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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Olhos de piscina.


Tenho a impressão que Deus produziu certos olhos para serem olhos “de piscina”. Aqueles olhos nos quais você mergulha e que por aqueles momentos toda a sua angústia se vai. 

Rubem Braga, certa vez, escreveu sobre um encontro do Manuel Bandeira com a Clarice Lispector, disse o Poeta: “Quando vou pisando na calçada me encon­tro com Clarice, que vem de braço dado com o noivo. Meus olhos entraram dire­ta­mente nos seus. Meus olhos, com toda a minha tris­teza, toda a minha alma des­graçada, entraram de repente nos seus, mer­gul­haram com­ple­ta­mente neles. Ela se deteve um instante — eu só via aque­les olhos verdes — e me rece­beu como se fosse uma piscina….”. Rubem Braga escreveu que quando con­tou esta história a Clarice ela não se lembrou da história e olhou-o admi­rada, com os seus olhos de piscina.

Longe de mim querer me comparar ao poeta, ou a estas moças com a Clarice Lispector, mas sempre que assistia ao BBB da Renatinha, ao ver aqueles lindos olhos azuis, estes lindos olhos azuis:


Ao ver estes olhos safadinhos, com um misto de irreverência e profunda ingenuidade, sentia-me invadido por uma alegria indescritível, injustificável, mas simplesmente “sentida”. Uma pílula de alegria, até o momento em que estes olhos foram invadidos, felizmente por um período breve, mas ainda assim angustiante, invadidos por uma tristeza provocada pela discriminação injusta e massacrante proveniente da incompreensão por escolher ser “livre”, por escolher a simples liberdade de “ser” quem é.

Recentemente encontrei uma foto que tem um efeito “Clarice Lispector” em mim. Basta olhar por alguns minutos e sou invadido por uma sensação de paz que me acompanha por um tempo. Por isto é a foto do meu desk.  
A foto é esta:



Não faço a mínima ideia de quem seja esta modelo. Se alguém souber, peço o favor de me informar, aqui ou no twitter.

De qualquer jeito, não saber quem ela é não me traz angústia alguma, afinal é só olhar a foto e tenho estes olhos de piscina para me livrar de qualquer angústia.


sábado, 18 de agosto de 2012

SER OU NÃO SER.




Ontem, no trabalho, um colega falava do Twitter. O que ele disse: “É muito esquisito, a Renatinha do BBB tem 40 mil seguidores, devem ser os mesmos adolescentes que seguem a Paris Hilton, afinal ela é como uma Paris Hilton brasileira”.

Olhei para ele e sorrindo respondi: “Nunca ouvi tanta besteira em uma só frase como a que você acaba de dizer”. E falei sobre os absurdos ditos por ele numa única frase. Não como escreverei aqui, afinal, com as letras a nossa disposição argumentamos melhor, acho.

Primeiro, a Renatinha não é mais do BBB, aliás, muitos dos que me seguem no Twitter sabem que eu admirava a beleza dela no BBB, mas o ser humano Renata D’Avila me conquistou fora dele, ao saber diferenciar muito bem o que era vida dentro e fora do BBB.  Então de certa forma me irrita quando a chamam de BBB ou ex-BBB, não que isto seja um rótulo indigno, mas em nada explica o complexo ser humano que é esta menina.

Sigo a Renata no Twitter, em retribuição, pois ela é a única “celebridade” que me segue e por consequência também sigo, mas hoje, pelo ser humano que ela é, eu a seguiria mesmo que ela me desse unfollow. Eu não seguiria a Paris Hilton mesmo que fosse pago. Como escrevi no post abaixo, interessante é uma característica que prende a minha atenção e o que há de interessante na vida de uma herdeira que se dedica a vender a marca “Paris Hilton”?

No entanto, há muito de interessante na Renata D’Avila. Ela usa o Twitter para se comunicar com os(as) “fãs” e se expressa sempre com gentileza. Nas viagens sempre arranja um tempo para se encontrar com eles(elas) tratando a todos com delicadeza e atenção peculiar.

