Ela nasceu mulher em um país machista. Nasceu nordestina e
negra em um país que esconde seus preconceitos, mas os tem. Escolheu o judô
como esporte. Escolheu logo o mais educativo dos esportes, pois não se enganem,
o judô não ensina apenas a lutar, mas a portar-se com Honra e Dignidade.
Ela tinha tudo contra. Sexo, naturalidade, cor, falta de
patrocínio, falta de respeito dos dirigentes brasileiros pelo esporte. A seu
favor tinha apenas uma coisa. A determinação. A famosa determinação nordestina,
a famosa determinação feminina. E foi a luta,
em todos os sentidos. E venceu. Chegou ao lugar mais alto do mundo, aonde
apenas os campeões e campeãs olímpicas chegam. E foi ao pódio, representação
figurativa do monte Olimpo. E no lugar de direito ouviu o hino nacional, e
colocou uma medalha de ouro no nome do Brasil, mas não se enganem, de novo, que
esta medalha não é do Brasil, é dela, Sarah Menezes
Na sua determinação, na sua concentração, talvez na ausência
do conhecimento, pelo sangue adrenalizado, do que esta medalha representa , não
chorou. Mas não se preocupe Sarah. Nós choramos por você.
Titus vc como sempre escrevendo lindamente e inteligentemente ! Parabéns amigo e Parabéns a Sarah Menezes... "sambou" na cara de todos que infelizmente são machistas e preconceituosos. Se dedicou, treinou, "lutou" e venceu !!!! beijos
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