terça-feira, 31 de julho de 2012

Musa das Olimpíadas – Federica Pellegrini.


Sei que as Olimpíadas estão apenas começando, mas já elegi a minha musa olímpica. Para muitos a beleza tem que possuir olhos claros, corpo sinuoso, rosto simétrico, etc. Para mim a beleza está nos detalhes. E os detalhes que ganharam a minha preferência foi sem dúvida o sorriso contagiante e o olhar sapeca.  Detalhes que a tornaram, para mim, a mais linda entre as atletas.


Linda alongando.


Linda na piscina.


Linda no pódio.


Linda indo fazer anti-doping.


Linda em pausa musical.


Linda como intelectual.


Linda modelando.


Linda de frente.


Linda de perfil.


Simplesmente PERFEITA.


segunda-feira, 30 de julho de 2012

Pontos de Vista.


Hoje uma foto da atleta de vôlei russa Gamova me levou a uma reflexão sobre os diferentes pontos de vista. Algo absolutamente corriqueiro neste mundo virtualmente socializado.

A fotografia que me refiro foi esta: 



Segundo Ortega y Gasset tudo no mundo está em constante processo de mudança. O movimento é constante. A razão vital dependia não apenas das condições psicológicas e sociais como também físicas. Somente se chega à verdade a partir do ponto de vista de cada um.

Na expressão de Ortega y Gasset, “O homem é o homem e a sua circunstância", a análise do ser humano não pode ser dissociada do que está a sua volta, sejam circunstâncias físicas, psicológicas ou sociais. Até mesmo o “momento” histórico, ou simplesmente a qualidade “temporal” deve ser levada em conta. Estas circunstâncias poderiam ser mais bem entendidas pelos indivíduos através da educação, o que elevaria a importância da condição social, mas não a torna protagonista da compreensão.
  
Nada possui isoladamente importância suficiente. Tudo é importante para o conjunto. Até mesmo o amor.  O amor é uma força motriz da procura. A ciência se beneficia do amor, afinal segundo o filósofo inspirador deste texto, Ortega y Gasset, “O amor vive do pormenor e procede microscopicamente”.

Ora, se a inteligência, as condições sociais, psicológicas e o próprio uso dos sentidos são limitantes do conhecimento e variam de indivíduo para indivíduo, a compreensão da “realidade” passa pela perspectiva deste indivíduo, portanto, como já dizia o filósofo, apesar da verdade não ser relativa, a realidade o é.



Então, considerando a Gamova como a “verdade” a realidade seria relativa ao ponto em que se encontra. Caído ao chão a realidade da Gamova seria a foto acima. Uma pessoa de estatura normal teria uma realidade como a seguir: 


Já uma pessoa mais alta teria esta realidade:



Já a “realidade” a seguir seria representativa de um desejo:


Não tomem esta foto de forma imoral.  Pois ela enseja uma lição ensinada pelo filósofo em questão: “É imoral pretender que uma coisa desejada se realize magicamente, simplesmente porque a desejamos. Só é moral o desejo acompanhado da severa vontade de prover os meios da sua execução.” No caso específico, a educação mais uma vez cresce em importância, aprender a língua russa seria um primeiro passo, mas não seria o suficiente. O físico provavelmente teria importância afinal ela é uma atleta. Também a química, o humor, a cultura, enfim, todos os fatores que influenciam na perspectiva da realidade, no ponto de vista.


sábado, 28 de julho de 2012

Heroínas Olímpicas – Sarah Menezes.




Ela nasceu mulher em um país machista. Nasceu nordestina e negra em um país que esconde seus preconceitos, mas os tem. Escolheu o judô como esporte. Escolheu logo o mais educativo dos esportes, pois não se enganem, o judô não ensina apenas a lutar, mas a portar-se com Honra e Dignidade.