Usou a “celebridade” conquistada no BBB para trabalhar como modelo e tentar alguma coisa na televisão. Soube que teve um tempo de programa no Multishow, ainda não vi. Sinceramente acho que o canal Multishow deveria contratá-la. Na televisão sabe-se que não basta ter carisma, senão o Alemão teria feito um grande sucesso, mas a Renata D’Avila tem algo a mais, ela tem uma luminosidade que não se expressa apenas na própria luz como também ilumina quem está próximo a ela. No BBB foi assim, na presença dela os seus companheiros de cela ganhavam uma vida que não tinham na sua ausência.

Outra coisa que diferencia em muito a Renata da Paris Hilton está na expressão. A expressão “divertida” da Paris Hilton se resume a uma “diversão” vazia, enquanto a expressão divertida de Renata expressa uma promessa de possibilidades. É como se a Paris Hilton falasse “Eu quero me divertir” enquanto a Renata expressa: “Eu quero nos divertir”. Há uma grande diferença.

A Renata D’Avila é extraordinariamente linda, tem um corpo perfeito e os olhos belíssimos extremamente expressivos. É um cartão de visita, mas não deve ser tomado além disso. E parece que ela tem consciência disso. Tem uma qualidade além da aparência, ela lê. E como a leitura é importante, ela forma o conteúdo, ela forma o ser e o não ser. Pelo Twitter soube que ela está lendo o livro “Fragmentos” sobre Marilyn Monroe, perfeito para o momento dela, que não fique nos fragmentos mas aprofunde nas biografias deste exemplo de mulher, que foi julgada pela forma, jamais pelo conteúdo. Pela forma foi abusada sexualmente, admirada por milhões, virou ícone e foi desprezada depois de usada pelos dois poderosos irmãos Kennedy. Morreu misteriosamente num oficialmente suicídio, mas que pode ter sido outra coisa. Não importa, em qualquer caso, no caso da Marilyn, o não ser venceu.

No caso da Renata, ela É bela como a Marilyn, ela TEM o corpo perfeito como a Marilyn. Mas é importante saber que isto é temporário, faz parte do não ser, pois de fato, todos somos o que lemos, o que aprendemos, o que fazemos, o que nos importamos, o que amamos, o que vivemos. E pelo que vejo, espero que não tenha me enganado, a Renata D’Avila está no caminho do ser quem ela deseja, e acredito que ela deseja Ser muito mais do que Não Ser.

Quanto à frase do meu colega que inspirou a resposta e este post, talvez a melhor resposta a ele fosse: Quem é a Paris Hilton? Pelo que sei, ela não é.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Questão de Prioridade


Ontem estava cansado, realmente cansado, após ter discutido com amigos de uma ONG qual a melhor maneira de levar assistência médica a um maior número de pessoas em um curto espaço de tempo disponível. Fui relaxar minha mente e assistir dois filmes românticos que sempre me animam: Escrito nas Estrelas com John Cusack e Kate Beckinsale e Ladrão de Casaca com Cary Grant e Grace Kelly.

Sei que vou perder bastante seguidores no Twitter e leitores do blog com o que vou escrever, mas se seguidores fossem minha prioridade estaria no ramo religioso ou da política. E não estou. Por isso, prefiro manter a honestidade de minhas opiniões.

Perdi a discussão que rolou no Twitter entre torcedores de casais por conta da não realização do paparazzo em conjunto da Renatinha com Jonas. Ainda bem que estava ausente, não li as besteiras usuais. De cabeça quente, teria escrito algo muito mais pesado de forma que poderia ser tomada, quase que justificadamente, como uma agressão. E tenho “amigas” queridas em todos os grupos para não ter o mínimo desejo em agredi-las. Mas ontem, muito possivelmente o teria feito. Lendo algumas besteiras ditas de lado a lado e cheguei a uma conclusão:

Sinceramente esta briga entre Joniques, Peravilas e Dabachs ultrapassou o limite do ridículo e já chegou ao nível do patético.

