sábado, 21 de dezembro de 2013

White Armor - Armadura Branca



Aonde estou?
O que estou procurando?
Porque permaneço aqui?
Fusionado nesta armadura branca.
Andando sem graciosidade
mas com flamejante honra.
Por que ainda estou lutando?
Minha alma gêmea se foi há muito.
Levada por um espirro dos Deuses,
possuídos pelo ciúme doentio
não puderam assistir amor maior
do que o dedicado a eles.
Danem-se os céus.
Fodam-se os infernos.
Minha alma não pertence aos Deuses.
Minha alma não pertence aos demônios.
Minha alma pertence a ela.
Somente a ela.
E é pra ela que minha alma sussurra:
“Minha vida é apenas antecipação 
de nosso próximo encontro”. 

Where am I?
What I'm looking for?
Why do I stay here?
Merged in this white armor.
Walking without grace
but with flaming honor.
Why am I still struggling?
My soul mate is gone long ago.
Taken by a sneeze of the gods,
possessed by sick jealousy
they couldn't see greater love
than the dedicated to them.
Screw the heavens.
Fuck the hell.
My soul does not belong to the gods.
My soul does not belong to demons.
My soul belongs to her,
Only to her.
And it is to her that my soul Whispers:
"My life is just anticipation
of our next meeting. "

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

WOW - IV

 Os autores destas tatuagens não são apenas tatuadores, são artistas da pele.










quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Vai com Deus, Madiba.


Raríssimos são os seres humanos capazes de inspirar não apenas uma nação como ao mundo inteiro. Mandela foi (é) um destes raros seres-humanos. Seu corpo não está mais aqui. Foi no sopro do destino de todos. No entanto, sua alma será eterna entre nós, no exemplo que deixou.

Madiba, o homem que está indo com um sorriso ao encontro de Deus.

Não consigo encontrar palavras que possam dar sequer um milésimo do valor deste homem, então, deixo simbolicamente em homenagem a Nelson Mandela, Madiba, um poema que o inspirou em vida.

Invictus

Out of the night that covers me,
Black as the Pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.

In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.

Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find, me unafraid.

It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll.
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul. 

(William Ernest Henley)

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Tocado.

Hoje vi três fotos que me tocaram profundamente.

As duas primeiras:

 Foto: Mike Wells

Foto: Bernie Boston


A terceira tem uma história, o garoto Diego de 12 anos tocou no funeral de seu professor de música que acolhia em sua orquestra garotos pobres tirando-os da violência das ruas. Pouco tempo depois Diego morreu após cirurgia de apêndice. Encontrou-se com seu professor na esfera celestial aonde se encontram aqueles cujas almas se tocam em vida:  

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Indivíduos fazem a diferença.


Uma das facetas menos interessantes da humanidade é a sua forte tendência de repetir seus erros. Outro dia estava lendo sobre a invasão da União Soviética por Hitler. Se Hitler tivesse ouvido os conselhos da história (fornecidos pela invasão da Rússia por Napoleão e pelas fracassadas tentativas de invasão da Inglaterra pela França) não teria rompido o acordo que tinha com a União Soviética. E teria esperado alguns anos para provocar a Inglaterra fazendo-o apenas quando tivesse capacidade naval para uma invasão, o que não tinha em 1939. EM ambas as invasões, da Rússia por Napoleão, da União Soviética por Hitler, dois indivíduos fizeram a diferença. O Marechal de campo, Príncipe Mikhail Illarionovich Golenishchev-Kutuzov na invasão à Rússia. O soldado, pastor (de ovelhas) Vassili Grigoryevich Zaitsev na invasão à União Soviética. A diferença dos títulos entre os dois tem bastante significado político nos seus respectivos tempos históricos.

Este preâmbulo é apenas ilustrativo, a história que se repete e que eu desejo comentar é uma história esportiva. Já no ano passado, por algumas atitudes da equipe Lotus, percebi a preferência da equipe por Romain Grosjean. Neste ano ficou claro que o amor-simbiose entre Eric Boullier e Romain Grosjean se assemelhava ao amor-simbiose entre Flávio Briatore e Fernando Alonso. A equipe é a mesma, só mudou o nome de Renault para Lotus. A diferença está no indivíduo, no caso Kimi Raikkonen. Duas corridas atrás Grosjean implorou pelo rádio que a Lotus mandasse Kimi deixá-lo passar. Não tenho a menor dúvida que se o piloto do outro carro fosse o Nelson Angelo Piquet a ordem teria sido dada. Mas o piloto era Kimi, e Boullier ou Ross Brawn ou Briatore nem ninguém teria peito de fazer o pedido para Kimi. A resposta dele seria outra daquelas que ele já deu e entraram para a história da Fórmula-1.

Boullier, também tem outra desvantagem em relação à Briatore. Não pode dar um carro defasado a Kimi, como Briatore fez por um ano e meio com Nelsinho, rompendo uma cláusula de desempenho do contrato, motivo da generosa compensação financeira dada pela Renault a Nelson Angelo Piquet pós-escândalo.

