Antes
de entrar no mérito do título do post, vamos falar um pouco do campeonato de
pilotos de Fórmula 1.
Vettel
está a um passo de formiga de se tornar o quarto tetracampeão do mundial de
pilotos da Fórmula 1. Muitos dizem: “É o carro”. Dá vontade de rir do pouco
conhecimento desses caras. Desde 1984 com a McLaren MP4/2, o campeonato de piloto perdeu o sentido, pois o carro passou a ser mais importante que o
piloto. O último campeão com um carro inferior foi Piquet em 1983 com uma
Brabham nitidamente inferior a Ferrari e a Renault (Campeã e Vice dos
Construtores). De lá pra cá, apenas Prost (1986) e Raikkonen (2007) foram
campeões com o segundo melhor carro (vice nos Construtores). A Ferrari foi
campeã de 2007 pela desclassificação da McLaren pelo escândalo da espionagem
que favoreceu aos pilotos dela, entre eles o Fernando “não sei de nada” Alonso,
bem insatisfeito por dividir as atenções com Hamilton.
Voltando
aos dias atuais. Que Vettel tem o melhor carro, ninguém duvida. Mas que Vettel
também faz a diferença está clara na posição do Webber, seu companheiro de
equipe, quinto no campeonato, atrás dos melhores pilotos da Ferrari, Lotus e Mercedes.
Resumindo. As quatro primeiras posições estão nas mãos daqueles que fazem a
diferença: Vettel, Alonso, Raikkonen e Hamilton.
Como
o campeonato está decidido, vamos à corrida, para mim uma comédia.
Massa
cumpriu o que disse, desobedeceu a ordem “Strategy A, NOW, Please”, resistiu
algumas volta e correndo apenas para si foi ultrapassado por Alonso. No final
da corrida ainda disse que não atendeu a ordem de equipe. Dois vexames num só
gesto. Foi ultrapassado pelo Alonso e nem a desculpa de jogo de equipe pode dar
mais. Vai continuar correndo por si e chegando atrás do Alonso, isto se a
Ferrari não o mandar para casa mais cedo. Se fez com Prost, quanto mais com
Felipe.
Agora
o tema do título. A Lotus, depois das declarações bem antes da corrida feitas
por seu “Manager” Eric Boullier, voltou suas atenções para Grosjean. Nem
precisava das declarações. Não acredito em coincidências e o Kimi “piorou”
depois que anunciou sua ida a Ferrari e ganhou da Lotus um trono digno da série
de TV “Game of Thrones” no seu carro, o que acabou por detonar as costas do
finlandês. Haja álcool para amenizar a dor (brincadeira, de fato o Raikkonen precisou
de injeções de corticoides para correr). Enquanto isso o assento do Grosjean
era forrado com veludo.
Essa
aposta da Lotus no Grosjean cobrou seu preço hoje. Com sua experiência e capacidade
de manter um ritmo constante conservando os pneus, não tenho dúvidas que se
fosse Raikkonen no lugar do Grosjean, a Lotus teria uma vitória para comemorar
hoje. Mas com seu assento de espadas Raikkonen faz o que dá para fazer, as
espetaculares ultrapassagens em pontos inesperados que Kimi propicia aos fãs de
F-1. Hoje foi sobre Hulkenberg. Raikkonen é o piloto das ultrapassagens mais
espetaculares da Fórmula 1 de hoje e um dos mais espetaculares, se não o mais
espetacular de sempre. Dos que eu vi desde os tempos de Fittipaldi, não tenho
dúvidas.
Pelo
visto, para os fãs de Raikkonen resta esperar pelo ano que vem e ver se o
finlandês vai ter realmente o mesmo tratamento dentro da equipe Ferrari que o espanhol
Fernando “não sei de nada” Alonso, porque neste ano, na francesa Renault
inglesa Lotus, ficou claro que as atenções estarão focadas em Grosjean. A não
ser que Eric Boullier e Alan Permane ganhem bilhões de neurônios funcionantes e
percebam que o grande chamariz de investidores na Fórmula 1 são as vitórias nos
Grandes Prêmios, e que Kimi é mais preparado e talentoso que Grosjean para
oferecer estas vitórias a Lotus, afinal já o fez.
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