Um trabalho como o paparazzo entre Renata e Jonas virar comemoração porque não será realizado? Era apenas um trabalho. Vibraram com a perda financeira que os dois sofreram com o fracasso das negociações? Pior foram as teorias de conspirações inventadas de todos os lados. Ora bolas, sabem da razão do fracasso das negociações o paparazzo e a agência de Jonas e Renata, que é a mesma. O resto é especulação.

Neste mesmo momento Jonas e Renata se encontravam em festa em São Paulo, mais um motivo para briga entre Joniques, Peravilas e Dabachs. O encontro virou motivo de ironias. Patético. Se estiveram em um “encontro” ou cumprindo agenda isso diz respeito apenas aos dois. A vida dos dois aos dois pertence, e somente a eles. Será que vão levar uma eternidade para compreender isto?

Após o BBB, Jonas, Renata e Monique seguem a vida procurando o melhor para eles (justíssimo). Mas os fãs parecem não se cansar das baixarias e qualquer coisa que envolva estes três acaba cercada de atitudes e palavras desagradáveis de algum lado. E aqui eu faço um “Mea Culpa”. Acabei de postar no twitter comentários maldosos e, portanto, cometi uma atitude deselegante (o que pra mim é muito depreciativo a respeito da minha conduta) sobre a nudez de Monique. Mas apenas relacionadas à nudez e apesar de deselegante ao menos fui sincero. Porém não mais me referi a pessoa Monique. (Estou tentando salvar um resto de atitude elegante. Convenci?)

Enquanto esta guerrinha de torcidas ocorre, milhões de crianças africanas são submetidas à violência de uma guerra de verdade, sendo ou assistindo suas mães e irmãs estupradas pelos guerrilheiros, seus pais e irmãos mortos pelas facções contrárias em diversos países africanos. Milhões de crianças africanas estão entregues à fome e à doença. E as pessoas ficam revoltados(as) porque Jonas, Renata ou Monique não estão com quem desejariam que estivesse?

Revoltar-se é um direito de todo indivíduo e a escolha dos motivos pelo quais se revolta é uma questão de prioridade.

Mas revoltar-se por formação ou não de um casal é o perfeito exemplo de uma prioridade frívola.


quarta-feira, 25 de abril de 2012

Dabachs e Joniques.





Desculpem os prováveis erros de ortografia e concordância uma vez que estou escrevendo este texto sem revisão e diretamente no blog.

Um embate entre fãs de dois casais envolvendo três pessoas do mundo real chamou-me a atenção. Vi no twitter atitudes absurdas, fui atacado por pensarem erroneamente que torcia por um destes casais, mas nem me espantou este engano cometido, já que as agressões, per si, mostravam o desequilíbrio mental destas pessoas.

O embate entre este fãs provocou-me a reflexão sobre esta tendência humana de desejar casais. Não vou tentar chegar a conclusão alguma, apenas correlacionar comportamentos semelhantes entre fãs de casais distintos e tentar entender esta necessidade humana de formar casais.

Este desejo em formar casais já é mostrado mesmo sem a presença de ídolos, mas no dia a dia, quando uma relação se torna estável é muito comum a pergunta: “Quando vão casar?”. E atrelado ao desejo do casal está o desejo de que famílias sejam formadas porque logo após ao “casamento” chega a outra pergunta: “Quando vão ter filhos?”.

Tentando compreender este desejo de grande parcela da população de formar casais na vida real, desejo que não compartilho, buscarei uma visão histórica sobre isso.

Primeiro devo fazer a confissão que em filmes românticos desejava a formação de alguns casais, afinal não era essa a “intenção” do filme? Mas não pensava no “casal” do filme, ou seja, o esquecia um segundo após a reflexão sobre o filme em seus aspectos de história, roteiro, fotografia, direção e interpretação dos atores.

Entre os casais de novelas, o único para o qual torci com um certo exagero, tanto que me lembro dos nomes dos personagens quarenta anos depois, foi o casal Cristiano (Francisco Cuoco) e Simone (Regina Duarte) da novela Selva de Pedra, de Janete Clair. Isto é tão antigo que a novela era em preto e branco e eu tinha por volta de dez anos de idade. Logo...