Mas nada muda o fato que a relação Boullier-Grosjean é uma relação de amor historicamente semelhante à de Briatore-Alonso. Como a Lotus de Kimi Raikkonen, desde o anúncio de sua ida para a Ferrari, está muito mais instável que a Lotus de Grosjean e o francês não virou melhor piloto que o finlandês de uma hora para outra, se eu fosse o Kimi, ouviria a voz da história e passaria a acompanhar pessoalmente a calibragem dos pneus, acertos de suspensão e ajustes de asas. Por quê? Porque a história se repete outra e outra vez e uma das facetas menos interessantes da humanidade é a sua forte tendência de repetir seus erros.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

O que pensa a Ferrari?


Não faço ideia do que a Ferrari pretendia contratando Kimi Raikkonen para ser piloto junto com Fernando “não sei de nada” Alonso. Se era dar um aperto no espanhol por suas declarações deste ano, definitivamente escolheu a pessoa errada para apertar. Fernando “não sei de nada” Alonso foi aquele que entregou os e-mails trocados com Pedro De La Rosa para a FIA como evidência do crime de espionagem cometido pela McLaren e que custou aos cofres da equipe inglesa 100 milhões de dólares. Poderia ter custado o banimento da McLaren, defendido por Max Mosley conforme esta declaração dada por ele.

A pizza montada poupou os pilotos Hamilton e Alonso, bastante beneficiados pela espionagem e conscientes dela, salvos pela delação premiada do Fernando “não sei de nada” Alonso, tiveram seus pontos e posições preservadas. Segundo Mosley salvando a imagem de um grande campeonato pela batalha entre Raikkonen e Hamilton.

Uma das razões do meu desprezo por Fernando “não sei de nada” Alonso é justamente o fato dele ter se beneficiado com a espionagem e quando se viu irritado com a McLaren por dividir a equipe entre ele e Hamilton, VINGOU-SE entregando a prova do crime, do qual Alonso se beneficiou. A outra razão é seu “padrinho” Briatore ter forçado o Nelsinho a bater em Cingapura para dar a vitória a Alonso, que mais uma vez, não sabia de nada.

O maior prejudicado desta história foi Kimi Raikkonen, que teve o que seriam vitórias legítimas tomadas pela desonestidade da McLaren/Alonso/Hamilton. Retirando as vitórias conquistadas pela McLaren usando os dados da espionagem roubados da Ferrari, Kimi teria acumulado vitórias na Malásia, Hungria e Itália, somando as seis que conquistou nas pistas seriam nove, ou oito se considerar que Massa fez jogo de equipe no último GP do ano, no Brasil, o que não seria necessário.

Como por conta do escândalo comprovado pelos e-mails enviados a FIA pelo Fernando “não sei de nada” Alonso, A Ferrari sagrou-se a campeã de equipes (A McLaren foi desclassificada, os pilotos não), com isso ganhando o prêmio em dinheiro para a equipe campeã, e tendo feito o campeão nas pistas, Raikkonen, a Ferrari convenientemente esqueceu-se que Alonso se beneficiou da espionagem e mais tarde, vendeu-se ao Banco Santander contratando Alonso e demitindo Raikkonen, seu último campeão. Algo que o Enzo Ferrari jamais faria, mas o Montezemolo está pouco se lixando por isso.

Por conta deste passado do Fernando “não sei de nada” Alonso é que a contratação de Kimi Raikkonen pela Ferrari me espanta agora. Se em 2014 o desgaste dos pneus for um fator importante como neste ano, Raikkonen será beneficiado por seu estilo de direção preciso que conserva os pneus. Um piloto que Alonso NÃO que ver campeão em 2014, em hipótese alguma, é o Raikkonen. Se o Raikkonen largar na frente do campeonato veremos o Fernando “Choronso” da McLaren de 2007, demandando, dando chiliques, e se souber de alguma “merda”, assim como fez em 2007, Fernando “não sei de nada” Alonso vai ligar o ventilador.

A Ferrari está agindo como amante do cara que largou a esposa por ela e acha que ele vai ser fiel dali em diante. Não entende que fidelidade vem de berço, é inerente, se não foi uma vez, a única coisa que impedirá que repita é a falta de oportunidade de trair.

Por outro lado, diante do que se tem dito: Alonso na McLaren em 2015, dois absurdos vem desta situação. Um nem tanto assim, assim como a Ferrari se vendeu ao Santander, a McLaren estaria se vendendo ao mesmo banco que acompanharia Alonso, é claro. E venderia-se também a Honda, que deixou de lado o espírito do Bushido e deseja a contratação do Ronin Fernando Alonso.  

Uma das piadas mais infames que vejo na internet é chamarem o Alonso de Samurai, é desconhecerem completamente a cultura oriental. Diante do ocorrido em 2007, Alonso deixou de ser Samurai para se tornar um Ronin.