Ela tinha tudo contra. Sexo, naturalidade, cor, falta de patrocínio, falta de respeito dos dirigentes brasileiros pelo esporte. A seu favor tinha apenas uma coisa. A determinação. A famosa determinação nordestina, a famosa determinação feminina.  E foi a luta, em todos os sentidos. E venceu. Chegou ao lugar mais alto do mundo, aonde apenas os campeões e campeãs olímpicas chegam. E foi ao pódio, representação figurativa do monte Olimpo. E no lugar de direito ouviu o hino nacional, e colocou uma medalha de ouro no nome do Brasil, mas não se enganem, de novo, que esta medalha não é do Brasil, é dela, Sarah Menezes

Na sua determinação, na sua concentração, talvez na ausência do conhecimento, pelo sangue adrenalizado, do que esta medalha representa , não chorou. Mas não se preocupe Sarah. Nós choramos por você. 

sexta-feira, 27 de julho de 2012

A BOLA QUE RESTOU.




E se minha alma fosse uma bola?
A bola rolaria pelo mundo afora.
E agora?
O mundo acabou.
Como fica minha bola?
E se ela não murchou?
Está rolando pelo espaço?
Imagina o cansaço
De um movimento eterno.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

DON'T


Don’t ask me
Why am I crying?
I’m crying for you.
      Don’t ask me
     Who am I?
      I am love.
Don’t ask me
What I watch.
I see the sadness of the world.
      For many years
      I asked God
     Why me?
Finally I discovered.
I am not.

Personalidades que mais admiro – Fórmula 1




Em tempos de Olimpíadas, outra lista esportiva, não de um esporte olímpico, mas do esporte que agrega uma paixão que sempre tive: carros.

Como o título diz, estas listas se referem a personagens, que por vários ou poucos motivos, ganharam a minha admiração. Não é uma lista dos melhores de todos os tempos. Apesar do talento ser uma condição prévia nestas listas, não é a única. Atitude e simpatia somadas a outras qualidades e até mesmo “defeitos” interferem na admiração que temos. Quem quiser fazer a sua lista e postar aqui, esteja a vontade.

A Lista:

Pos
Pilotos
1
Nelson Piquet
2
Juan Manuel Fangio
3
Jim Clark
4
Wolfgang Von Trips
5
Tazio Nuvolari
6
Jack Brabham
7
Alberto Ascari
8
Giles Villeneuve
9
Niki Lauda
10
Chico Landi

terça-feira, 24 de julho de 2012

Ouro para Sharapova.




Confesso que tenho um pouquinho mais, só um pouquinho mesmo, de preferência por Ana Ivanovic em relação à Maria Sharapova, mas em relação à medalha de ouro nas olimpíadas de Londres, minha torcida é 100% da Sharapova.

Explico. O simbolismo desta medalha representaria muito mais para a Maria Yuryevna Sharapova do que para qualquer outra tenista da atualidade. Não estou falando do Golden Slam Career, um feito notável, mas de cidadania.

O pai de Maria Sharapova foi aconselhado por Martina Navratilova, que estava na Rússia para uma clínica de tênis, a levar a Maria para os Estados Unidos treinar com Nick Bollettieri. Yuri Sharapov seguiu o conselho, sem falar nada de inglês assim como sua filha de sete anos, com apenas setecentos dólares no bolso, levou sua filha aos Estados Unidos e construíram uma das histórias pessoais mais belas do esporte. Tem que se ressaltar que nesta época, apesar da Rússia já ter alguns representantes talentosos no tênis masculino, no feminino não havia ninguém. Anna Kournikova só ficaria famosa poucos anos mais tarde, portanto, ao contrário do que se diz, a Kournikova não tem importância alguma no aparecimento das russas Dementieva (Minha Deusa), Myskina, Kuznetsova e Sharapova.

Por ter ido cedo aos Estados Unidos, muitas pessoas acusaram a Sharapova de ter “americanizado”. Que culpa tem uma garota de sete anos, levada por um sonho, a conviver com outra cultura de assimilar diversos aspectos da mesma? Nenhuma. É a vida. Esta para mim sempre foi uma acusação tola. Mas não bastasse esta acusação ela frequentemente vinha seguida de outra, a de que Maria Sharapova não tinha nenhum amor pela Rússia. Já esta é uma acusação infame. Quem duvida que se Sharapova tivesse se naturalizado americana sua vida teria sido muito mais fácil?  

Mas não o fez. Continuou cidadã russa. Poderia ter feito como Tatiana Golovin, que também treinou com Bollettieri nos Estados Unidos e que depois se naturalizou francesa. Não estou julgando a francesa Golovin. Tenho imensa simpatia pelo brasileiro Meligeni. Cidadania é uma questão de coração e cada qual sabe onde está o seu. 

