quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Boas Vindas

Os médicos cubanos foram vaiados por médicos brasileiros em locais onde estão aparecendo para aprender a língua portuguesa. É um gesto obsceno assim como a medida da presidentE Dilma em chamá-los, não por chamá-los, mas pela motivação política que gerou, que não foi resolver a questão da saúde pública brasileira, porque a presidentE SABE que isso não resolverá, sequer ajudará, mas a intenção foi ajudar o regime ditatorial dos Castros em Cuba. Esta vaia é também um gesto semelhante aos dos militantes petistas ao vaiarem a dissidente cubana. Ambas as vaias muito mal direcionadas, uma, a dos militantes, por serem apenas reflexo de suas mentes obnubiladas, e as dos médicos porque injustas e atingem as pessoas erradas, deviam vaiar e muito a presidentE Dilma que aproveitou-se das manifestações para fazer mais um programa de cunho puramente político-eleitoreiro.

Ainda assim, qualquer que fosse a intenção da presidentE Dilma, os médicos cubanos não merecem serem hostilizados por estarem atrás de uma vida melhor, o que não sei é se eles vão aguentar o tranco do SUS. Este é o real motivo de tão poucos médicos neste “sistema” de saúde, é a precariedade das condições de trabalhos movida pela política obtusa perpetrada pelos seguidos governos desde SEMPRE.  

Infelizmente a falta de resolução dos problemas nas áreas de saúde, segurança e educação públicas parece até mesmo planejado, afinal se um povo tem estas áreas corretamente satisfeitas pelo Governo (e nada mais é que uma obrigação que o Governo a satisfaça), este povo voltaria sua atenção política unicamente para a questão ética, o que em nada beneficiaria TODOS os políticos brasileiros. O desvio de dinheiro público além de diminuir as possibilidades de investimento nas três áreas básicas é também uma “motivação” para que os políticos queiram manter o status quo da saúde, educação e segurança públicas. Mas esta posição de “nossos” políticos está com seus dias contados. As mídias sociais tem feito um papel educacional esclarecendo as pessoas para o absurdo deste sistema político corrupto, por mais que tentem medidas “ilusórias” para desviar o foco das atenções, este trabalho das mídias sociais é um trabalho contínuo e cada vez mais abrangente.


Quanto aos médicos cubanos afirmo que, por mim, os competentes são MUITO BEM VINDOS. Estão vindo fazer um trabalho hercúleo diante das condições dos seus trabalhos. Desejo que mantenham a sanidade mental, algo difícil quando se tem que atender 40 pacientes por dia e se possui ao mesmo tempo uma consciência ética e uma real vontade de atender DECENTEMENTE a todos.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Galeria de Ídolos: Olha quem bate a porta.


Minha escolha de ídolos do esporte segue um critério pessoal às vezes estranho até para mim mesmo. Sendo assim no futebol tenho como ídolo-mor não o Pelé, mas Gérson, o canhotinha de ouro. Pelé passa distante da idolatria. No automobilismo tenho como ídolo o bocarrota Piquet, apesar de reconhecer em Senna um piloto que só teve iguais em velocidade Jim Clark e Fangio, seu comportamento midiático jamais permitiu que eu admirasse outra coisa que não o talento. O talento para mim é importante para um ídolo esportivo, afinal nem chego a conhecer o nome de atletas que são medianos, exceto é lógico os brasileiros que chegam à mídia como esperanças de títulos ou medalhas e sequer chegam as finais de suas especialidades.

O tênis juntamente com o automobilismo são os esportes onde ídolos é o que não faltam para mim. No automobilismo tenho como ídolos em Nuvolari, Fangio, Piquet, Clark, Raikkonen, Brabham, McLaren e até Bird Clemente. E para cada um algo diferente do talento, diferente entre eles, mas com algumas semelhanças. Piquet, Brabham e McLaren tinham conhecimento mecânico extraordinário, mas temperamentos diferentes. Nuvolari, Fangio e Clark o domínio do carro. Raikonnen uma personalidade única e Clemente um amor inigualável aos carros de corridas.

No tênis meus ídolos são ainda mais diferentes entre si: Ken Rosewall, Nadal, Laver, Pancho Gonzales, Connors e Guga nada apresentam de semelhante além do grande talento.

Mas um outro personagem está quase entrando nesta restrita galeria de ídolos que tenho e isto pelas suas semelhanças com Guga.