Importante lembrar que mesmo com 10 anos de idade, não tinha pensado em uma possível relação romântica entre Francisco Cuoco e Regina Duarte.

Muitos anos depois, tive simpatias pelo casal Joey/Pacey da Série Dawson’s Creek, que apesar de série adolescente tinha diálogos de adultos. Fui um adolescente em meio de adultos discutindo política, sociologia e filosofia, dai a minha identificação com a série. Já havia internet nesta época e através dela fiquei sabendo de uma legião que torcia pelo casal Joshua Jackson e Katie Holmes, os atores, não os personagens.

Preferência sobre casais é até esperada pela tripla reação química que envolve esta preferência. Tripla, porque não basta a química entre os atores/personagens, é necessária a química (reação enzimática) do espectador (enzima) transformando os personagens (substratos) em casal (produto). A percepção do espectador/enzima é essencial para a reação. Por isso, enzimas diferentes enxergam os substratos de maneira diferente provocando reações diferentes. Falando em termos da série acima, apesar da maioria dos espectadores enxergarem a química entre Joey e Pacey, uma boa parcela enxergava a química entre Joey e Dawson.

Também esperada, ligeiramente compreendida por mim, mas também considerada exagerada, existe a expectativa de que este casal de personagens se relacionasse na vida real. Porém, quando isso acontece vira um pandemônio. Quando Katie Holmes revelou que Joshua Jackson tinha sido seu “primeiro amor”, a legião do casal Katie-Josh entrou em polvorosa. Mesmo anos depois, com Katie já casada com Tom Cruise e principalmente após um “piti” explorado pela mídia de Tom Cruise ao saber que o casal Diane Kruger e Joshua Jackson estava no mesmo evento que eles, teorias de conspiração foram formadas e até uma suposta aparente semelhança física entre Suri e Joshua Jackson foi questionada na Internet. Este é um perfeito exemplo de quando a imaginação ultrapassa os limites do bom senso. E isto tende a acontecer na formação de casais celebridades do mundo real.

O desejo de formação de casais entre celebridades é bastante antiga. Não sei como era na época em que as celebridades eram os cantores de ópera, é muito antigo para tentar compreender, mas trazendo para a mídia visual. Ainda na época do cinema mudo, milhares de fãs ficaram extasiados com o casamento entre a namoradinha da América, Mary Pickford e o galã Douglas Fairbanks. Extase continuado com o casamento entre Clark Gable e Carole Lombard e depois entre tantas outras estrelas-casais.

Lembro-me de amigas extasiadas com o casamento entre Marcelo Novaes e Letícia Spiller. Do quanto achava essa “ingenuidade” divertida e do quanto mais as amava por causa desta “ingenuidade”.

Nos tempos atuais um triângulo amoroso mexeu com a imaginação do mundo inteiro. Um triangulo amoroso de pessoas reais, famosos cuja fama se estenderam por trolhões de vezes mais do que os 15 minutos. Estou falando do trio Brad Pitt, Jennifer Aniston e Angelina Jolie. Todos os três com fãs individuais e com dois grupos de fãs do casal. Quando Brad Pitt deixou Jennifer para ficar com Angelina, o mundo dos fãs do casal Brad-Jennifer desapareceu aos seus pés, e passou a se formar uma legião de fãs do casal Brad-Angelina. Fãs Brad-Jennifer passaram a acusar Angelina de destruidora de lares e por ai vai. Fãs do casal Brad-Angelina ficaram extasiados com a formação da grande família e a cada filho adotado ou natural, uma comemoração acontecia entre estes fãs.

Seria o fim do mundo se Brad Pitt resolvesse voltar para Jennifer Aniston? Do meu mundo, com certeza não, o mesmo não posso garantir para os fãs do casal Brad-Angelina. O outro lado da moeda, os desiludidos fãs do casal Brad-Jennifer voltariam a viver em êxtase.