Não tenho a menor dúvida que as acusações de desamor à Rússia pela Sharapova não são apenas injustas, mas repugnantes. A Sharapova levando a bandeira já é uma resposta, mas vencendo uma medalha de ouro, computada para a Rússia é um complemento e tanto. Junte-se a isto o Golden Slam Career, conquista justa para uma das mais aguerridas tenistas.

Portanto, pela história de vida, pelo retorno após séria contusão, pela resposta a acusações infundadas e por último, mas não menos importante, por ter passado os dez últimos anos de minha vida torcendo pelo time feminino da Rússia na Fed Cup (Culpa da minha Deusa) é que não tenho outra opção de torcida pela medalha de ouro no tênis feminino que não seja a Maria Yuryevna Sharapova.

domingo, 22 de julho de 2012

Personalidades que mais admiro – Tênis
















Pos
ATP
WTA
1
Ken Rosewall
Elena Dementieva
2
Pancho Gonzales
Martina Navratilova
3
Rod Laver
Maureen Connolly
4
Rafael Nadal
Maria Ester Bueno
5
Gustavo Kuerten
Billie Jean King
6
Fabrice Santoro
Monica Selles
7
Jimmy Connors
Martina Hingis
8
Bjorn Borg
Ana Ivanovic
9
Guillermo Vilas
Maria Sharapova
10
Boris Becker
Chris Evert

sábado, 14 de julho de 2012

Grand Prix - "O" filme.




Revi esta semana o filme “Grand Prix” em Blu-Ray. Além de poder assistir em tela 16x9 com altíssima qualidade de imagem, tem os extras.

Não vou falar sobre o filme em si, vou dizer apenas o suficiente: Não é apenas o melhor filme feito sobre a F-1 ou esportes automotores. É o melhor filme já feito sobre qualquer esporte. Recomendo a quem não assistiu a ver, se for amante de esporte automotor é imperdível. Aliás, é imperdível até para quem não gosta de esportes. É dramático e tem estória extra-esporte que o torna válido até para quem não gosta de esportes.

Não consigo imaginar um filme com tanto realismo. Lembro que o filme foi feito em 1966 e não havia câmeras digitais nem efeitos especiais. Foi filmado em Panavision de 70 mm, com o negativo em 65mm e editado soberbamente, possivelmente o maior e melhor trabalho de edição já visto no cinema.

Os cortes de imagens, a divisão de telas, imagens múltiplas, tudo isso com pioneirismo, tornam este filme um belo delírio visual.

O filme já começa com o espetacular trabalho de Saul Bass na apresentação dos letreiros.

A trilha sonora de Maurice Jarre, para quem tem a minha idade, tornou-se o sinônimo de velocidade, sem aquela babaquice do tema do Senna. Ainda hoje ao ver corridas de automóveis é a música que embala a minha imaginação.

No filme vemos Fangio, infelizmente já aposentado, que aparece nos festejos da vitória em Mônaco. Fangio foi para mim o melhor de todos os pilotos, passados, presentes ou futuros. Futuros porque ninguém poderá fazer mais do que os pilotos daquelas baratinhas 100% mecânicas, sem eletrônica nenhuma para ajudar. Fangio, Clark, Brabham, Moss, Farina, Surtees, Graham Hill, Ascari e mesmo os da época pré-F1 como Nuvolari são todos verdadeiros heróis neste esporte. O risco de perder a própria vida, milhares de vezes maior do que hoje os tornaram uma espécie de gênios loucos deste esporte.

Para os jovens de hoje, que não acompanharam as corridas com o pensamento voltado para que não houvesse mortes naquele dia vou descrever um diálogo referenciado nos extras do filme.

O diálogo foi mais ou menos assim, afinal será contado em terceira mão e um pouco dramatizado por mim, confesso.

O tricampeão Jackie Stewart, nos seus primeiros anos, encontrou-se com Jim Clark nos boxes e disse para ele: “Tive um problema na curva tal, errei a curva.”
Jim Clark olhou para ele e perguntou: “O carro ficou muito estragado?”
Jackie Stewart: “Não. Consegui corrigir a tempo e fazer a curva.”
Jim Clark: “Impossível. Se você tem tempo de corrigir um erro você não está no seu limite.”

