QUEM SOU.
Quando olhares nos meus olhos
Procures no ponto negro
Meu lado mais franco
A verdade
dissolvida em poços,
guardada em
velado segredo
sem machucar o
imaculado branco
De meus olhos inocentes,
puros, famintos, inconscientes
da sua própria transparência
Giram e giram
perdidos,
machucados,
torturados, feridos,
repletos de
carência
Vedes mais do que isso?
O que há mais para ver?
A ausência de compromisso
com tudo que seja viver?
Ainda não tenho
as respostas,
dadas em berros,
na esperança de escuta.
Estou
completamente surdo, assim
Encontro-me retalhado em postas,
mas cercado de augusta
Glória, encontram em mim,
Um ombro amigo
onde lágrimas são transformadas
Em sorrisos, como
por mágica de fadas,
pudesse ser
alguém além de mim mesmo.
Com o corpo cheio de cicatrizes,
Coloco-o a frente de humanas perdizes
Alvos de tiros a esmo.
Que faço aqui no
mundo?
Que não seja a
constante espera
de limpar o que
está imundo?
Tornar quadrado, a esfera,
formar perfeitas elipses
presenciar eclipses
de minha amada lua
Ao fim de tudo,
ainda clama.
Por você, a velha
chama.
O suave desejo de
ver-te nua
E descobrir-te
enfim.
Quem sois vós?
Ó pele de marfim.
Brilhante como mil sóis.
Minha vida,
vítima de quimeras.
Por ti, volta a
primórdias eras,
Quando no
príncipio, havia o amor.
Uma maçã a ser
compartilhada.
Estava longe,
esta constante dor.
Da espera da
mulher amada
Escrita em janeiro de 1992.
Boa noite muito lindo parabéns estou amando seu blog gosto muito de Poesia.Deus abençõe abraços.
ResponderExcluirOlá, tudo que você escreve sempre tem muito sentimento. A poesia é muito linda.Escreva muitas! Bjo
ResponderExcluirQuem és?
ResponderExcluirSem dúvida um ser humano especial, sensível, poético.
Estou adorando o seu blog. Continue escrevendo esses textos e poesias tão lindas.
Elena. Não a Dementieva, rsrs.