Diante do que se diz sobre os testes da Ferrari para 2014, o outro absurdo é a Ferrari arriscar um possível, mas nem tanto provável, número 1 pintado no carro ser transferido para a McLaren em 2015. Este número 1 tem um valor mercadológico incalculável.

Distante de tudo isto está Kimi Raikkonen, um piloto dos anos 70 que conseguiu por uma máquina do tempo aparecer no século XXI. Kimi vai se divertir em 2014, ganhando ou perdendo. Não acredito que ele espere coisa alguma da Ferrari, para ele o que vier é lucro, vitórias serão lucros, um título então... O que Kimi demonstra, fazendo corridas incríveis para uma Lotus que não paga seu salário, é seu amor pela velocidade, pela corrida em si. Não se interessa pela política da Formula-1 e com seu jeito silencioso vai conquistando fãs por todo o mundo da velocidade. Não fala mal de ninguém, nem mesmo da Ferrari quando esta o sacaneou. Exigiu um pedido de desculpas do Montezemolo para retornar, mas isto permaneceria em segredo não fossem pessoas ligadas ao Montezemolo terem vazado.

Pelo histórico, e a história nunca falha, no ano de 2014 na Ferrari teremos um Kimi tranquilo (em caso de vitórias) ou triste (se perceber favorecimento extremo ao Alonso), e um Fernando agitando o que pode, estando à frente ou atrás, pois tendo um competidor à altura na mesma equipe vai criar um inferno para que todas as preferências sejam para ele. Este é o Kimi, este é o Alonso. Nem é preciso esforço para adivinhar quem eu torço para que seja campeão ano que vem. 

Olen juurtuvat Kimi, paras.

domingo, 13 de outubro de 2013

A Lotus do Kimi e seu assento de espadas.


Antes de entrar no mérito do título do post, vamos falar um pouco do campeonato de pilotos de Fórmula 1.

Vettel está a um passo de formiga de se tornar o quarto tetracampeão do mundial de pilotos da Fórmula 1. Muitos dizem: “É o carro”. Dá vontade de rir do pouco conhecimento desses caras. Desde 1984 com a McLaren MP4/2, o campeonato de piloto perdeu o sentido, pois o carro passou a ser mais importante que o piloto. O último campeão com um carro inferior foi Piquet em 1983 com uma Brabham nitidamente inferior a Ferrari e a Renault (Campeã e Vice dos Construtores). De lá pra cá, apenas Prost (1986) e Raikkonen (2007) foram campeões com o segundo melhor carro (vice nos Construtores). A Ferrari foi campeã de 2007 pela desclassificação da McLaren pelo escândalo da espionagem que favoreceu aos pilotos dela, entre eles o Fernando “não sei de nada” Alonso, bem insatisfeito por dividir as atenções com Hamilton.

Voltando aos dias atuais. Que Vettel tem o melhor carro, ninguém duvida. Mas que Vettel também faz a diferença está clara na posição do Webber, seu companheiro de equipe, quinto no campeonato, atrás dos melhores pilotos da Ferrari, Lotus e Mercedes. Resumindo. As quatro primeiras posições estão nas mãos daqueles que fazem a diferença: Vettel, Alonso, Raikkonen e Hamilton.

Como o campeonato está decidido, vamos à corrida, para mim uma comédia.

Massa cumpriu o que disse, desobedeceu a ordem “Strategy A, NOW, Please”, resistiu algumas volta e correndo apenas para si foi ultrapassado por Alonso. No final da corrida ainda disse que não atendeu a ordem de equipe. Dois vexames num só gesto. Foi ultrapassado pelo Alonso e nem a desculpa de jogo de equipe pode dar mais. Vai continuar correndo por si e chegando atrás do Alonso, isto se a Ferrari não o mandar para casa mais cedo. Se fez com Prost, quanto mais com Felipe.

Agora o tema do título. A Lotus, depois das declarações bem antes da corrida feitas por seu “Manager” Eric Boullier, voltou suas atenções para Grosjean. Nem precisava das declarações. Não acredito em coincidências e o Kimi “piorou” depois que anunciou sua ida a Ferrari e ganhou da Lotus um trono digno da série de TV “Game of Thrones” no seu carro, o que acabou por detonar as costas do finlandês. Haja álcool para amenizar a dor (brincadeira, de fato o Raikkonen precisou de injeções de corticoides para correr). Enquanto isso o assento do Grosjean era forrado com veludo.

Essa aposta da Lotus no Grosjean cobrou seu preço hoje. Com sua experiência e capacidade de manter um ritmo constante conservando os pneus, não tenho dúvidas que se fosse Raikkonen no lugar do Grosjean, a Lotus teria uma vitória para comemorar hoje. Mas com seu assento de espadas Raikkonen faz o que dá para fazer, as espetaculares ultrapassagens em pontos inesperados que Kimi propicia aos fãs de F-1. Hoje foi sobre Hulkenberg. Raikkonen é o piloto das ultrapassagens mais espetaculares da Fórmula 1 de hoje e um dos mais espetaculares, se não o mais espetacular de sempre. Dos que eu vi desde os tempos de Fittipaldi, não tenho dúvidas.