Ou seja, naquela época para vencer era preciso estar sempre no seu limite. Não havia espaços para erros porque um único erro significava uma saída de pista, e naqueles tempos, uma saída de pistas muitas vezes era o início de um sério acidente.

Jackie Stewart certamente pensou nas palavras de Jim Clark, mas não fez delas seu lema, era veloz quando preciso, mas “administrava” as corridas, algo impensado até então. Stewart foi seguido por outros pilotos como Emerson e Niki Lauda e fez escola.

Porém, este lema de andar no limite foi retomado depois, por pilotos para quem não torci, mas aprendi a admirar, como Villeneuve, que compartilhou o destino de grandes pilotos das décadas anteriores de morrerem na pista e Mansell, que em carros mais seguros viu seus erros se tornarem acidentes, mas nenhum fatal.

Por admirar o lema de estar sempre no seu limite, com a aposentadoria de Nelson Piquet, de quem era (sou) fã, como piloto e como indivíduo politicamente incorreto, passei a torcer por Senna. Muitos me perguntavam como um Piquetista de carteirinha podia torcer por Senna, minha resposta sempre foi: “Apenas dois pilotos andam no limite, Senna e Mansell, e tenha dó, não dá para torcer pelo Mansell”.

Voltando aos extras do filme, os atores foram colocados para treinar automobilismo. Sobre Yves Montand e Antonio Sabato foi dito algo como: “Eles podem fingir que sabem pilotar estes carros”. Sobre o inglês Brian Bedford foi recomendado o uso de dublês. Sobre James Garner, o piloto de F-1 Bob Bondurant disse duas coisas: No final do treinamento, James Garner era capaz de ultrapassar alguns pilotos do então grid de F-1, ou seja, tinha talento para estar no grid. A outra coisa dita, extremamente elogiosa, foi que se James Garner tivesse se dedicado desde cedo a pilotar automóveis ele seria um sério concorrente para os campeões.

Um último aviso. A “Overture” não é defeito do Blu-Ray, era um costume de filmes longos para avisar que o filme estava começando, então entre no espírito da época e curta a música por 5 minutos, ou então adiante para o verdadeiro início do filme. Mas só use a tecla de foward neste momento, o filme é longo, mas vale ser apreciado a cada minuto.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Os “Gladiadores” Modernos.




O título deste post é baseado numa declaração do Galvão Bueno de que os atuais lutadores do MMA são os “Gladiadores Modernos”. Frase infeliz. Já seria infeliz no tempo em que UFC era disputa de “vale-tudo” e não este MMA que é uma disputa de “vale-quase nada”.

Começo fazendo uma comparação dos primeiros com os atuais “Ultimate Fights”. Não se usavam luvas, não lembro se usavam vaselina, mas lembro do Royce com seu kimono enfrentando lutadores que batiam com a mão sem luvas, era osso com osso. Valia soco e cotovelada na nuca, joelhada na cara. O Marcos Ruas chegou a mostrar a eficiência de uma boa pisada no pé. Tudo ilegal hoje em dia. Encheram o vale-tudo de regras de pode isso mas não pode aquilo e muito mais que transformaram um evento que mostrava quem era o melhor lutador, no evento que mostra quem é o melhor atleta de luta.

Não estou reclamando, agora se parece mais com um esporte quando antes era pura luta. O “lado negro da força” (Star Wars) em mim preferia e ainda prefere como era antes a ao que é agora, um esporte com regras, que na luta de Anderson Silva podem tem sido quebradas pelo brasileiro.

Primeiro, tenho que dizer que entendo a raiva do Spider com o Chael Sonnen, se eu estava com ódio do americano que ofendia ao Spider e aos brasileiros, quanto mais o Anderson que era “vítima” direta destas ofensas que envolviam até a vida pessoal do Spider. Deprimente para o “esporte” foi a atitude do Chael Sonnen durante este tempo entre as duas lutas que perdeu. Pior ainda foi a permissão da comissão de lutas americana dada para Sonnen poder usar a Testosterona. Liberou o Doping.

Mas também temos que ficar atentos ao fato que o Anderson Silva aceitou a luta e com isso as regras que a organização impõe.

