Nelson Piquet completou hoje 61 anos. Em termos de saber
viver, talvez perca apenas para Errol Flynn, sobre quem já escrevi aqui. Em termos de direção de bólidos, não perde
para ninguém. Ayrton Senna foi sem dúvidas o mais veloz de todos, mas o mais
técnico, de todos os que existiram, em minha opinião foi o Piquet.
Tenho 3 ídolos no automobilismo, todos velozes e
técnicos, Fangio, Clark e Piquet. Mas o dois primeiros e acredito nenhum outro
piloto de F-1 tinha o conhecimento sobre a mecânica desses bólidos que o Piquet
possuía. Uma vez perguntado se por conta dos seus conhecimentos técnicos ele se
daria muito bem na F-1 de hoje, com sua franqueza característica Piquet
respondeu que os conhecimentos dele talvez fossem inúteis hoje em dia porque os
computadores informam tudo aos engenheiros e aos pilotos, mas que certamente
seria muito útil na era anterior a ele.
Eu era muito menino quando Fittipaldi ganhou os títulos
dele. Torcia por Emerson, mas não o tinha como ídolo. Mas como
adolescente-adulto jovem, já com algum conhecimento sobre automóveis e
apaixonado pelo automobilismo, nada mais natural que desenvolver uma idolatria
pelo piloto-mecânico Piquet.
Vibrei em
cada um dos seus títulos, o de 81, no ano seguinte em que o precursor de
Schumacher o jogou na parede do circuito para garantir um destes títulos conseguido
na pura vigarice que desonra o esporte. Alan Jones tem um título desonesto,
assim como Schumacher sobre Damon Hill e Alain Prost sobre Senna.
Em 1983, vibrei com um título vencido na estratégia montada pelo auxiliar de engenheiro Piquet com
o seu engenheiro Gordon Murray, mas o título mas emocionante foi o de 1987, conseguido
contra um companheiro de equipe talentoso, Mansell, contra a própria equipe
inglesa Williams que favorecia ao piloto inglês e principalmente contra Patrick
Head, homem sem palavra, que prometeu a Piquet lhe dar o carro com suspensão
ativa se ele o desenvolvesse e simplesmente retirou o carro do Piquet ao ver
que o brasileiro levaria imensa vantagem sobre Mansell. Detalhe: Mansell foi o
primeiro piloto escolhido pela equipe para desenvolver a suspensão ativa, mas
se assustou com uma quebra da suspensão durante um teste e desistiu de
desenvolvê-la.
Por tantas alegrias que me proporcionou é que desejo
a Nelson Piquet que ele continue a aproveitar bem a vida como sempre fez.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Infelizmente, me vejo obrigado a moderar comentários. Favor tenham paciência, que os comentários sem ofensas pessoais serão publicados.