Logicamente que estou falando deste assunto por causa do rebuliço no Twitter entre os fãs de BBB, que formaram as torcidas de casais Dabach e Jonique. Nunca existiram tais casais. Jonas ficou na casa com as duas, para mim pareceu ter uma certa preferência por Renata, talvez até por questão de identificação, afinal eu “gosto” mais da “perigosa” loura. É a tal da química tripla citada acima. A Enzima Titus se identificou mais com os substratos Jonas e Renata. Para tornar a explicação ainda mais clara, Titus é uma enzima alostérica com sítios moduladores negativos aos quais se ligam a razão lógica do comportamento humano, de forma que não há tentativa nem desejo real da formação do produto casal.

Muito divertida é a estratificação destas torcidas.

Vejo a torcida Dabach com muito carinho, pois vejo nelas as minhas antigas amigas torcedoras do casal Marcelo Novaes e Letícia Spiller. Adolescentes em sua maioria, as que frequentam a minha TL parecem ter a imaginação fértil, característica muito apreciada por mim, porém com um espantoso senso de realidade para a idade que tem. São adolescentes que sabem que o casal pertence ao mundo de fantasia e respeitam a opção dos “substratos” Jonas e Renata. Querem o produto “casal” e até tentam intervir como enzimas “Dabach” forçando a aproximação ao requisitar trabalhos e aparições em comum via Twitter e Facebook.  E referindo-me a maioria das fãs Dabach com as quais tenho contacto, essa fãs respeitam a decisão de Jonas e Renata, se ficarem juntos melhor, se ficarem separados, o casal se tornará exclusivo da imaginação de cada uma, ou coletiva entre os grupos de fã.

Por ver nessas “seguidoras” Dabachs do Twitter pessoas doces, ingênuas, mas bastante imaginativas é que as homenageei com uma Fan-fiction Dabach. Usando da imaginação, que também tenho, mesmo que infantil, como algumas desequilibradas mentais que invadiram a minha TL insinuaram entre outras ofensas mais pesadas, criei esta fan-fiction em 3 partes com o intuito de divertir minhas “amigas” Dabachs.

Com isso, no entanto, fui tomado erroneamente por fã Dabach. Sendo bem claro, sinto admiração por Jonas pelo seu comportamento ético dentro e fora da casa e pela Renata, mais pelo comportamento e lucidez que demonstrou fora da casa. Mas estou muito longe de ser fã dos dois. Quem observar a minha galeria de ídolos aqui e  podem observar que é necessário muito mais do que os dois demonstraram para que eu me torne um fã no sentido de serem meus ídolos. Fã dos dois no sentido de admirar, eu sou, no sentido de tê-los como ídolos, não. Se os dois ficarem juntos, vou achar divertido, se não ficarem meu mundo não se moverá um angstrom.

Tomado por um Dabach sofri ataques de Joniques desequilibradas mentais, mas estas doentes mentais não interferiram na imagem positiva que tenho de “seguidoras” Joniques do meu tt. Geralmente mais maduras que as Dabach, mais velhas, porém com a mesma capacidade imaginativa das Dabach, afinal também enxergam um casal que não existe. E por causa desta imaginação, como já disse, característica que admiro, nutro por elas simpatia, mas sendo claro, simpatia pelas joniques que participam de forma amorosa da minha TL, já que as outras ou não fazem parte do meu mundo, ou quando tentam invadi-lo como no caso das três loucas, as expulso com o block.

O problema com a imaginação se apresenta quando esta ultrapassa não apenas o bom-senso da realidade, como o bom-senso da fantasia e torna-se envolvida com teorias de conspirações e ideias perniciosas e ofensivas sobre o comportamento de quem julgam estarem de lados opostos, quando na realidade estão indo na mesma direção da construção de uma fantasia.

Finalizando, devo confessar que ao ver reações exageradas de Dabachs e Joniques, muitas vezes acho que o êxtase de grande parte destes fãs com união dos seus ídolos (principalmente dentro do BBB) foi proporcional à estase (com s mesmo) de suas próprias vidas.

