso profissional, de modelo, com aquele que lhe chamou a atenção no reality show que participaram juntos. Dentro do reality eles tiveram encontros e desencontros, várias interferências externas que atrapalharam um romance que poderia ter acontecido de forma duradoura na casa em que viveram por mais de dois meses.

Ela tinha necessidade de dormir cedo, queria estar linda e descansada para que Johnny ficasse irremediavelmente encantado por ela. Tinha medo de tomar remédio para dormir e ficar com ressaca do remédio, tomou uma grande quantidade de suco de maracujá e deitou-se.

Por mais de uma hora mexeu-se de um lado do outro da cama até que adormeceu.

Acontece um lapso. Um portal abriu-se. Temporal? Dimensional? De realidade? Não importa. Regina estava perplexa, não sabia quando aquela festa começou. Suas amigas tinham chegado de surpresa, com balões de festas e línguas de sogra. Amanda, uma amiga de infância, olhava para ela e ria, curiosa Regina não resistiu e perguntou: “O que você aprontou?”

Amanda riu e respondeu: “Uma surpresa, já deve estar chegando”. Amanda e suas amigas tinham contratado um Stripper. Era uma festa de despedida de solteira e a festa era dela. Ela se casaria no dia seguinte.

Pouco tempo depois, tocou a campainha do quarto do hotel. Regina foi atender, ao abrir a porta sentiu as palpitações e o ar fugindo dos pulmões. Não sabia o que falar, encarava aqueles olhos verdes que tanto procurava com seus belíssimos olhos azuis, cor de piscina. Aqueles olhos verdes geralmente irradiavam alegria quando a via, mas naquele momento estavam tensos. Depois de algum tempo percebeu que ele estava molhado de chuva, ainda atordoada mandou-o entrar enquanto dizia em voz quase inaudível: “Johnny, o que você está fazendo aqui?”

Amanda ao perceber a presença de Johnny foi sensata, virou-se para as amigas e disse: “A festa acabou, vamos gente, amanhã nos vemos” Em poucos minutos elas pegaram suas bolsas e passando por Regina e Johnny despediam-se deles. Fecharam a porta deixando os dois amigos sozinhos para conversarem. Amanda pegou o celular e ligou para o número do stripper cancelando a apresentação. Pediu que ele mandasse um SMS com um número da conta de banco, que ela depositaria o valor acertado.

Assim que suas amigas fecharam a porta, antes que Regina pudesse pensar no que estava acontecendo, Johnny tomou-a nos braços pressionando-a contra a fria parede do quarto do hotel. Ela sentiu um volume na altura de seu estômago, por ser tão mais baixa que ele. Ele a beijou apaixonadamente, profundamente. O gosto daquela língua, tão conhecida, deixava-a excitada. Johnny interrompeu o beijo, afastou um pouco o rosto, olhou bem para ela enquanto tocava-a nos lábios com os polegares. Ele estava molhado de chuva, mas era ela quem estava sentindo-se afogada, sem ar. Queria mais, queria beijá-lo, queria mais do que beijá-lo. Johnny atendeu o pedido feito em pensamento, beijou-a mais uma vez. Ela sentindo as pernas bambearem afastou-se o suficiente para ganhar ar e poder perguntar: “Johnny, o que você faz aqui? Amanhã eu vou casar, você sabe disso”. Johnny deixou a tristeza perpassar por seus olhos, ainda assim respondeu de imediato: “Eu sei, estou me lixando” voltou a passar os polegares nos lábios de Regina e completou “Eu tinha de ver você, eu tinha de estar com você, eu tinha de ter você”. Regina suspirou e beijou gentilmente os polegares dele.

Regina não sabia o que estava fazendo, ela o queria, sabia que o queria, mas não podia entregar-se a ele, pensava enquanto voltaram a se beijar, cada vez mais intensamente. “Que saudade de seu cheiro” disse Johnny. Regina riu. “Compre o perfume e dê para suas namoradas” provocou Regina. “Você não sabe que o cheiro do perfume é uma combinação dele com o cheiro da pele? Esta combinação é única em você, você torna qualquer perfume especial”.