Pelo visto, para os fãs de Raikkonen resta esperar pelo ano que vem e ver se o finlandês vai ter realmente o mesmo tratamento dentro da equipe Ferrari que o espanhol Fernando “não sei de nada” Alonso, porque neste ano, na francesa Renault inglesa Lotus, ficou claro que as atenções estarão focadas em Grosjean. A não ser que Eric Boullier e Alan Permane ganhem bilhões de neurônios funcionantes e percebam que o grande chamariz de investidores na Fórmula 1 são as vitórias nos Grandes Prêmios, e que Kimi é mais preparado e talentoso que Grosjean para oferecer estas vitórias a Lotus, afinal já o fez. 

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

O "Ti-ti-ti" da Fórmula-1.


Primeiro foram as várias declarações sobre um estranho ruído vindo do carro da Red-Bull nas retomadas de curvas. Depois as suspeitas sobre o controle de tração (que acho infundadas). Depois a declaração de Vettel: “Nunca vão descobrir como fazemos isso.” seguida do deboche após segundo lugar nos treinos livres de hoje: “Ainda temos espaço é só ligar o controle de tração”.

Antes de entrar no mérito da questão, uma informação que ilustra a suspeita sobre o que Vettel disse que jamais descobriríamos: O carro da Red-Bull tem a melhor retomada de curva.

Para começo de conversa, sem teorias de conspiração, o segredo do sucesso da Red-Bull do Vettel, eu diria que com 99% de certeza está na hibridização.

Simplificando, eu diria que há 90% de chances (é, de fato sou um crédulo por natureza) da hibridização Vettel-RBR produzirem estes resultados fantásticos. Os outros 10% ficam por conta da declaração de Vettel, afinal se não vamos descobrir é porque não existe, ou existe e aparentemente está muito bem encoberto.  

Por que os 90% para o híbrido Vettel-RBR? Usam o termo simbiose para explicar o benefício mútuo de dois organismos diferentes. Mas no caso do Vettel, ele e o carro parecem organismos diferentes cujos DNAs se unem formando um DNA único, híbrido. Por isso chamo de hibridização, nos termos da biologia molecular.

É importante lembrar que Vettel é SIM um piloto espetacular. Basta lembrar que ele conseguiu a façanha de dar a primeira vitória ao energético em Monza, mas não pela equipe principal, a Red Bull, mas pela auxiliar Toro Rosso, uma equipe pequena, preparatória de pilotos. (Sintomático o fato de a língua inglesa representar a equipe principal e a latina, no caso espanhol, representar a equipe secundária).

Porém, em automóveis, o termo híbrido é usado para aqueles que usam mais de uma fonte de energia, nos carros de rua especificamente são aqueles que têm motores que geram energia por combustão e motores elétricos. Nos carros de F-1 o termo híbrido poderia ser utilizado porque também se utiliza duas fontes de energia, a queima dos combustíveis e o KERS, um sistema que acumula a energia gerada nas frenagens. Pelo regulamento original, não sei se houve mudanças, o máximo de energia que poderia ser utilizada a cada volta era de 400 kJ com o uso máximo de 60 kw (que é 60 kJ/s) Ou seja: Descarregar toda a energia de uma vez levaria 6,7 segundos e representaria um ganho de potência adicional por volta de 82 cavalos.

O sistema Kers usado pela Renault e RBR (a quem a Renault fornece os motores) era (não sei se ainda é) o desenvolvido por Magnetti-Marelli que usava um motor elétrico para gerar a energia mecânica a partir de uma bateria que seria a responsável pela acumulação dos 400 kJ. Os motores elétricos fornecem a energia diretamente ao eixo aumentando o seu torque consideravelmente.

Isto é o que se sabe.

Primeiro quero deixar bem claro que não estou acusando a Red Bull Racing de estar fazendo isto e sim dizendo o que eu faria, se tivesse o instinto natural da Fórmula-1, desonesto, para me igualar a RBR.

Sabendo que a energia gerada pelas frenagens é bem superior ao acúmulo da bateria de 400 kJ e tendo um motor elétrico no meu carro eu faria esta energia desperdiçada ser utilizada diretamente no motor. Ou seja, logo após as frenagens a energia que não fosse acumulada na bateria seria utilizada diretamente e imediatamente pelo motor elétrico, ou seja, nas retomadas das curvas, aumentando consideravelmente o torque, o que faria meu carro espetacularmente veloz nas retomadas, economizando um tempo considerável na volta e facilitando as ultrapassagens por estar mais perto dos concorrentes logo no início das retas e com uma aceleração maior devido ao torque extra.

Não sei se a telemetria dos motores elétricos é verificada na F-1, é bem provável que sim, mas qualquer gênio da informática poderia resolver isto para mim separando as informações sobre o uso a partir da bateria e ocultando o imediato.