Durante a luta estranhei o fato de Anderson Silva estar “limpando” o rosto da vaselina, afinal não era a vaselina usada para “proteger” o rosto? Depois percebi que a intenção era passar no corpo para dificultar a “pegada” do Sonnen. Já que o UFC é cheio de regras, a pergunta se impõe: Pode Arnaldo? Se não pode foi uma infração das regras. Isto é feio para o “esporte”.  OBS: Pelas regras se fala em excesso de “graxa” no corpo, mas não há especificações. Portanto, aceito que não tenha sido “feio”.
  
Depois disso ainda teve uma segurada no calção pelo Anderson para impedir o recuo do americano enquanto o socava. De novo: Pode Arnaldo? Se não pode foi uma vergonha para o esporte. OBS: Pela regra 15 referente às faltas, a letra R é bem clara, é falta segurar o calção ou as luvas do adversário. Então foi uma atitude vergonhosa, sim.

Outra coisa que não foi comentado, mas eu vi. Anderson segurando a garganta do Chael, ou tentando agarrar, isso é proibido pelas regras.

Os comentaristas americanos na entrevista pós-luta se fixaram na joelhada no corpo, o que eles consideravam ilegal, mas não tinha sido. Provocaram com a pergunta sobre a joelhada “ilegal” várias vezes. A melhor resposta de todas foi a de Chael: “Não sei, eu mesmo sou contra estas regras, não vou ficar reclamando”. Quando perguntaram ao Anderson o Dana White interveio em tom áspero dizendo que a joelhada tinha sido revista e sido considerada legal.

Outro elogio a Chael. É, eu consigo elogiar até mesmo quem eu tenho “nojo”. Mas entendo como honra procurar ser sempre justo, mesmo que não queira. Perguntado sobre a luta o Chael respondeu: “Numa luta, o melhor cara sempre vence, ele foi o melhor cara”. Um gesto nobre deste boquirroto, mas que não tem a minha concordância.

Torci para o Anderson Silva, desprezo o Chael Sonnen e sua boca idiota. Mas vamos aos fatos: 1) O Sonnen estava dopado de testosterona, mas com a permissão, que jamais deveria ter sido dada, de uma comissão de lutas americana; 2) Anderson Silva aceitou lutar nestas condições e aceitou as regras; 3) Nas condições conhecidas por todos, incluindo o doping permitido, portanto, o Chael lutou dentro das regras, não cometeu “faltas”; 4) O Anderson Silva cometeu duas faltas claras, não lutou dentro das regras.

Portanto, sobre a frase de Chael, entendo que o “melhor lutador” venceu, mas infelizmente não o fez de forma honesta.

Para finalizar o post um comentário sobre a infeliz frase de Galvão Bueno quando comparou os lutadores atuais aos gladiadores. Os Gladiadores foram extintos com a queda do Império Romano, mais precisamente durante o período do Imperador Flavius Honorius. Chamar qualquer lutador moderno de gladiador é uma enorme ofensa aqueles que deixaram a vida nas areias das arenas antigas em troca de um sonho de liberdade. 

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Momentos Inesquecíveis.




Existem momentos no esporte nos quais o seu corpo está tão carregado de adrenalina que não se percebe o quanto importante é aquele momento. Momentos que vão se tornando cada vez mais claramente importantes, pois com o avançar da idade você não consegue assisti-los sem um grande aperto na garganta e uma alta umidade nos olhos. Os meus seis (Top5) momentos esportivos mais importantes são os seguintes:

Top-5 – Primeiro título do Nadal em Wimbledon. Simplesmente porque calou os idiotas que diziam que o Nadal era um jogador exclusivo do saibro. Nadal, o tenista que junto a Agassi são os únicos a terem o Career Golden Slam.

Top-4 – O Bahia voltando a ser campeão de título Nacional ao vencer o Campeonato Brasileiro de 1988 em 1989. O mais estranho é que estes anos são os meus favoritos e não por causa dos esportes.

