A Elegância.

Entre os adjetivos envaidecedores um sempre foi o meu preferido. Elegante.

Qual o extraordinário em ser chamado de belo? Basta nascer.

Qual o extraordinário em ser chamado de inteligente? Basta nascer com o potencial e receber uma alimentação adequada e os estímulos corretos principalmente nos primeiros anos de vida.

Pessoas não nascem elegantes, o homem da foto acima, nasceu Archibald Alexander Leach e não tinha elegância, tornou-se Cary Grant, o homem mais elegante já nascido. A mulher da foto, Audrey Kathleen Ruston não nasceu elegante, tornou-se Audrey Hepburn, a mulher mais elegante já nascida.

Elegância não tem a ver apenas com a forma de vestir-se. A mesma roupa que vestia Cary Grant e Audrey Hepburn, vestindo outros seres humanos não teria a mesma “graça”.

Elegância não tem a ver apenas com a forma física. Duas pessoas fisicamente semelhantes a Cary Grant e Audrey Hepburn, usando as mesmas roupas, ... Vocês já entenderam, rsrs.

Elegância tem mais a ver com este estado de espírito, a “graça”, mas não apenas ela.

Tem a ver com a educação, mas não é somente isto, se fosse bastaria que abríssemos as portas para as mulheres, levantássemos da cadeira toda vez que uma mulher estivesse em pé ao seu lado, andássemos pelo lado da calçada e seríamos todos elegantes.

Tem muito mais a ver com o gesto combinado ao estado de espírito, ao olhar.

É o oferecer a mão para o apoio de uma dama enquanto os olhos sorriem.

É o andar colado atrás de sua dama ao perceber que o vestido dela inadvertidamente rasgou.

É o agradecer ao caixa do banco mesmo após passar uma hora na fila do atendimento.

É o conversar com o porteiro de seu prédio como se fossem absolutamente iguais porque, de fato, o são.

É possuir todos estes gestos citados acima de forma natural, não forçada.

No final, é o possuir a alma graciosa.

Então, se alguém desejar ver-me derreter com um elogio, uma palavra basta. Elegante.