As únicas coisas que não poderiam ser mudadas é o som característico do motor elétrico, que faria meu carro ter um estranho som nas retomadas de curvas e uma eficiência tão grande nas aproximações que seria capaz de lançar suspeitas de algo errado no controle de tração.


Isto é o que eu faria, se fosse desonesto e estivesse no comando de uma equipe de Fórmula-1. Ainda bem, para a credibilidade de um esporte já no vermelho após os últimos escândalos que envolviam o “não sabia de nada” Fernando Alonso, que não estou no comando de uma equipe de Fórmula-1 e não sentir atração por vitórias artificiais porque desonestas. 

sábado, 21 de setembro de 2013

A Mulher Ideal.


A mulher ideal é loura, ou morena, ou ruiva. Que importa a cor do cabelo se em algum momento a mulher ideal irá tingir o cabelo?

A mulher ideal tem olhos claros ou escuros, azuis ou verdes ou castanhos. Que importa a cor dos olhos se o que procuro nela está dentro dos olhos e não do lado de fora?

A mulher ideal é caucasiana, ou latina, ou afrodescendente, ou asiática. Que importa a cor da pele se quando toco a pele dela o que sinto é ternura ou eletricidade a depender do momento?

A mulher ideal é alta, ou mediana, ou baixinha. Que importa sua altura se deitados alcanço facilmente todos os seus pontos inebriantes?

A mulher ideal tem o pescoço longo, ou médio, ou curto, mesmo que o pescoço feminino seja um lugar perfeito para se perder.

A mulher ideal é magra, ou ter o peso ideal ou ser cheinha. Que importa o peso do corpo se o que me importa é a leveza de sua alma?

A mulher ideal tem os seios pequenos, ou médios, ou grandes. Só não podem ser exageradamente enormes porque morrer sufocado não está nos meus planos.

A mulher ideal é quietinha, ou agitada, ou tímida, ou assanhada. Que importa os rótulos comportamentais se o que tem valor, para mim, é a noção de prioridades semelhantes a minha?

Se há tantas variáveis, como identificar a mulher ideal?

Ora bolas, a mulher ideal é aquela que me olha e já sabe o que penso sem precisar ler a minha mente. É aquela que pelas sombras que perpassam os meus olhos sabe que estou sorrindo sem estar feliz, ou me divertindo profundamente no meu semblante sério.

Enfim, a mulher ideal é aquela que me compreende, me conhece, me aceita como sou, mas principalmente é aquela que me ama da única forma que vale a pena, reciprocamente.




domingo, 15 de setembro de 2013

Como não amar as mulheres?



Como não amar as formas femininas?
Como não amar o jeito de andar?
Como não amar o cheiro estrogênico?
Como não amar a voz delicada?
Como não amar os cabelos compridos?
Como não amar o olhar assanhado?
Como não amar o olhar envergonhado?
Como não amar as curvas?
Como não amar as costas nuas?
Como não amar o canto de sereia?
Gostaria de encontrar o Marcos Valle,
E perguntar:
E ai? Tu aprendeste a ser só?
Eu preciso aprender a ser só.
Não sei qual é o pior vício,
Mas tenho certeza do mais dolorido,
Aquele para o qual não existe rehab:
Amar as mulheres.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

A Vingança de Kimi Raikkonen.

Fiz um exercício de ficção sobre a renovação do contrato de Kimi Raikkonen com a Ferrari para os próximos dois anos.

Esta ficção começa em 2007 gerando uma série de eventos que culminaram na recente decisão da Ferrari e de Raikkonen.


Vamos a “ficção”:

Os principais motivos de Kimi Raikkonen querer voltar a Ferrari atendem pelos nomes de Fernando Alonso e Banco Santander. Quando o Banco Santander passou a patrocinar fervorosamente ao piloto Fernando Alonso, o fez conseguindo sua transferência para a McLaren em 2007. Quem saiu da McLaren para Alonso entrar? Kimi Raikkonen. Melhor para Kimi, foi para a Ferrari em 2007 e por conta do Alonso encontrar um adversário muito mais perigoso do que ele esperava, o Lewis Hamilton, eles dividiram pontos e o campeão foi justamente o Kimi. Chateado com a atenção dada pelo time inglês ao piloto inglês, Choronso saiu da McLaren após apenas um ano de contrato e escândalos de espionagem feita contra a Ferrari que beneficiaram a McLaren, com punição para a equipe inglesa e sem punição para os mais beneficiados, os pilotos Alonso e Hamilton, que SABIAM do que estava acontecendo.

Não ficaria espantado em saber que o Banco Santander tentou emplacar Alonso na Ferrari já para 2008, mas como gato escaldado tem medo de água fria, uma das imposições deve ter sido a saída do Kimi. O Santander poderia bancar a rescisão do contrato de Kimi como chegou a fazer para a temporada de 2010. Mas como a Ferrari se livraria do número 1 no carro? Esse retorno mercadológico garantia a presença de Kimi. Fernando voltaria aos braços de quem continuava sendo seu empresário, o nefasto Flávio Briatore, homem sem ética que acumulava duas funções incompatíveis, diretor de equipe de Fórmula-1 e empresário de piloto.  