Top-3 – As mãos de Gérson agradecendo aos céus pelo tri-campeonato no México em 70. Sem dúvida porque o pé esquerdo do “canhotinha de ouro” foi o responsável pelos mais brilhantes momentos desta seleção na Copa de 70. Passes maravilhosos para vários gols da campanha vitoriosa, o gol da virada no jogo final contra a Itália. Mais ainda, resolveu com a cabeça o problema tático que o Uruguai apresentou na semi-final. Já que era dos pés de Gérson que saíam as grandes jogadas, o técnico uruguaio montou uma marcação especial contra ele. Ao perceber a falta de espaço para fazer as jogadas, combinou com Clodoaldo, trocou de posição com o “volante”, recuando e atraindo os marcadores o que deixou Clodoaldo livre para marcar o gol de empate.

Top-2 – O passão dado por Nelson Piquet “do Vasco” em Ayrton Senna “do Brasil” no Grande Prêmio da Hungria trocentos anos atrás.

Top-1 – Pensem o seguinte, todos os competidores tem suas notas já definidas, a sua apresentação é a última, você tem que fazer uma apresentação sem uma única falha para levar o ouro. Precisa da nota 9,55, uma queda e está fora.  Geralmente para uma apresentação ter sucesso você é obrigado a fazer uma manobra inédita muito difícil. Ele faz pelo menos cinco manobras inéditas, todas extremamente técnicas, difíceis. Não tanto aos olhos de hoje, porque ele as transformou em “rotina obrigatória”. Ele fez o que simplesmente foi considerada na época a mais brilhante apresentação no Skate Vertical. É. Estou falando da volta perfeita de Bob Burnquist no X-Games de 2001. Em cada passagem pela parede um OWN da audiência. Para quem nunca viu tem o link aquiPreste atenção na emoção dos narradores da ESPN americana, entre eles o Tony Hawk. Ainda hoje, revendo as “velhas” manobras, me arrepio em cada parede.

Hors Concours: Deusas não podem ser contabilizadas, números não definem. Apenas uma constatação, nunca vivi, nem viverei emoção semelhante no esporte. O título olímpico da Deusa Elena Dementieva. 

domingo, 1 de julho de 2012

O patrocínio enterrou a Formula 1.




A Fórmula 1, muito por conta do talento de Nelson Piquet, tornou-se meu terceiro esporte favorito, atrás do tênis e futebol. Não perdia uma corrida. Hoje vejo apenas lances ou pela Televisão ou pela Internet. O Automobilismo, no entanto, ainda permanece querido, afinal os carros são para o homem o que as bolsas e sapatos são para as mulheres. Vejo quase tudo que passa ou consigo acessar, mundial de marcas, Nascar e até a Estoque-car (expressão roubada do jornalista especializado Flávio Gomes). Curti muito o especial das 24 hs de LeMans da SporTv. Mas a Fórmula 1 está fora disso.

Os avanços tecnológicos da década de 90 levaram a criação de supercarros de Fórmula-1, que inquebráveis, tornaram os campeonatos previsíveis acabando com o campeonato de pilotos, afinal quem estava na melhor equipe era o campeão, com poucas exceções, geralmente provocadas por conflitos dentro da mesma equipe.

Este ano, com a loteria dos pneus, tornou o campeonato interessante, porém o patrocínio acabou com o talento e a verdadeira competitividade da Fórmula 1. Através de forte patrocínio, até mesmo o muito talentoso Fernando Alonso comprou sua vaga na Ferrari para poder sair da decadente Renault comandada por seu “padrinho” Flavio Briatore, canalha que provocou o fim da carreira de Piquet Jr na Fórmula 1.  

Este patrocínio espanhol não é tão nocivo porque ao menos é para um profissional talentoso. Porém muitos outros patrocínios compram vagas em equipes que estariam melhor ocupadas por pilotos com real talento. Um piloto sem talento algum, como o Senna Sobrinho, com o dinheiro de forte patrocínio, ocupa uma vaga que poderia ser usada por um piloto talentoso, não importa a nacionalidade. É triste ver um piloto altamente promissor como o Razia, baiano da GP2, sem reais chances na Fórmula 1 por não ter um patrocínio que lhe compre uma vaga numa equipe média, ou forte, afinal, até mesmo a Ferrari se vendeu ao patrocínio espanhol.

Os patrocínios, ao impedirem a entrada de verdadeiros talentos na Fórmula 1, terminaram o serviço iniciado pela distância tecnológica entre as grande equipes e as médias. Se o disparate tecnológico matou a Fórmula 1, os patrocínios a enterraram muito mais fundo que os usuais sete palmos.