Regina olhava para Johnny com admiração misturada ao medo, sabia que não era certo o que desejava fazer, mas era o Johnny quem estava na frente dela. Ela pensava no que iria falar, mas os pensamentos se perdiam em meio à emoção de estar com ele. Enfim balbuciou: “Não posso”. Ele a olhou convicto e respondeu: “Pode e vai. Não me importa o amanhã. Esta noite é minha”. Johnny carregou-a no colo e enquanto beijava-a no pescoço levou-a até a cama, depositando-a gentilmente.

Johnny sentou-se ao lado dela e disse: “Eu farei desta noite a sua noite inesquecível, mostrar em gestos aquilo que não posso dizer a você, mostrar a você o quanto eu te amo”.

2 longos parágrafos censurados.

Depois daquela intensa noite de sexo e paixão, Regina aninhou-se no peito de Johnny e adormeceu.

Um segundo lapso temporal.

Regina olhou-se no grande espelho lateral de uma ante-sala. Estava lindíssima. Com o vestido de noiva que sempre sonhou. Seu pai segurava-lhe o braço. Entraram num grande salão aonde ao final estava um pequeno altar. Em pé, logo na entrada do salão estava Johnny. Ela sentiu o joelho falhar e estava quase caindo quando o pai percebeu e a apoiou para que permanecesse em pé.  No fim do salão percebeu a presença de Romário, outro participante do Reality show junto a seu irmão. Um choque a tomou. A consciência de que iria casar com Romário, mas já começava a relação traindo-o com Johnny.

Ela queria fugir, mas sabia que aquilo envergonharia a sua família. Amava a sua família. Ela não podia fugir. Queria pensar, mas olhava para Johnny. Via seu olhar profundamente triste. Nem percebeu que tocava a ária de Bach, DE BACH, como diria um estrangeiro em português: DA BACH, DABACH.

Regina sentiu tudo acontecendo muito rápido, ao menos aquela tortura não lhe seria lenta. Não sabia como chegou ao altar, percebeu apenas quando o padre fez a famosa questão: “Se alguém nesta sala sabe de alguma coisa que impeça este casamento que fale agora ou cale-se para sempre”. Regina sentiu o ar faltar-lhe, restava uma esperança, que Johnny interrompesse o casamento, não seria culpa dela. Seria em parte, ela sabia, mas não seria ela a tomar a decisão. Johnny, no entanto, ficou calado.

Na hora dos votos, Romário fez o seu. Na vez de Regina, a voz faltou-lhe. O Padre olhava-a com uma mistura de incompreensão e pressa. Ela não conseguia falar, as lágrimas escorriam pelo seu rosto. A respiração lhe faltava. Regina gritou. GRITOU.

O grito a despertou. Acordou suada. Olhou para o relógio, quatro e meia da madrugada. Em um misto de angústia provocada pelo sonho e alívio ao perceber que era um sonho, melhor, começou como um sonho e terminou como um pesadelo. Sabia que não conseguiria mais dormir aquela noite. Agora estava na expectativa de encontrar Johnny na sessão de fotos para uma revista de noivos, extremamente consciente de que o amava.

Resolveu ligar o rádio relógio e ouvir música para passar o tempo. Assim que ligou, estava iniciando uma música com Guilherme Arantes. “Amanhã. Será um lindo dia, da mais louca alegria, que se possa imaginar”.

7 comentários:

  1. Adorei demais.. já tô anciosa esperando a continuação :)
    Parabéns!!

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  2. ADOREIII LINDO MAS ACHO QUE EM ALGUMAS PARTES ACHO QUE CONHEÇO ESSE CASAL RS MAS LINDO PRINCIPALMENTE A MUSICA DO FIM BJUS.

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  3. caramba perfeito lindo chorei AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA que impressiomante

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  4. Gostei muito da forma como você escreve. Ser romântico, não é ser bobo,é estar sempre a espera de algo melhor, que nos faça feliz.
    Os 2 parágrafos censurados, me fizeram lembrar dos longos minutos roubados, numa certa noite no ppv.
    Estou curiosa pela continuação, na ficção e na realidade.
    Parabéns!

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  5. Noooooooossa voce escreve muito bem ate eu q não sou dabach adorei o posto lindo demais parabens amei mais uma vez.

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  6. Meu DEUS... Que texto perfeito! Você esta de parabéns. Me emocionei! Amei o texto... Titus você é um gênio!!!

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  7. Nossa...sem palavras!
    Parabéns super bem escrito!

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