Guga sendo homenageado por ter terminado um ano como o número 1, se vê no meio de Connors, McEnroe, Borg, Nastase, Federer, Nadal e então pergunta humildemente: O que fiz para estar no meio destes gênios? Sabemos que não é uma falsa modéstia ou falsa humildade, este sempre foi o Guga, respeitoso com a história do tênis, olhando para estes caras como eu só olharia para Gonzales, Rosewall, Laver e Nadal. Primeiro respondo a Guga, o que ele fez para estar no meio destes gênios? Foi um gênio, simples assim. Um gênio dentro da quadra, um grande ser humano fora dele, representou o Brasil com grande dignidade, mostrando simplicidade e uma imensa alegria dentro e fora da quadra. Nem parecia estar competindo, apenas se divertindo. E divertindo-se foi evoluindo seu tênis até conseguir um seu maior feito. Muitos podem achar que foram os três títulos em Roland Garros, mas para mim seu grande feito foi o feito inédito de ter vencido Sampras e Agassi em jogos seguidos na quadra dura. O que mostrava sua evolução interrompida pela maldita lesão no quadril.

Falando sobre este outro personagem que está batendo à porta da galeria de ídolos esportivos, ele também demonstra simplicidade e imensa alegria fora da quadra, mas dentro da quadra, diferente de Guga, se transforma em guerreiro e luta, com uma força mental superada apenas pelo Nadal. É, estou falando de Djokovic. Fora da quadra não é um Romário (que também NÃO É meu ídolo) que se achava mais do que era, apesar de ter sido muito. Djokovic é parecido com o Guga, low profile, simples, alegre e acrescenta um lado quase palhaço no modo de enxergar o mundo. Essa semelhança com o Guga e um gesto, apenas um gesto, o aproximou da minha galeria. A mão em cima do ombro de Guga, não apenas na foto acima, mas em várias outras de momentos diferentes. Uma demonstração de respeito àquele que representou a humildade, alegria e espontaneidade na quadra, características que ficaram ausentes do circuito ATP com a aposentadoria precoce do brasileiro até o aparecimento dele, Djokovic.

Então Djoko, continue sendo simples, humilde na vitória e também na derrota ao reconhecer o valor do adversário como frequentemente você faz que a porta da galeria de ídolos do tênis será aberta, pois bem mais do que o talento, o caráter e a ética são a matéria que constituem os meus ídolos. O talento é apenas um detalhe, sempre presente, mas apenas um detalhe.

domingo, 18 de agosto de 2013

Bartoli


Quando Marion Bartoli anunciou a aposentadoria, logo antes de um torneio de Grand Slam, pensei: “É a TPM”. O tempo foi passando e a ficha caiu, Bartoli realmente desistiu do tênis. Fará falta, tenista com belo jogo, Bartoli mostrou ao mundo que autenticidade necessariamente não vem acompanhada de arrogância e agressividade. Bartoli sempre me pareceu ser uma daquelas pessoas que estão de bem com a vida. Que continue assim na sua aposentadoria, ela merece.

sábado, 17 de agosto de 2013

Parabéns Tri-campeão.


Nelson Piquet completou hoje 61 anos. Em termos de saber viver, talvez perca apenas para Errol Flynn, sobre quem já escrevi aqui.  Em termos de direção de bólidos, não perde para ninguém. Ayrton Senna foi sem dúvidas o mais veloz de todos, mas o mais técnico, de todos os que existiram, em minha opinião foi o Piquet.  

Tenho 3 ídolos no automobilismo, todos velozes e técnicos, Fangio, Clark e Piquet. Mas o dois primeiros e acredito nenhum outro piloto de F-1 tinha o conhecimento sobre a mecânica desses bólidos que o Piquet possuía. Uma vez perguntado se por conta dos seus conhecimentos técnicos ele se daria muito bem na F-1 de hoje, com sua franqueza característica Piquet respondeu que os conhecimentos dele talvez fossem inúteis hoje em dia porque os computadores informam tudo aos engenheiros e aos pilotos, mas que certamente seria muito útil na era anterior a ele.

Eu era muito menino quando Fittipaldi ganhou os títulos dele. Torcia por Emerson, mas não o tinha como ídolo. Mas como adolescente-adulto jovem, já com algum conhecimento sobre automóveis e apaixonado pelo automobilismo, nada mais natural que desenvolver uma idolatria pelo piloto-mecânico Piquet. 

Vibrei em cada um dos seus títulos, o de 81, no ano seguinte em que o precursor de Schumacher o jogou na parede do circuito para garantir um destes títulos conseguido na pura vigarice que desonra o esporte. Alan Jones tem um título desonesto, assim como Schumacher sobre Damon Hill e Alain Prost sobre Senna.

