Os lobos não fogem.
Não por estupidez,
mas por louca coragem.
Os lobos são de difícil amizade,
mas, numa cega sensatez,
Uma vez estabelecida a confiança,
entregam-se por completo,
como Sancho Pança.
Seguem seu amigo pela eternidade
Com seu imenso amor de criança.
Os lobos admiram a lua,
não como fúteis humanos,
A elogiar-lhe a beleza,
A cantar-lhe em versos,
A inspirar reuniões de amigos
cantantes
E serenatas em ruas escuras.
Os lobos, da lua, sabem os
desenganos;
Da sua extrema tristeza;
De seus choros diversos
Ao saber-se sempre distante
Do seu amado sol.
Os lobos sabem,
Por isso, pela lua,
Choram: Auuuuuuuuú.
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