quarta-feira, 25 de abril de 2012

Dabachs e Joniques.





Desculpem os prováveis erros de ortografia e concordância uma vez que estou escrevendo este texto sem revisão e diretamente no blog.

Um embate entre fãs de dois casais envolvendo três pessoas do mundo real chamou-me a atenção. Vi no twitter atitudes absurdas, fui atacado por pensarem erroneamente que torcia por um destes casais, mas nem me espantou este engano cometido, já que as agressões, per si, mostravam o desequilíbrio mental destas pessoas.

O embate entre este fãs provocou-me a reflexão sobre esta tendência humana de desejar casais. Não vou tentar chegar a conclusão alguma, apenas correlacionar comportamentos semelhantes entre fãs de casais distintos e tentar entender esta necessidade humana de formar casais.

Este desejo em formar casais já é mostrado mesmo sem a presença de ídolos, mas no dia a dia, quando uma relação se torna estável é muito comum a pergunta: “Quando vão casar?”. E atrelado ao desejo do casal está o desejo de que famílias sejam formadas porque logo após ao “casamento” chega a outra pergunta: “Quando vão ter filhos?”.

Tentando compreender este desejo de grande parcela da população de formar casais na vida real, desejo que não compartilho, buscarei uma visão histórica sobre isso.

Primeiro devo fazer a confissão que em filmes românticos desejava a formação de alguns casais, afinal não era essa a “intenção” do filme? Mas não pensava no “casal” do filme, ou seja, o esquecia um segundo após a reflexão sobre o filme em seus aspectos de história, roteiro, fotografia, direção e interpretação dos atores.

Entre os casais de novelas, o único para o qual torci com um certo exagero, tanto que me lembro dos nomes dos personagens quarenta anos depois, foi o casal Cristiano (Francisco Cuoco) e Simone (Regina Duarte) da novela Selva de Pedra, de Janete Clair. Isto é tão antigo que a novela era em preto e branco e eu tinha por volta de dez anos de idade. Logo...

Importante lembrar que mesmo com 10 anos de idade, não tinha pensado em uma possível relação romântica entre Francisco Cuoco e Regina Duarte.

Muitos anos depois, tive simpatias pelo casal Joey/Pacey da Série Dawson’s Creek, que apesar de série adolescente tinha diálogos de adultos. Fui um adolescente em meio de adultos discutindo política, sociologia e filosofia, dai a minha identificação com a série. Já havia internet nesta época e através dela fiquei sabendo de uma legião que torcia pelo casal Joshua Jackson e Katie Holmes, os atores, não os personagens.

Preferência sobre casais é até esperada pela tripla reação química que envolve esta preferência. Tripla, porque não basta a química entre os atores/personagens, é necessária a química (reação enzimática) do espectador (enzima) transformando os personagens (substratos) em casal (produto). A percepção do espectador/enzima é essencial para a reação. Por isso, enzimas diferentes enxergam os substratos de maneira diferente provocando reações diferentes. Falando em termos da série acima, apesar da maioria dos espectadores enxergarem a química entre Joey e Pacey, uma boa parcela enxergava a química entre Joey e Dawson.

Também esperada, ligeiramente compreendida por mim, mas também considerada exagerada, existe a expectativa de que este casal de personagens se relacionasse na vida real. Porém, quando isso acontece vira um pandemônio. Quando Katie Holmes revelou que Joshua Jackson tinha sido seu “primeiro amor”, a legião do casal Katie-Josh entrou em polvorosa. Mesmo anos depois, com Katie já casada com Tom Cruise e principalmente após um “piti” explorado pela mídia de Tom Cruise ao saber que o casal Diane Kruger e Joshua Jackson estava no mesmo evento que eles, teorias de conspiração foram formadas e até uma suposta aparente semelhança física entre Suri e Joshua Jackson foi questionada na Internet. Este é um perfeito exemplo de quando a imaginação ultrapassa os limites do bom senso. E isto tende a acontecer na formação de casais celebridades do mundo real.

O desejo de formação de casais entre celebridades é bastante antiga. Não sei como era na época em que as celebridades eram os cantores de ópera, é muito antigo para tentar compreender, mas trazendo para a mídia visual. Ainda na época do cinema mudo, milhares de fãs ficaram extasiados com o casamento entre a namoradinha da América, Mary Pickford e o galã Douglas Fairbanks. Extase continuado com o casamento entre Clark Gable e Carole Lombard e depois entre tantas outras estrelas-casais.

Lembro-me de amigas extasiadas com o casamento entre Marcelo Novaes e Letícia Spiller. Do quanto achava essa “ingenuidade” divertida e do quanto mais as amava por causa desta “ingenuidade”.

Nos tempos atuais um triângulo amoroso mexeu com a imaginação do mundo inteiro. Um triangulo amoroso de pessoas reais, famosos cuja fama se estenderam por trolhões de vezes mais do que os 15 minutos. Estou falando do trio Brad Pitt, Jennifer Aniston e Angelina Jolie. Todos os três com fãs individuais e com dois grupos de fãs do casal. Quando Brad Pitt deixou Jennifer para ficar com Angelina, o mundo dos fãs do casal Brad-Jennifer desapareceu aos seus pés, e passou a se formar uma legião de fãs do casal Brad-Angelina. Fãs Brad-Jennifer passaram a acusar Angelina de destruidora de lares e por ai vai. Fãs do casal Brad-Angelina ficaram extasiados com a formação da grande família e a cada filho adotado ou natural, uma comemoração acontecia entre estes fãs.

Seria o fim do mundo se Brad Pitt resolvesse voltar para Jennifer Aniston? Do meu mundo, com certeza não, o mesmo não posso garantir para os fãs do casal Brad-Angelina. O outro lado da moeda, os desiludidos fãs do casal Brad-Jennifer voltariam a viver em êxtase.