Portanto um conselho, que ninguém pediu, mas dou assim mesmo. Façam fluir a vida nas próprias veias e não se tornem reféns da fantasia. Vivam a própria vida, quem sabe será muito mais interessante.

sábado, 21 de abril de 2012

As Caçadoras.


O sucesso de duas “sem-vergonhas”, uma na ficção e outra na vida real leva a um momento de reflexão. Estou falando do personagem Suelen, que deve muito do seu sucesso ao indiscutível sex-appeal da atriz que a interpreta e da não menos personagem Sereia da Selva, a Renatinha.

O “sem-vergonha” pode parecer ofensivo, mas não é. Elas simplesmente não têm vergonha de serem felizes, não têm vergonha de serem atraentes, não têm vergonha de serem sedutoras, não têm vergonha de inverterem os papéis de caça e tornarem-se caçadoras. Simplificando, não têm vergonha de existirem.

Depois de trocentos mil anos em que o homem desempenhou o papel de conquistador, ver-se no papel de conquista para muitos é um baque, um susto irrecuperável. Acho uma grande bobagem, tudo fruto de uma inexperiência em lidar com a arte do jogo que é a relação homem-mulher.

Ainda bem jovem, após uma grande desilusão amorosa, uma sábia amiga, filósofa, me disse algo mais ou menos assim: “Querido amigo, o amor é como um jogo. Vivendo e aprendendo a jogar. Nem sempre ganhando. Nem sempre perdendo. Mas, aprendendo a jogar”. Pois é, eu esperando uma frase de Nietzsche, Kant ou Ortega Y Gasset e ela me veio com uma letra de MPB. 

Por incrível que pareça, esta frase da letra foi-me muito útil. Resolvi aprender a jogar. Pouco tempo depois eu estava no Rio de Janeiro, fazendo uma pós-graduação, vivendo em Copacabana, em pleno fervor dos anos 90.

Se você quer ser um jogador de primeira linha, tem que jogar contra os melhores adversários. E que melhor adversários no jogo da sedução que aquelas que eram consideradas as mestres na arte de seduzir? Na década de noventa não eram chamadas de “periguetes”. O nome pelo qual eram chamadas também começava com “p” mas era de uma espécie animal encontrada nos rios Amazonas e São Francisco. Encontrei uma fartura da espécie humana deste peixe em um rio, o Rio de Janeiro. Estes anos que passei no Rio, os melhores anos de minha vida, os passei procurando viver e aprender. ♫ ♪ Vivendo e aprendendo a jogar. Nem sempre ganhando. Nem sempre perdendo. Mas, aprendendo a jogar ♫ ♪.

Por este tempo que passei no Rio, é que consigo sentir-me atraído por “periguetes” “Caçadoras” “Casanovas de saias” ou qualquer nome que seja dado a elas, sem sentir um pingo de medo, muito pelo contrário. Periguetes não são um perigo para mim, principalmente porque sei que perder faz parte do jogo, o importante é não ter medo de jogar, e seguir aprendendo.

Por mais “insano” que possa parecer, o importante é saber que “Suelens” têm as suas cartas e jogam com elas, mas temos as nossas e se jogarmos direito podemos vencer este jogo e domar as indomáveis, sem jamais tentar prendê-las porque passarinhas (também começa com p) foram feitas para voar.



terça-feira, 17 de abril de 2012

Renata, a Sereia da Selva.




Este post será dedicado ao BBB12. E mais especificamente para uma figura espontânea e divertida que apareceu aos olhos meus através deste programa.

Primeiro, reporto a minha não compreensão pela estigmatização do programa como um “Reality de baixa categoria”.

É um jogo? É. E possui todos os aspectos de um jogo, sorte, talento, competência e no caso do BBB, principalmente interferência dos “árbitros”.

Tem defeitos? Tem. Vários. Porém uma enorme vantagem sobre todos os outros programas, oferece um manancial de comportamentos humanos, personalidades. Oferece uma visão, ainda que relativa, do padrão ético de seus participantes e principalmente daqueles que votam, ou seja, o público do programa.