Estranhamente em 2008 a Ferrari mudou, contra a vontade de seu campeão Kimi Raikkonen, toda a suspensão do carro, tornando-o incompatível com o estilo de direção do piloto finlandês. Os resultados que até então favoreciam o piloto finlandês em relação ao companheiro brasileiro Felipe Massa, piloto protegido da casa desde seu primeiro momento na F-1, sofreram a reviravolta e todos sabemos como terminou o ano de 2008.

Veio o ano de 2009, com Kimi desmotivado devido ao acontecido no ano anterior (mudança do carro que prejudicava o seu estilo de pilotagem para favorecer ao companheiro) não teve um bom desempenho dando a Ferrari o motivo que precisava para receber o caminhão de dinheiro que o Banco Santander daria a equipe para tirar Kimi Raikkonen e ter o Alonso no lugar dele. Massa era um piloto muito mais “obediente” que Kimi em relação às ordens de equipe.


No ano de 2010, Kimi Raikkonen foi se divertir no Rally com seu salário de 2010 da Fórmula-1 integralmente pago pelo Banco Santander pela Ferrari enquanto o Massa ouvia pelo rádio: “Fernando is faster than you”. Massa abriu passagem e passou a ser o Rubinho do Alonso, agradando a Ferrari no seu jeito de menino obediente. E assim foi se sustentando na equipe.

Para o azar de Massa, Choronso que achou em 2010 que em 2013 já estaria com seu quinto título, cansou de ser batido pelo Vettel e passou a reclamar da Ferrari publicamente e seguidas vezes. Um crime para a cúpula da Ferrari, que segundo dizem procurou a Shell para financiar os salários de Kimi Raikkonen e acreditem se quiserem, marcaram um encontro privado com o finlandês aonde o presidente da Ferrari pediu desculpas pelo passado e deu boas vindas a Kimi.

Um tempo atrás Kimi disse em entrevista que sua decisão poderia surpreender e que muita gente acharia que ele foi um idiota. Eu não achei. Algumas atitudes podem ser tomadas pelo orgulho, estou dizendo orgulho e não vaidade, existe uma grande diferença. Seu orgulho foi minado ao ser preterido duas vezes por imposição financeira de Banco e de outro piloto que não desejava enfrentá-lo com o mesmo carro e que agora será forçado a fazê-lo. Se vencer o oponente nas pistas dará a resposta que acredito, vindo de Kimi, seja mais para si mesmo que para os outros. Se perder dirá a si mesmo: “Fuck it” e vai se divertir no MotoCross ou Rally.

O que veremos em 2014 se estivermos vivos até lá? Não faço ideia, mas estou torcendo para uma conversa de rádio deste tipo:
Engenheiro: “Kimi, Fernando is faster than you.” Kimi: “Then, He can fight.”


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Rei do Tênis


Agora ficou óbvio demais até para os detratores. Nadal não é APENAS o Rei do saibro. É o Rei do tênis. Ninguém, absolutamente ninguém que entenda de tênis pode negar a Nadal o direito à coroa e ao manto.

Maria Ester Bueno hoje na transmissão declarou en passant: A bola do Nadal vai com muito spin e muita força, não basta rebater a bola do Nadal. Algo que venho dizendo há séculos no Twitter e em blogs de tênis.

Nadal sai de uma lesão que muitos acreditaram (e acreditem muitos torceram) que acabaria com sua carreira. Teve a humildade de voltar ao circuito jogando torneios menores, no Chile e Brasil. Testar suas possibilidades. Ganhou Roland Garros, muitos menosprezaram dizendo que ele se limitaria a vencer este torneio. Perdeu em Wimbledon, os detratores se assanharam, mas Nadal nem deve ter percebido, voltou a sua humildade, abandonou alguns torneios e treinou modificações em seu jogo para vencer em quadras duras, e como o fez, venceu todos os torneios, permaneceu invicto nesta temporada de quadra dura e fez um ESPETACULAR US Open acabando de vez com a estigma injusta de jogador de saibro. Já tinha vencido nos quatro grandes e mais o ouro olímpico, mas isso não bastava para seus detratores. Hoje, o único argumento que resta para os anti-Nadal é não gostar dele. É um direito que respeito. Qualquer argumentação além dessa é prova de imbecilidade.

Nadal tomou para si a coroa, merecida. E fez isso na temporada seguinte a uma grave lesão nos joelhos. Presença emblemática hoje foi a da Rainha Sofia, a realeza espanhola prestando seus respeitos ao Rei do Tênis.

