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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Muito bem casados.


Tenho lido algumas críticas sobre a contratação pela Sharapova de Jimmy Connors para ser seu técnico. Não entendo a razão das críticas. Maria deve ter visto o sucesso de Murray em Wimbledon e creditou boa parte deste sucesso a mudança de mentalidade e jogo imposto pelo Lendl. Ivan Lendl foi um dos jogadores mais intimidadores em quadra, mostrou a Murray que uma bolada no adversário quando este sobe a rede pode ser vista como uma jogada feia mas tem sua eficiência, no ponto, e no comportamento do adversário a seguir. Esta “agressão”, permitida nas regras do jogo, mexe com a cabeça dos adversários no sentido de buscar uma resposta adequada de agressão ou não-agressão, porém o tempo da dúvida é um tempo em que a concentração do “agredido” perde-se na dúvida da resposta. Murray, neste ano em Wimbledon “mirou” em adversários, por vezes atingindo-os como a Tsonga, por vezes raspando no corpo do adversário por conta de reflexos de fuga, como aconteceu com Federer, que escapou de boladas por pouco.

Na WTA tem uma tenista que intimida a todas adversárias e se está no dia (naqueles dias) intimida juízes de cadeira e de linha, ninguém escapa a fúria da Serena Williams. E ninguém tem dúvida de que Serena é a pedra no sapato da Maria Sharapova.

Ora, Maria vendo o resultado obtido por Murray por ter contratado o intimidador Lendl como técnico, por que não ela? Ela já teve um período anterior com Connors, só não levou adiante por ser pão-dura e não querer pagar o que Connors pediu na época. Se Lendl era intimidador, Connors sempre foi o “Mestre” da intimidação. Aquele que fazia o McEnroe ficar pianinho pianinho. Antes de ser um “aposentado” em atividade Connors massacrou Lendl que tentava intimidá-lo como aos outros. Connors, no entanto, sabia ser brutal enquanto o Lendl tentava ser hipocritamente “educado”. As duas finais do USOpen de 1982 e 1983 ensinaram ao Lendl que intimidação funcionava com uns, mas com outros, geralmente brutos de natureza, funcionava como uma espécie de “doping”. Este era o Connors, jogava muito melhor quando tentavam intimidá-lo.

Comparando os técnicos com as jogadoras em questão, Maria seria uma Lendl, intimidadora, mas com um limite imposto por educação. Serena é Jimmy Connors de saia, alternando jogadas técnicas com outras brutas, se não tem jogada melhor com a oponente na rede, ela vira alvo.

Então, quem melhor para ensinar a Sharapova a jogar contra a Serena do que o jogador que certamente serviu de inspiração a todos os brutos (no sentido da impiedade) do tênis?


Por este motivo, até prova em contrário, acho que a dupla Sharapova-Connors tem tudo para ser uma dupla muito bem casada.  

terça-feira, 24 de julho de 2012

Ouro para Sharapova.




Confesso que tenho um pouquinho mais, só um pouquinho mesmo, de preferência por Ana Ivanovic em relação à Maria Sharapova, mas em relação à medalha de ouro nas olimpíadas de Londres, minha torcida é 100% da Sharapova.

Explico. O simbolismo desta medalha representaria muito mais para a Maria Yuryevna Sharapova do que para qualquer outra tenista da atualidade. Não estou falando do Golden Slam Career, um feito notável, mas de cidadania.

O pai de Maria Sharapova foi aconselhado por Martina Navratilova, que estava na Rússia para uma clínica de tênis, a levar a Maria para os Estados Unidos treinar com Nick Bollettieri. Yuri Sharapov seguiu o conselho, sem falar nada de inglês assim como sua filha de sete anos, com apenas setecentos dólares no bolso, levou sua filha aos Estados Unidos e construíram uma das histórias pessoais mais belas do esporte. Tem que se ressaltar que nesta época, apesar da Rússia já ter alguns representantes talentosos no tênis masculino, no feminino não havia ninguém. Anna Kournikova só ficaria famosa poucos anos mais tarde, portanto, ao contrário do que se diz, a Kournikova não tem importância alguma no aparecimento das russas Dementieva (Minha Deusa), Myskina, Kuznetsova e Sharapova.

Por ter ido cedo aos Estados Unidos, muitas pessoas acusaram a Sharapova de ter “americanizado”. Que culpa tem uma garota de sete anos, levada por um sonho, a conviver com outra cultura de assimilar diversos aspectos da mesma? Nenhuma. É a vida. Esta para mim sempre foi uma acusação tola. Mas não bastasse esta acusação ela frequentemente vinha seguida de outra, a de que Maria Sharapova não tinha nenhum amor pela Rússia. Já esta é uma acusação infame. Quem duvida que se Sharapova tivesse se naturalizado americana sua vida teria sido muito mais fácil?  

Mas não o fez. Continuou cidadã russa. Poderia ter feito como Tatiana Golovin, que também treinou com Bollettieri nos Estados Unidos e que depois se naturalizou francesa. Não estou julgando a francesa Golovin. Tenho imensa simpatia pelo brasileiro Meligeni. Cidadania é uma questão de coração e cada qual sabe onde está o seu. 