Em 1983, vibrei com um título vencido na estratégia  montada pelo auxiliar de engenheiro Piquet com o seu engenheiro Gordon Murray, mas o título mas emocionante foi o de 1987, conseguido contra um companheiro de equipe talentoso, Mansell, contra a própria equipe inglesa Williams que favorecia ao piloto inglês e principalmente contra Patrick Head, homem sem palavra, que prometeu a Piquet lhe dar o carro com suspensão ativa se ele o desenvolvesse e simplesmente retirou o carro do Piquet ao ver que o brasileiro levaria imensa vantagem sobre Mansell. Detalhe: Mansell foi o primeiro piloto escolhido pela equipe para desenvolver a suspensão ativa, mas se assustou com uma quebra da suspensão durante um teste e desistiu de desenvolvê-la.

Por tantas alegrias que me proporcionou é que desejo a Nelson Piquet que ele continue a aproveitar bem a vida como sempre fez. 

Isinbayeva: Atleta de sucesso, fracasso como ser humano.


Yelena Isinbayeva pode ter adicionado um sucesso esportivo em sua vida ao vencer o campeonato mundial de atletismo na prova de salto com vara, mas definitivamente adicionou um retumbante fracasso como mulher ao declarar:

“If we allow to promote and do all this stuff on the street, we are afraid about our nation because we consider ourselves like normal, standard people. We just live with boys with woman, woman with boys. Everything must be fine. It comes from history. We never had any problems, these problems in Russia, and we don’t want to have any in the future.”

Livremente traduzindo:
"Se nos permitirmos promover e fazer todas essas coisas nas ruas, tememos por nossa nação porque consideramo-nos como pessoas normais, pessoas comuns. Nós apenas vivemos com garotos com mulher, mulher com garotos. Tudo vai ficar bem. Se trata da história. Nunca tivemos problemas, estes problemas na Rússia, e não queremos ter nenhum no futuro."

Como assim “pessoas normais”? Como assim “só se vive na Rússia como casais homem e mulher”? Não existem gays na Rússia? Então porque vão passar uma lei ANTI-gay?

Depois da enorme repercussão negativa Yelena tentou justificar-se dizendo que seu “inglês” foi mal-interpretado. MENTIU. Ela fala muito bem o inglês e sabia exatamente o que estava dizendo, foi apenas mais uma covarde com medo da repercussão negativa de sua declaração.

Yelena, na sua tentativa de “explicar-se” de suas declarações homofóbicas, fez outra merda, ou seja, cagou na entrada e cagou na saída, quando criticou as atletas suecas Emma Green e Moa Hjelmer por pintarem suas unhas com as cores do arco-íris, o símbolo gay. E declarou: “It’s disrespectful to our country, disrespectful to our citizens, because we are Russians. Maybe we are different than European people and people from different lands. We have our law which everyone has to respect. When we go to different countries, we try to follow their rules. We are not trying to set our rules over there. We are just trying to be respectful.”

Traduzindo: Isto é desrespeitoso ao nosso país, desrespeitoso aos nossos cidadãos, porque nós somos russos. Talvez sejamos diferentes dos europeus e pessoas de países diversos. Nós temos nossas leis que todos têm de respeitar. Quando vamos a países diferentes, tentamos seguir as suas regras. Não tentamos colocar nossas regras por lá. Nós apenas tentamos sermos respeitosos.

Sinceramente, uma mente com essa linha de raciocínio é uma mente que possui valores distorcidos. É incapaz de compreender que bondade, compreensão, valores éticos não possuem fronteiras. O que adianta ser respeitoso a lei de outro país, ou mesmo o nosso, se neste processo perdemos nossos valores e permitimos que agressões, preconceitos e perdas de liberdades civis se disseminem e assumam a forma de lei?

Enfim, Ysinbayeva é apenas mais um dos exemplos em que um enorme talento esportivo se associa a uma absoluta falta de dignidade humana.

Para as atletas suecas Emma Green e Moa Hjelmer meus sinceros agradecimentos por existirem, por serem mulheres especiais, lindas de rosto, corpo e alma. Ganharam não apenas meu respeito como também a minha admiração por se mostrarem seres humanos de primeira linha.

Quanto a Ysinbayeva, que vá fazer companhia à escória composta por racistas e homofóbicos.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Presente do dia dos pais.