Vida longa ao Rei.




quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Boas Vindas

Os médicos cubanos foram vaiados por médicos brasileiros em locais onde estão aparecendo para aprender a língua portuguesa. É um gesto obsceno assim como a medida da presidentE Dilma em chamá-los, não por chamá-los, mas pela motivação política que gerou, que não foi resolver a questão da saúde pública brasileira, porque a presidentE SABE que isso não resolverá, sequer ajudará, mas a intenção foi ajudar o regime ditatorial dos Castros em Cuba. Esta vaia é também um gesto semelhante aos dos militantes petistas ao vaiarem a dissidente cubana. Ambas as vaias muito mal direcionadas, uma, a dos militantes, por serem apenas reflexo de suas mentes obnubiladas, e as dos médicos porque injustas e atingem as pessoas erradas, deviam vaiar e muito a presidentE Dilma que aproveitou-se das manifestações para fazer mais um programa de cunho puramente político-eleitoreiro.

Ainda assim, qualquer que fosse a intenção da presidentE Dilma, os médicos cubanos não merecem serem hostilizados por estarem atrás de uma vida melhor, o que não sei é se eles vão aguentar o tranco do SUS. Este é o real motivo de tão poucos médicos neste “sistema” de saúde, é a precariedade das condições de trabalhos movida pela política obtusa perpetrada pelos seguidos governos desde SEMPRE.  

Infelizmente a falta de resolução dos problemas nas áreas de saúde, segurança e educação públicas parece até mesmo planejado, afinal se um povo tem estas áreas corretamente satisfeitas pelo Governo (e nada mais é que uma obrigação que o Governo a satisfaça), este povo voltaria sua atenção política unicamente para a questão ética, o que em nada beneficiaria TODOS os políticos brasileiros. O desvio de dinheiro público além de diminuir as possibilidades de investimento nas três áreas básicas é também uma “motivação” para que os políticos queiram manter o status quo da saúde, educação e segurança públicas. Mas esta posição de “nossos” políticos está com seus dias contados. As mídias sociais tem feito um papel educacional esclarecendo as pessoas para o absurdo deste sistema político corrupto, por mais que tentem medidas “ilusórias” para desviar o foco das atenções, este trabalho das mídias sociais é um trabalho contínuo e cada vez mais abrangente.


Quanto aos médicos cubanos afirmo que, por mim, os competentes são MUITO BEM VINDOS. Estão vindo fazer um trabalho hercúleo diante das condições dos seus trabalhos. Desejo que mantenham a sanidade mental, algo difícil quando se tem que atender 40 pacientes por dia e se possui ao mesmo tempo uma consciência ética e uma real vontade de atender DECENTEMENTE a todos.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Galeria de Ídolos: Olha quem bate a porta.


Minha escolha de ídolos do esporte segue um critério pessoal às vezes estranho até para mim mesmo. Sendo assim no futebol tenho como ídolo-mor não o Pelé, mas Gérson, o canhotinha de ouro. Pelé passa distante da idolatria. No automobilismo tenho como ídolo o bocarrota Piquet, apesar de reconhecer em Senna um piloto que só teve iguais em velocidade Jim Clark e Fangio, seu comportamento midiático jamais permitiu que eu admirasse outra coisa que não o talento. O talento para mim é importante para um ídolo esportivo, afinal nem chego a conhecer o nome de atletas que são medianos, exceto é lógico os brasileiros que chegam à mídia como esperanças de títulos ou medalhas e sequer chegam as finais de suas especialidades.

O tênis juntamente com o automobilismo são os esportes onde ídolos é o que não faltam para mim. No automobilismo tenho como ídolos em Nuvolari, Fangio, Piquet, Clark, Raikkonen, Brabham, McLaren e até Bird Clemente. E para cada um algo diferente do talento, diferente entre eles, mas com algumas semelhanças. Piquet, Brabham e McLaren tinham conhecimento mecânico extraordinário, mas temperamentos diferentes. Nuvolari, Fangio e Clark o domínio do carro. Raikonnen uma personalidade única e Clemente um amor inigualável aos carros de corridas.

No tênis meus ídolos são ainda mais diferentes entre si: Ken Rosewall, Nadal, Laver, Pancho Gonzales, Connors e Guga nada apresentam de semelhante além do grande talento.

Mas um outro personagem está quase entrando nesta restrita galeria de ídolos que tenho e isto pelas suas semelhanças com Guga.

Guga sendo homenageado por ter terminado um ano como o número 1, se vê no meio de Connors, McEnroe, Borg, Nastase, Federer, Nadal e então pergunta humildemente: O que fiz para estar no meio destes gênios? Sabemos que não é uma falsa modéstia ou falsa humildade, este sempre foi o Guga, respeitoso com a história do tênis, olhando para estes caras como eu só olharia para Gonzales, Rosewall, Laver e Nadal. Primeiro respondo a Guga, o que ele fez para estar no meio destes gênios? Foi um gênio, simples assim. Um gênio dentro da quadra, um grande ser humano fora dele, representou o Brasil com grande dignidade, mostrando simplicidade e uma imensa alegria dentro e fora da quadra. Nem parecia estar competindo, apenas se divertindo. E divertindo-se foi evoluindo seu tênis até conseguir um seu maior feito. Muitos podem achar que foram os três títulos em Roland Garros, mas para mim seu grande feito foi o feito inédito de ter vencido Sampras e Agassi em jogos seguidos na quadra dura. O que mostrava sua evolução interrompida pela maldita lesão no quadril.