Este programa nos oferece “personagens” para serem criticados, muitas vezes sem piedade e além dos limites do bom senso, e julgados. É um programa de julgamento. Os participantes são julgados, votados e punidos com a exclusão do programa.

Enfim, é um programa interessante, ao menos em minha opinião.

Este BBB12 trouxe-me um personagem que não foi quem mais eu admirei na casa, neste caso JM e Jonas, mas quem me encantou, a Renata. Encantou-me pelas suas qualidades de Sereia, seu canto (voz) doce e harmonioso. Encantou-me pela “metade busto de uma Deusa Maia” (Paralamas), e principalmente pelo olhar de piscina, convidando-nos a um mergulho na profundidade de sua alma. Olhos irreverentes, sapecas, convidando-nos a mil travessuras.
Esta doce menina entrou com uma “má-reputação” de ninfomaníaca, espalhada principalmente por um ser abjeto. Má-reputação? Por ser ninfomaníaca? Posso ter 50 anos, mas má reputação para mim é característica de bandidos assassinos e de corruptos.

Deslumbrantemente linda, a mais linda entre todas as representantes femininas que já entraram neste jogo, era alguém a ser observada por estes meus cansados olhos.

O que tinha de bela esta menina compensava em ingenuidade. Juntou-se a um grupo que jamais a apoiou, que a criticou pelas costas, que jamais a levou em consideração ou sequer demonstrou qualquer respeito. Exceção deve ser feita a Ronaldo, que demonstrou carinho e afeto de irmão, afinal fugia das investidas da Renata como o vampiro foge da cruz.

A “princesa” Renata dedicou a este grupo uma fidelidade não merecida (com exceção de Ronaldo e Mayara) e por isto prejudicou o que parecia ser um interesse romântico seu na casa, o “príncipe” Jonas, e principalmente, prejudicou sua permanência na casa, pois foi julgada como Selvagem, afinal se autodenominava como tal.

Dois momentos, porém, marcaram negativamente a passagem desta doce criatura pela casa. O primeiro quando lançou dúvidas sobre a sexualidade de Jonas e o segundo, quando tomada por uma insanidade temporária proporcionou aos seus fãs as cenas românticas mais nauseantes da história do BBB, nos seus enlaces com o Rafael. E muito por causa dito, foi julgada, condenada e expulsa da casa.

Na saída da casa, Renata encontrou o seu grande momento, mostrou dignidade e uma grandeza que só não excedeu a envergadura moral de Jean Massumi e Grazi, exemplos de comportamento ético dentro e fora da casa.

Renata, fora da casa, negou-se a falar mal de quem quer que fosse, mostrou uma compreensão de que o BBB era um jogo que terminava no momento em que se atravessa uma porta. Esta percepção foge a muitos participantes, que fora da casa, continuam jogando, agora para obter atenção da mídia e outras coisas mais.

Por esta atitude, Renata que já tinha a minha “atração” ganhou certa admiração, que poderia ser maior se não negasse o que aconteceu na casa. Poderia apenas responder, e com toda a razão, que o acontecido com ela e qualquer outra pessoa diz respeito apenas a ela e a “essa” outra pessoa. A ninguém mais.

Não irei comentar aqui ataques sofridos por Renata por portadores de peruca de touro, essa citação já é mais do que merecem.

Outro ataque é que me preocupa, é o daqueles que enxergam na Renata um empecilho para realização de sonhos românticos por torcer por casal que não inclui a Sereia.

Sonhar é um direito de todos. Triste é um mundo sem sonhos. Criei estas frases no twitter para exemplificar a minha compreensão com as “Joniques”. E a reafirmo aqui. Sonhar não apenas é um direito, mas um ato belo, que deveria ser inofensivo, que não deveria conter nele, o ato de sonhar, o desejo pelo mal de outro ser humano.

Afinal lembrem-se de uma coisa, sonhos românticos por sonhos românticos, os melhores são aqueles que envolvem a nós mesmos.