Recebi um presente do dia dos pais adiantado. Quem lê o meu blog já sabe que conto várias histórias pessoais, nas formas de contos, porque inserir sonhos não é distorcer a realidade, mas oferecer um adendo à realidade dos fatos, tornando-os mais graves ou suaves, mais felizes ou tristes, espantosos ou cotidianos, enfim tornando a não-ficção em ficção de forma a proteger a identidade ou a peculiaridade de nossa alma.

Mas fora a correção de um texto que poderia dar uma impressão errônea sobre o que estava escrito, e por saber EXATAMENTE o que estava escrito, é que editei uns dois trechos do texto, apenas para que ele fosse preciso. Nada foi distorcido ou acrescentado além do adendo.

O texto que meu filho mais velho publicou em um blog que ele criou para isto:

''Acabou, não tem meia volta, você nasceu, agora encare as dificuldades e passe os obstáculos pois não há nada a mais o que fazer.''

''Não trate o outro como não queira ser tratado''.
(Estas frases eu disse inúmeras vezes aos meus filhos – ADENDO by Titus)

Lá estava eu no Playground do meu prédio brincando e correndo, feliz, todo sorridente. Eu era uma criança inocente. Estava sempre correndo, brincando com meus brinquedos, criando brincadeiras que nunca tiveram nexo algum, mas eram divertidas, afinal, para uma criança, tudo é divertido. Hoje em dia você não quer pegar um velotrol e sair dando volta no seu prédio.

A melhor parte da minha infância foi não ter precisado de nenhum amigo para brincar, sempre fui sozinho e na verdade nunca gostei das minhas amizades de quando criança.

A melhor parte da minha infância foi que ao invés de ter um amigo ou uma criança ao lado, eu tinha um parceiro, um amigo que nunca vai me abandonar, a pessoa mais corajosa de todo o mundo e que para mim sempre vai ser o meu herói. Meu pai.

Eu me lembro de meu pai, um verdadeiro homem, imagina só, tem homem por ai que não aguenta nem trabalhar. Sabe o que meu pai fazia? Ele chegava do trabalho, cansado, exausto. Chegava com um brinquedo na mão e um sorriso no rosto e me chamava para brincar.

Eu lembro perfeitamente que ele tinha uma bola de futebol americana vermelha do Buffalo’s Bills, da qual ele tinha me dito que ganhou em um jogo de praia ou algo do tipo. Ele me ensinou a jogar com essa bola de futebol americana. Meu pai era um monstro, ele jogava a bola tão longe e eu ficava lá sentindo inveja por não poder fazer o mesmo.

Quando a gente se mudou para o novo prédio, a gente foi no playground jogar bola, eu já devia ter 11-12 anos. Ele foi para o final da quadra e lançou a bola para mim, que estava descendo a escada. O tempo ficou mais lento, a bola vinha em minha direção girando feito uma bala, eu me sentia incapaz de poder fazer alguma coisa. Sempre levei isso a sério, meu pai passou a minha infância toda tentando me ensinar a jogar e agarrar uma bola de futebol americano. Aquela era a hora, ele nunca tinha lançado para mim uma bola tão distante a ponto de me assustar daquele jeito.

A bola já estava na metade do caminho e eu não sabia o que fazer até que eu me lembrei de como ele me ensinou a agarrar uma bola de futebol americano.
              - Quando a bola vier de bem longe, assim que ela chegar, se puder, não a pegue com a mão, faça-a entrar pelos seus braços e jogue o seu corpo para trás para diminuir o impacto.
               
De repente eu estou com a bola nos meus braços sentindo que levei um soco do Wanderlei Silva no meio do peito. Coitado de meu pai, ele veio correndo ver se eu estava bem. Eu estava orgulhoso e aposto que ele também. Ele me abraçou e disse que estava feliz por eu ter conseguido pegar uma bola a tal distancia.

O dia em que eu mais chorei na minha vida foi quando ele teve que ser levado em uma cadeira de rodas da casa dele para ir ao hospital. Eu sofri bastante, mas como ele sempre me ensinou eu fui forte e acreditei até o ultimo momento em que ele sairia daquele hospital com vida. Lembro-me de apertar a mão dele e só lembrar o quão forte ele era e dizer a ele que iria ficar tudo bem. Eu lembrava do pai do Nemo do filme (Procurando Nemo) e via que meu pai era igual ao pai do garoto, nadaria os setes mares para me encontrar, na verdade, ele nadaria os infinitos mares de todos os planetas de todas as galáxias de todos os universos para me fazer por 1 dia feliz.