Falando sobre este outro personagem que está batendo à porta da galeria de ídolos esportivos, ele também demonstra simplicidade e imensa alegria fora da quadra, mas dentro da quadra, diferente de Guga, se transforma em guerreiro e luta, com uma força mental superada apenas pelo Nadal. É, estou falando de Djokovic. Fora da quadra não é um Romário (que também NÃO É meu ídolo) que se achava mais do que era, apesar de ter sido muito. Djokovic é parecido com o Guga, low profile, simples, alegre e acrescenta um lado quase palhaço no modo de enxergar o mundo. Essa semelhança com o Guga e um gesto, apenas um gesto, o aproximou da minha galeria. A mão em cima do ombro de Guga, não apenas na foto acima, mas em várias outras de momentos diferentes. Uma demonstração de respeito àquele que representou a humildade, alegria e espontaneidade na quadra, características que ficaram ausentes do circuito ATP com a aposentadoria precoce do brasileiro até o aparecimento dele, Djokovic.

Então Djoko, continue sendo simples, humilde na vitória e também na derrota ao reconhecer o valor do adversário como frequentemente você faz que a porta da galeria de ídolos do tênis será aberta, pois bem mais do que o talento, o caráter e a ética são a matéria que constituem os meus ídolos. O talento é apenas um detalhe, sempre presente, mas apenas um detalhe.

domingo, 18 de agosto de 2013

Bartoli


Quando Marion Bartoli anunciou a aposentadoria, logo antes de um torneio de Grand Slam, pensei: “É a TPM”. O tempo foi passando e a ficha caiu, Bartoli realmente desistiu do tênis. Fará falta, tenista com belo jogo, Bartoli mostrou ao mundo que autenticidade necessariamente não vem acompanhada de arrogância e agressividade. Bartoli sempre me pareceu ser uma daquelas pessoas que estão de bem com a vida. Que continue assim na sua aposentadoria, ela merece.

sábado, 17 de agosto de 2013

Parabéns Tri-campeão.


Nelson Piquet completou hoje 61 anos. Em termos de saber viver, talvez perca apenas para Errol Flynn, sobre quem já escrevi aqui.  Em termos de direção de bólidos, não perde para ninguém. Ayrton Senna foi sem dúvidas o mais veloz de todos, mas o mais técnico, de todos os que existiram, em minha opinião foi o Piquet.  

Tenho 3 ídolos no automobilismo, todos velozes e técnicos, Fangio, Clark e Piquet. Mas o dois primeiros e acredito nenhum outro piloto de F-1 tinha o conhecimento sobre a mecânica desses bólidos que o Piquet possuía. Uma vez perguntado se por conta dos seus conhecimentos técnicos ele se daria muito bem na F-1 de hoje, com sua franqueza característica Piquet respondeu que os conhecimentos dele talvez fossem inúteis hoje em dia porque os computadores informam tudo aos engenheiros e aos pilotos, mas que certamente seria muito útil na era anterior a ele.

Eu era muito menino quando Fittipaldi ganhou os títulos dele. Torcia por Emerson, mas não o tinha como ídolo. Mas como adolescente-adulto jovem, já com algum conhecimento sobre automóveis e apaixonado pelo automobilismo, nada mais natural que desenvolver uma idolatria pelo piloto-mecânico Piquet. 

Vibrei em cada um dos seus títulos, o de 81, no ano seguinte em que o precursor de Schumacher o jogou na parede do circuito para garantir um destes títulos conseguido na pura vigarice que desonra o esporte. Alan Jones tem um título desonesto, assim como Schumacher sobre Damon Hill e Alain Prost sobre Senna.

Em 1983, vibrei com um título vencido na estratégia  montada pelo auxiliar de engenheiro Piquet com o seu engenheiro Gordon Murray, mas o título mas emocionante foi o de 1987, conseguido contra um companheiro de equipe talentoso, Mansell, contra a própria equipe inglesa Williams que favorecia ao piloto inglês e principalmente contra Patrick Head, homem sem palavra, que prometeu a Piquet lhe dar o carro com suspensão ativa se ele o desenvolvesse e simplesmente retirou o carro do Piquet ao ver que o brasileiro levaria imensa vantagem sobre Mansell. Detalhe: Mansell foi o primeiro piloto escolhido pela equipe para desenvolver a suspensão ativa, mas se assustou com uma quebra da suspensão durante um teste e desistiu de desenvolvê-la.

Por tantas alegrias que me proporcionou é que desejo a Nelson Piquet que ele continue a aproveitar bem a vida como sempre fez.