segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Questão de fé.

Tudo na vida é uma questão de fé. Fé, neste texto não tem nenhuma conotação religiosa. Refere-se ao ato de acreditar.


O Indianápolis Colts não acreditou em Peyton Manning, não teve fé no quarterback, que transformou o Colts em time frequentador da final da conferência AFC  (4 vezes com 2 vitórias) e do Superbowl (2 vezes com uma vitória).  Os mesmos times do Colts, nestes anos de Peyton Manning, sem ele, dificilmente chegaria aos playoffs, quanto mais vencer títulos de divisão ou o Superbowl.

O Peyton Manning desenvolveu “um momento” do jogo, porque não é uma só jogada, mas uma sucessão delas, chamada “No Huddle”, melhor traduzida como “sem conferência”, ou seja, jogadas sucessivas sem aquele encontro no meio do campo para combinar a jogada. Este tipo de “momento” é totalmente dependente do quarterback, que tem que enxergar a posição da defesa e escolher a jogada em menos de dois segundos. Isto mesmo, Peyton tem menos de dois segundos para decidir a jogada. Uma atitude tão audaciosa que poucos times se atrevem a imitar e quando o fazem se limitam aos momentos emergenciais de um jogo. São poucos os quarterbacks com coragem de tentar. Tom Brady, outro futuro Hall da fama, é o que mais tenta, tendo algum sucesso, porém sem a visão, a precisão e sobretudo, sem a eficiência de Peyton Manning.

Foi este jogador, para muitos (estou incluído) o maior quarterback da história do futebol americano que o Indianápolis Colts preferiu não acreditar. Ao não botar fé naquele que fez de seu time medíocre um time campeão, o Indianápolis Colts cometeu uma das maiores ingratidões na história de clubes esportivos.  Só posso dizer que o Indianápolis Colts não merecia um quarterback que tivesse a marca de 400 Touchdowns em temporada regular. Com os Colts, Manning chegou à marca de 399.  

Apenas dois jogadores tinham chegado à marca de 400 TDs. Ontem, Payton Manning, em seu primeiro TD por seu novo time (o segundo time na carreira), o Denver Broncos, estabeleceu a marca de 400 Tds, com 18 jogos a menos que Dan Marino e 473 passes a menos que Brett Favre. Chegou a marca quebrando outros recordes no caminho, muitos deles.

Na transmissão americana o locutor acusou a atmosfera do Estádio dos Broncos como semelhante à atmosfera da metade dos anos 80. Perfeita comparação. Os Broncos deste tempo eram comandados em campo por John Elway, outro gigante do esporte, na minha opinião o segundo maior quarterback de todos os tempos, atrás apenas do Peyton Manning. Elway levou os Broncos a 5 Superbowls, tendo vencido os dois últimos, nas suas duas últimas temporadas. Encerrou sua carreira com um bi-campeonato, back-to-back, fato que eu sinceramente espero que o Manning repita, vestindo a mesma camisa que o Elway.


John Elway é atualmente o vice-presidente de futebol dos Broncos e foi ele quem teve FÉ em Peyton Manning. Sinceramente espero que a atmosfera e o resultado de ontem se repitam em toda a temporada e que por mais uma vez, Elway seja o responsável por mais um título de Superbowl dos Broncos.

Afinal, se tudo é uma questão de fé: Eu acredito no Peyton Manning. Eu acredito no Denver Broncos.

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