Não tenho a menor dúvida que as acusações de desamor à Rússia pela Sharapova não são apenas injustas, mas repugnantes. A Sharapova levando a bandeira já é uma resposta, mas vencendo uma medalha de ouro, computada para a Rússia é um complemento e tanto. Junte-se a isto o Golden Slam Career, conquista justa para uma das mais aguerridas tenistas.

Portanto, pela história de vida, pelo retorno após séria contusão, pela resposta a acusações infundadas e por último, mas não menos importante, por ter passado os dez últimos anos de minha vida torcendo pelo time feminino da Rússia na Fed Cup (Culpa da minha Deusa) é que não tenho outra opção de torcida pela medalha de ouro no tênis feminino que não seja a Maria Yuryevna Sharapova.

domingo, 22 de julho de 2012

Personalidades que mais admiro – Tênis
















Pos
ATP
WTA
1
Ken Rosewall
Elena Dementieva
2
Pancho Gonzales
Martina Navratilova
3
Rod Laver
Maureen Connolly
4
Rafael Nadal
Maria Ester Bueno
5
Gustavo Kuerten
Billie Jean King
6
Fabrice Santoro
Monica Selles
7
Jimmy Connors
Martina Hingis
8
Bjorn Borg
Ana Ivanovic
9
Guillermo Vilas
Maria Sharapova
10
Boris Becker
Chris Evert

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Sharapova – A grande conquista.




Nesta quinta-feira, Maria Sharapova voltou a reinar entre as tenistas. Assumiu, com todo o merecimento, o número 1 do ranking da WTA. Uma grande conquista, mas não a maior concretizada nesta quinta.

Maria sofreu no ano de 2008 uma lesão séria no ombro. Já tinha obtido enormes vitórias no circuito, vencido torneios de grand slam e assumido a posição de número 1. Podia se aposentar como tenista e perseguir uma carreira de modelo. Anna Kournikova já obtivera um relativo sucesso como modelo antes dela e sem dúvidas Sharapova teria um sucesso maior devido à imensa legião de fãs que possui.

Este pensamento pode até ter cruzado a mente da russa, mas nele não ficou. Recuperou-se da lesão. Por causa dela teve que mudar o estilo de seu saque e voltou ao jogo. Derrotas aonde antes vinham fáceis vitórias alegrou um grande grupo de pessoas, conhecido como “Sharapova’s haters”.  

Porém, aqueles que amam o esporte, mais do que os ídolos, juntamente com os fãs da russa podiam perceber em cada derrota uma evolução. O olhar de dor substituído pelo olhar de guerreira matadora. Uma comemoração mais a seu estilo neste ou aquele ponto, cada vez mais frequente.

Voltando ao grupo denominado “Sharapova’s haters”, imensamente menor que a legião de fãs da loura cabeçuda (uma homenagem ao fã número um da Maria, George). Este grupo, como o nome já diz, existe na posse de um sentimento pobre que é o ódio. No entanto, já diz o ditado: Alegria de pobre dura pouco. E aqui vem a relatividade do tempo, esta “alegria” durou pouco para os “haters”, enquanto a “tristeza” durou muito para os “lovers”.

Sabendo da força de vontade desta menina russa, revendo na TV alguns momentos da sua vitória hoje me vem à mente a música de Ivan Lins: “Com força e com vontade, a felicidade, há de se espalhar com toda intensidade”.

Definitivamente foi a vitória da força de vontade, no entanto, a grande conquista da Maria Sharapova com esta vitória não foi retornar ao seu posto de direito, o de Rainha da WTA. Foi sim, a vitória sobre o descrédito de muitos, “haters” ou não, de que a Sharapova ainda teria momentos de grandeza pelo qual o seu talento a fez merecedora.

terça-feira, 17 de abril de 2012

A importância do olhar.



Olhar - v. intr.- Dirigir a vista. Fazer por ver. Encarar, considerar.

            v. tr.- Fitar os olhos em; ver; encarar. Contemplar. Cuidar de. Exercer vigilância ou cuidado sobre.                           Observar; notar. Ponderar; atender.

            s. m.- Ato de olhar. Modo de olhar. Aspecto dos olhos.

Enquanto esteve ativa no tênis, a luz da Elena Dementieva era tão forte que me cegou a visão para outras mulheres. Fossem tenistas, atletas de outras modalidades, atrizes ou modelos. Todas perdiam encanto por serem comparadas a Deusa. Enxergava a beleza, a graça, a elegância de outras, mas como humanas poderiam encantar um enfeitiçado por uma Deusa? Porém uma outra tenista, ainda no tempo de atividade da Deusa Elena conseguiu encantar-me, e o fez com um olhar, este olhar:


A dúvida, o medo, a dor deste olhar desnudou-me a mulher Maria Sharapova. Antes enxergava apenas a tenista Maria, e admito, não tinha por ela a admiração que tenho hoje.

Sou um homem de contrastes.

Elena, que pelas qualidades humanas tornei Deusa e apaixonei-me eternamente.

Maria, que de figura mítica tornei humana e venho me apaixonando.