domingo, 1 de julho de 2012

O patrocínio enterrou a Formula 1.




A Fórmula 1, muito por conta do talento de Nelson Piquet, tornou-se meu terceiro esporte favorito, atrás do tênis e futebol. Não perdia uma corrida. Hoje vejo apenas lances ou pela Televisão ou pela Internet. O Automobilismo, no entanto, ainda permanece querido, afinal os carros são para o homem o que as bolsas e sapatos são para as mulheres. Vejo quase tudo que passa ou consigo acessar, mundial de marcas, Nascar e até a Estoque-car (expressão roubada do jornalista especializado Flávio Gomes). Curti muito o especial das 24 hs de LeMans da SporTv. Mas a Fórmula 1 está fora disso.

Os avanços tecnológicos da década de 90 levaram a criação de supercarros de Fórmula-1, que inquebráveis, tornaram os campeonatos previsíveis acabando com o campeonato de pilotos, afinal quem estava na melhor equipe era o campeão, com poucas exceções, geralmente provocadas por conflitos dentro da mesma equipe.

Este ano, com a loteria dos pneus, tornou o campeonato interessante, porém o patrocínio acabou com o talento e a verdadeira competitividade da Fórmula 1. Através de forte patrocínio, até mesmo o muito talentoso Fernando Alonso comprou sua vaga na Ferrari para poder sair da decadente Renault comandada por seu “padrinho” Flavio Briatore, canalha que provocou o fim da carreira de Piquet Jr na Fórmula 1.  

Este patrocínio espanhol não é tão nocivo porque ao menos é para um profissional talentoso. Porém muitos outros patrocínios compram vagas em equipes que estariam melhor ocupadas por pilotos com real talento. Um piloto sem talento algum, como o Senna Sobrinho, com o dinheiro de forte patrocínio, ocupa uma vaga que poderia ser usada por um piloto talentoso, não importa a nacionalidade. É triste ver um piloto altamente promissor como o Razia, baiano da GP2, sem reais chances na Fórmula 1 por não ter um patrocínio que lhe compre uma vaga numa equipe média, ou forte, afinal, até mesmo a Ferrari se vendeu ao patrocínio espanhol.

Os patrocínios, ao impedirem a entrada de verdadeiros talentos na Fórmula 1, terminaram o serviço iniciado pela distância tecnológica entre as grande equipes e as médias. Se o disparate tecnológico matou a Fórmula 1, os patrocínios a enterraram muito mais fundo que os usuais sete palmos.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Infelizmente, me vejo obrigado a moderar comentários. Favor tenham paciência, que os comentários sem ofensas pessoais serão publicados.