quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

A Intolerância Política


Aquela parte da mídia comprometida com o governo PT quer agora convencer aos brasileiros que a intolerância política é algo errado. Até a Globo News vai fazer um programa só para isso.

A pergunta a se fazer é: Por que esta mesma mídia ignorou a intolerância petista com seus opositores durante 12 anos?

Por 12 anos a oposição ao governo PT foi acusada de forma injusta e sistematicamente de ser parte da elite, que odiava ao pobre, a ascensão social, que invejava o progresso e o sucesso do sistema econômico implantado pelo PT.

Mentiras.

Ninguém odeia ao povo porque prefere vê-lo empregado, produzindo em áreas essenciais do que “encostado” por um programa nitidamente eleitoreiro, vagabundeando enquanto áreas problemáticas como a saúde pública precisavam de agentes de saúde para combater o Aedes, por exemplo. Eu digo isso há muitos anos, já escrevi aqui no Blog, já escrevi no Twitter, MUITO ANTES dos casos de microcefalia.

Não odeio ao pobre, muito pelo contrário, admiro aquele que tem muitas dificuldades na vida e prefere manter sua conduta ilibada e é honesto, bem diferente dos petistas que acusam aos outros de odiarem pobres quando na verdade o único interesse deles é estar no poder para enriquecer com propinas, como ficou bem provado desde o ano passado com a operação Lava-Jato.

Invejar o progresso social e sucesso do sistema econômico implantado por eles? A primeira mentira é dizer que o programa é deles. A bolsa-família só aconteceu porque o falecido Senador Antônio Carlos Magalhães trabalhou para implementar uma lei que permitisse programas de assistências sociais pudessem ser incluídos nos orçamentos. O Ex-Senador Eduardo Suplicy bem o sabe e sempre mostrou respeito a ACM por conta disso.

No entanto, neste ponto, a mentira mais grave é a propaganda de sucesso. Hoje se sabe que o sucesso foi fabricado de forma ilusória por balanços adulterados e pedaladas fiscais para manterem-se no poder e poderem propinar os contratos da Petrobrás (e de outras estatais) pelo longo tempo que tiveram no controle da situação sem a Lava-Jato para atrapalhar.

Agora que a oposição sabe de toda esta sujeira patrocinada pelo PT e partidos que o apoiam, a mídia amiga do PT quer que a oposição diga que está tudo bem? Quer que sejamos tolerantes com os petistas que foram por 12 anos e continuam sendo intolerantes com quem lhes é oposição?

A única diferença é que os petistas estão vendo suas mentiras caírem e não sabem o que irão fazer. Abandonar o partido e se fingirem de inocentes e tentarem continuar enganando e dizer que não fizeram parte da corrupção institucionalizada? Como enfrentar aqueles que não suportam mais as mentiras e os abordam nos restaurantes e aeroportos?

Acham que encontraram um caminho, pedir a imprensa amiga que peçam tolerância aqueles que pagaram impostos extorsivos para eles propinarem.

Enganaram-se. Não serão esquecidos. Não serão perdoados. Não serão deixados em paz a não ser que parem aonde merecem estar. Na cadeia.




segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Um presente inesperado


Vi uma figura feminina no mar, surfando uma onda com uma longboard 8’8”. Meu coração regendo meus sentidos, como se estivesse executando “Clair de Lune” de Debussy. Uma lágrima salgada saiu de meu olho esquerdo.
Senti-me abençoado de estar sentado na areia, observando a figura esbelta, os cabelos compridos molhados jogados de um lado para o outro, camiseta molhada grudada na pele e um short discreto, com um sorriso de felicidade por estar recebendo do oceano aquele presente em forma de onda. Fiquei sentado observando-a voltar ao oceano para escolher mais uma onda e nem lembro mais de quantas ondas a garota pegou. Por fim ela saiu da água, uns vinte metros de onde eu estava sentado. Ela veio em minha direção, e sorriu ao perceber minha prancha que estava deitada ao meu lado. Muita coincidência era uma 8’8” também.
- O mar está perfeito para longs hoje – disse ela com uma voz doce, juvenil.
- Percebi. – Respondi. – Vi suas ondas, você surfa muito bem.
- Obrigada Tio. E o senhor, já entrou?
Tio. Toda vez que ouço a palavra é como se fosse uma bofetada na minha velha alma, porém jovem na busca eterna de aprendizado e no espírito aventureiro.
- Não. Estou indo agora.
Peguei minha prancha e sorri para ela. Ao caminhar em direção ao mar pensei: “O oceano não se importa se você é jovem ou velho, rico ou pobre, preto, branco, amarelo ou verde. Ele apenas reconhece quem o respeita e quando se sente amado, às vezes, não sempre, te presenteia com ondas perfeitas”.
Fui receber meu presente.