Eu me sinto um garoto de muita sorte por ter tido o incrível pai que eu tive. Eu abri meus olhos, finalmente posso ver as coisas, eu sei como são os pais hoje em dia, agradeço muito o pai que tenho, pois eu sei como são as pessoas que se denominam "pais" hoje em dia e meu deus.

Hoje em dia sou uma pessoa educada e aplicada, sei dos valores que tenho, tenho noção e MUITA mesmo do certo e o errado e sei do meu caráter, isso tudo pela criação dele. Meu pai me fez um garoto que sabe que ele se orgulharia não pelas notas mas sim pela pessoa que me tornei, pois eu sei como são as pessoas que se denominam "filhos" hoje em dia e meu deus.

Me sinto mal em não poder está trabalhando logo, queria ser bilionário para poder dar ao meu pai um Azzam de presente. Mas infelizmente não posso.

Eu sei que houve momentos da minha vida que infelizmente eu neguei tudo o que meu pai fez por mim e fui egoísta e idiota de não ter lhe dado ouvidos. Mas hoje em dia eu me arrependo bem profundamente de toda a vez que eu não escutei o que ele falava.

Mas ainda bem que eu tenho a chance de mostrar ao meu herói todo o valor que ele merece de mim. Meu cavalheiro que jurou me defender a qualquer custo, meu guerreiro bravo que cavalgava comigo de cavalo para derrotar os guerreiros que atacavam a cidade e amedrontavam o povo. A pessoa que eu mais amo no mundo, meu pai, Titus Brigante.

Eu te amo muito e te agradeço por todos esses maravilhosos 17 anos de vida que você pode passar ao meu lado e cuidar de mim como um verdadeiro pai, você cuidou de mim todo o momento mesmo sofrendo tudo o que sofreu e fez de tudo só para me fazer feliz e o mesmo pelo meu irmão, você não tem noção de como eu me orgulho de você. Você é a pessoa pelo o qual eu mais me orgulho no mundo, não consigo crer que outro pai faria o mesmo que você fez por nós e eu posso dizer mesmo sabendo que hoje em dia estima-se ter uns 3,5 bilhões de pais no mundo que você é sim o MELHOR PAI DO MUNDO.

Eu te amo muito mais do que tudo e espero que você também sempre saiba disso.

Esse texto escrito por meu filho mostrou-me que paciência e insistência são valores imprescindíveis na educação de um filho. Por mais que um filho mostre não “respeitar”, “aceitar” ou “entender” o que você fala. Por mais que “finja” não ouvir, as palavras entram no cérebro, e no exemplo da vida, do corriqueiro dia e dia, estas palavras mostram o seu valor ou a ausência de valor. No entanto, mais importante que as palavras que você diz são os seus exemplos. A palavra que contradiz o exemplo jamais será valorizada porque se demonstra falsa. A frase “faça o que digo, não faça o que faço” é uma das frases mais idiotas que ouvi. Se o seu exemplo estiver errado, como por exemplo, eu, que sou um boca suja, falo cinco palavrões em quatro palavras, não posso, de maneira alguma, cobrar palavreado diferente do meu filho. Posso dizer sim, que não é bem visto pela sociedade, que você passa por mal-educado, etc.; mas jamais poderei “cobrar” que ele faça diferente.

Quanto ao “cobrar”, não há como “cobrar” coisa alguma. Quando ele se referiu as notas e ao “orgulho” em uma parte do texto, o fez porque mesmo ele sabendo que fui um aluno nota dez a vida inteira, jamais cobrei dele notas altas, sempre lhe disse, inúmeras vezes: “Uma nota dez jamais me fará ter orgulho de você, orgulho eu terei no dia em que perceber que você é, de fato, um homem ético. Assim como você me fará feliz em todos os dias em que estiver feliz”.


Para terminar minha parte neste texto uma resposta ao meu filho: Sei que FANTASIO com um Mega-yacht, todos tem um sonho de consumo além do seu alcance, por isso é fantasia, se estiver ao seu alcance não é fantasia, é sonho realizável. A minha fantasia é o mega-yacht Nirvana, de 88 metros ou 290 pés, que será, ou foi, leiloado recentemente com preço mínimo de 230 milhões de Euros. O referido Azzam, de 180 metros ou 590 pés, custa 465 milhões de Euros, mas é grande demais. Então, meu filho, se um dia você se tornar um bilionário, pode economizar metade de seu dinheiro. Agora falando sério, não preciso de presente algum vindo de você porque os melhores presentes da minha vida, vocês, meus filhos, já me deram, vocês nasceram.