Logicamente que estou falando deste assunto por causa do rebuliço no Twitter entre os fãs de BBB, que formaram as torcidas de casais Dabach e Jonique. Nunca existiram tais casais. Jonas ficou na casa com as duas, para mim pareceu ter uma certa preferência por Renata, talvez até por questão de identificação, afinal eu “gosto” mais da “perigosa” loura. É a tal da química tripla citada acima. A Enzima Titus se identificou mais com os substratos Jonas e Renata. Para tornar a explicação ainda mais clara, Titus é uma enzima alostérica com sítios moduladores negativos aos quais se ligam a razão lógica do comportamento humano, de forma que não há tentativa nem desejo real da formação do produto casal.

Muito divertida é a estratificação destas torcidas.

Vejo a torcida Dabach com muito carinho, pois vejo nelas as minhas antigas amigas torcedoras do casal Marcelo Novaes e Letícia Spiller. Adolescentes em sua maioria, as que frequentam a minha TL parecem ter a imaginação fértil, característica muito apreciada por mim, porém com um espantoso senso de realidade para a idade que tem. São adolescentes que sabem que o casal pertence ao mundo de fantasia e respeitam a opção dos “substratos” Jonas e Renata. Querem o produto “casal” e até tentam intervir como enzimas “Dabach” forçando a aproximação ao requisitar trabalhos e aparições em comum via Twitter e Facebook.  E referindo-me a maioria das fãs Dabach com as quais tenho contacto, essa fãs respeitam a decisão de Jonas e Renata, se ficarem juntos melhor, se ficarem separados, o casal se tornará exclusivo da imaginação de cada uma, ou coletiva entre os grupos de fã.

Por ver nessas “seguidoras” Dabachs do Twitter pessoas doces, ingênuas, mas bastante imaginativas é que as homenageei com uma Fan-fiction Dabach. Usando da imaginação, que também tenho, mesmo que infantil, como algumas desequilibradas mentais que invadiram a minha TL insinuaram entre outras ofensas mais pesadas, criei esta fan-fiction em 3 partes com o intuito de divertir minhas “amigas” Dabachs.

Com isso, no entanto, fui tomado erroneamente por fã Dabach. Sendo bem claro, sinto admiração por Jonas pelo seu comportamento ético dentro e fora da casa e pela Renata, mais pelo comportamento e lucidez que demonstrou fora da casa. Mas estou muito longe de ser fã dos dois. Quem observar a minha galeria de ídolos aqui e  podem observar que é necessário muito mais do que os dois demonstraram para que eu me torne um fã no sentido de serem meus ídolos. Fã dos dois no sentido de admirar, eu sou, no sentido de tê-los como ídolos, não. Se os dois ficarem juntos, vou achar divertido, se não ficarem meu mundo não se moverá um angstrom.

Tomado por um Dabach sofri ataques de Joniques desequilibradas mentais, mas estas doentes mentais não interferiram na imagem positiva que tenho de “seguidoras” Joniques do meu tt. Geralmente mais maduras que as Dabach, mais velhas, porém com a mesma capacidade imaginativa das Dabach, afinal também enxergam um casal que não existe. E por causa desta imaginação, como já disse, característica que admiro, nutro por elas simpatia, mas sendo claro, simpatia pelas joniques que participam de forma amorosa da minha TL, já que as outras ou não fazem parte do meu mundo, ou quando tentam invadi-lo como no caso das três loucas, as expulso com o block.

O problema com a imaginação se apresenta quando esta ultrapassa não apenas o bom-senso da realidade, como o bom-senso da fantasia e torna-se envolvida com teorias de conspirações e ideias perniciosas e ofensivas sobre o comportamento de quem julgam estarem de lados opostos, quando na realidade estão indo na mesma direção da construção de uma fantasia.

Finalizando, devo confessar que ao ver reações exageradas de Dabachs e Joniques, muitas vezes acho que o êxtase de grande parte destes fãs com união dos seus ídolos (principalmente dentro do BBB) foi proporcional à estase (com s mesmo) de suas próprias vidas.

Portanto um conselho, que ninguém pediu, mas dou assim mesmo. Façam fluir a vida nas próprias veias e não se tornem reféns da fantasia. Vivam a própria vida, quem sabe será muito mais interessante.

3 comentários:

  1. Show Titus....vc está deixando bem claro que sua Fan-fiction Dabach, foi uma brincadeira,e não um desejooo seu (uma ctza) que a união aconteça, e tbm deu uma bela resposta para as desequilibradas Joniques, que apesar de mais velhas, tem mentalidade oca, que não são capazes de respeitarem o próximo...
    beijos

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  2. Boa tarde amigo vc falou tudo mesmo,é verdade muitas exageram,mas as adolecentes sonham mesmo ja fui uma rs ,tenho 60 anos, e gosto muito do casal juntos ou separados só desejo que eles se realizem na carreira deles.Sobre as Joniques acho um absurdo,ofenderem vc mas fazer o que lidamos com gente é vc sabe que é muito dificil lidar com elas,parabéns o blog esta cada dia melhor abraços.

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  3. Nossa, que texto excelente Titus!!
    E como bioquímica de formação que sou, amei a analogia com a reação enzimática... tem tudo a ver mesmo.
    Adoro o casal Jonas e Renata, e ficaria realmente feliz se a energia de ativação da reação fosse um pouco mais baixa, e nós enzimas conseguissemos atingir nosso objetivo na formação do produto. Mas isso não é determinante pra mim, o mais importante é sucesso de cada um individualmente!
    Palmas pra ti mais uma vez!

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