Cary Grant ou Archibald Alexander
Leach (1904-1986) foi um ator inglês, entretanto seu sucesso foi construído em
Hollywood, onde atuou em 72 filmes entre os anos de 1932 e 1966. Sobre ele duas
constatações irrefutáveis foram feitas, a primeira, o fato de que era o “ídolo
dos ídolos”. A grande maioria dos Astros de Hollywood tinha por ele admiração,
alguns tentavam espelhar-se nele, mas sabiam que jamais poderiam igualar seu
charme e elegância. A segunda, segundo palavras da Princesa Grace Kelly: “Todos
envelhecem, exceto Cary Grant”. Não apenas por parecer sempre mais jovem do que
era, a ponto de interpretar um filho de atriz apenas um ano mais velha do que
ele em “Intriga Internacional”, meu filme favorito, como também por ter tal
imagem de elegância impregnada pelos seus filmes, que suponho ter sustentado o
mito de não envelhecer, ao olharem para ele, era sua imagem das telas que
enxergavam.
Aos 14 anos juntou-se a um grupo de
artistas itinerantes e com eles desembarcou nos EUA aos 16 anos. Retornou a
Inglaterra, mas não por muito tempo, logo estava de volta, atuando em peças
teatrais e musicais da Broadway ainda como Alex Leach. Foi contratado pela
Paramount e deram-lhe o nome de Cary Grant.
Iniciava-se a carreira que considero
a maior entre todos os astros de cinema. Explico por quê. Foi o ator que mais
filmes estreou no mais importante cinema de Hollywood, o Chinese Theater. Foi o
primeiro “Astro” a receber percentual da renda de seus filmes. Foi o ator que
mais liderou o Box-office, ou seja, as bilheterias do cinema americano. E o fez
por 4 décadas seguidas.
Foi casado por cinco vezes.
Separou-se da milionária Barbara Hutton e foi o único dos seus ex-maridos a não
tirar-lhe um único centavo na separação. E ainda nutriu pelo filho de outro
casamento de Barbara, Lance, a quem Cary Grant dedicou afeto paternal.
Foi casado por treze anos com a atriz
Betsy Drake, que uma vez questionada sobre o suposto homossexualismo de seu
ex-marido respondeu: “Eu estava ocupada demais trepando com Cary para me
preocupar com rumores de homossexualismo”.
Dois de seus filmes com Hitchcock são
meus dois filmes preferidos, o já mencionado Intriga Internacional e Interlúdio
com Ingrid Bergman, de quem era grande amigo. Outros três entram fácil no meu
top10. Charada de Stanley Donen com Audrey Hepburn, Núpcias de Escândalo de
George Cukor e por motivos puramente emocionais outro filme de Hitchcock,
Ladrão de Casaca, com Grace Kelly. (Já entenderam os motivos emocionais).
Curiosidades sobre Cary Grant:
Foi nomeado pelo American Film
Institute como o segundo maior “astro” de todos os tempos, perdendo o primeiro
lugar para Humphrey Bogart, que sequer chegou perto dos recordes e feitos de
Grant. Fato compensado pela importante revista de cinema Premiere Magazine que
o ranqueou em primeiro lugar.
O Presidente Kennedy ligava várias
vezes para Cary Grant apenas para conversar. Era fã confesso.
O autor Ian Flemming imaginou Cary
Grant ao descrever seu personagem James Bond. Ao Cary Grant foi oferecido o
papel do agente no primeiro filme da série 007, Dr No. Grant recusou pois
achava-se velho para o papel aos 58 anos. No entanto estrelou um filme
romântico de suspense e ação, Charada, no ano seguinte.
Foi o primeiro ator a tornar-se
independente dos estúdios, sem contrato que o prendesse a algum deles. Produziu
alguns de seus próprios filmes. E certamente por isso não ganhou o Oscar de melhor ator, já que era uma festa organizada pelos grandes estúdios. Ganhou pela carreira, depois que se aposentou.
Foi retratado em selo comemorativo do
correio americano.
Christopher Reeve disse que se
inspirou em Cary Grant para desempenhar o papel de Clark Kent. Apareceu na HQ
de Superman quando Clark Kent imitou a sua voz para distrair Lois Lane, que
correu atrás da voz por ser sua fã.
Nunca interpretou um vilão, não
porque não quisesse, mas por causa dos produtores que diziam que ninguém
acreditaria que ele pudesse ser o vilão retirando a credibilidade do
personagem. Hitchcock tentou em um filme, mas a exibição do filme em prévias o
fez mudar de ideia.
Cary Grant estremeceu sua relação com
Sophia Loren após ela revelar que manteve um caso amoroso com ele vinte anos
antes, pois prezava a privacidade de sua vida fora das telas.
Hitchcock tinha por ele um respeito
que não tinha pelos outros atores. Era sabido que quando o personagem de
Hitchcock representava uma persona de si mesmo, James Stewart era chamado.
Quando o personagem era o que Hitchcock gostaria de ser, ele chamava Cary
Grant.
Sidney Sheldon, escritor de vários
Best-sellers inspirou-se em Cary Grant para alguns de seus personagens mais
famosos.
Charlton Heston, em jantar em
homenagem a Margaret Thatcher, disse entusiasmado a esposa: Vou sentar próximo
a primeira ministra. A sua esposa respondeu: Isso não é nada, eu vou sentar ao
lado de Cary Grant.
Sobre ele, o famoso crítico de cinema
Richard Schickel disse: “Cary Grant é o melhor Astro que o cinema já teve”.
Para muitos estilistas de moda, Cary
Grant foi o homem mais elegante que já existiu.
Para mim, como já disse no post sobre
elegância. Elegância vai muito além do vestir. Como admiro pessoas elegantes, o
mais elegante entre eles não poderia deixar de ser meu ídolo.
Cary Grant, o homem mais elegante que
já existiu.
lINDO AMIGO, ELEGÂNCIA TEM MUITAS MANEIRAS DE SER DITA A ELEGÂNCIA E Graça, distinção nas formas, nas maneiras, nos trajes: elegância de porte, de vestes, apresentar-se com elegância.
ResponderExcluirArte de escolher as palavras: falar, escrever com elegância; elegância de estilo,PARABÉNS SEU BLOG ESTA CADA DIA MELHOR ABRAÇOS.
Nem tão elegante assim pelas 'confusões' em que se meteu na vida,Alain Delon ficou pra mim, como elegatíssimo mesmo quando era o vilão/bandido (Plein Soleil)... Valeria um post seu?
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