Com um dia de atraso, dou meu parabéns ao meu
maior ídolo esportivo, Nelson Piquet. Ontem “O Cara” fez 60 anos. Para se ter
uma ideia do tamanho de minha admiração por este ser humano único, apenas 3
pessoas no mundo inteiro me despertam o desejo de escrever uma biografia sobre
eles. Em primeiro lugar está a minha Deusa Dementieva, claro. Em seguida o ator
Cary Grant e o piloto amante de carros Nelson Piquet. Como para escrever uma biografia
decente precisa de muito tempo de pesquisa, este é um desejo que será realizado
apenas após a minha aposentadoria.
Piquet foi o último de uma rara linhagem de pilotos, que
teve seu representante máximo em Jack Brabham, a linhagem dos pilotos que
amavam e entendiam os carros em cada célula do corpo desta máquina, na minha
opinião, a maior invenção humana. Não funciona apenas como meio de transporte,
mas principalmente por suas formas, muito atraentes, alguns repulsivos. Os
carros, como os Aston Martins e Lamborghinis podem ser de uma beleza sem igual,
ou de uma feiura como o Porsche Panamera, mas mesmo estes feios vem com um
coração cujo som é comparável as músicas de Bach, Beethoven e Mozart para os meus
ouvidos. Existe som mais bonito que o de um motor V8 ou V12?
Voltando ao Piquet, como não admirar um homem que
fez o seu caminho no automobilismo? Vivendo e dormindo com seus carros de
corrida, fazendo sacrifícios para realizar o sonho de correr, sendo que para o
próprio Piquet nada do que ele fez se assemelhasse a um sacrifício tanto era o
seu amor pelas corridas e pelos carros, amor mantido até os dias de hoje com
sua coleção de automóveis.
Há tanto o que falar sobre o Piquet, que apenas uma biografia
seria capaz de dar conta, então resumirei a duas declarações sobre ele que li
ontem. A primeira de Flávio Gomes, outro amante de automóveis, que em uma frase,
com a qual concordo 110% em todos os aspectos, resumiu o que sinto por Piquet como
piloto: “Piquet pode não ter sido o melhor, nem o mais importante piloto
brasileiro. Mas foi, certamente, o mais interessante. E na minha escala de
valores, muito particular, interessante vem na frente de importante e de
melhor. E nessa mesma escala de valores, bastante particular, Emerson foi o
mais importante e Senna, o melhor”.
A outra declaração foi dada por Gerard Berger ao
jornalista Livio Oricchio: “Nelson tem
sete filhos de três casamentos e pelo que me parece dois nasceram num curto
espaço de tempo de duas mães distintas. Acusem o Nelson do que quiser quanto a
ser namorador. Mas é o cara mais responsável com os filhos que já conheci.
Nelson me lembra as galinhas, que gostam de ter todos os pintinhos debaixo das
suas asas”.
Por conta desta frase coloquei a foto que
acompanha o texto, publicada ontem pelo filho Nelson Piquet Jr.
Pelo piloto, pelo ser humano, pelo pai é que
desejo a Nelson Piquet pelo menos uns outros 30 anos de vida bem vivida.
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