Caminhava sozinho pela estrada
assoviando alegremente.
Jamais pensando em nada
Quando te vi repentinamente.
Sorrias,
garota faceira,
mas nada
dizias.
De jeito
todo brejeira
quando
apenas sorrias.
Sorrias com os olhos castanhos
e ainda mais com a boca.
Não me julgaste estranho.
Não te sabia louca.
Então te
apresentaste, linda.
A partir
disto, não tive saída.
Apaixonado,
numa cegueira infinda,
Não te
apercebia caída.
Foste-me então, guiando.
Seguindo o teu caminho na estrada.
Tua mão, minha fome alimentando.
Minha mão te deixando saciada.
Teus
gestos, hoje sei, fingidos.
Colocaste-me
num mágico universo,
Onde um e
um unidos
somavam
um, frente e verso.
Teu próximo passo, iludir-me.
Quem dera tivesse percebido.
Fizeste-me de desejo consumido
Sem ter por onde acudir-me.
Teus
braços, afrouxando devagar.
Início do
abandono há muito planejado.
Tu, já com
o objetivo alcançado.
Eu, ainda
caminhando a divagar.
Não percebi após tantas noitadas
Que tu já preparavas a retirada.
Enquanto comemoravas a derrocada
Do ingênuo que andava pelas
estradas.
As estradas
sozinho voltei.
Jamais
tornei a assoviar.
Pensando em
tristezas fiquei
Sem direito
a sonhar.
Escrita em Janeiro de 1993.
Oi Titus. Não sei se você se lembra de mim, era sua fã quando você comentava no blog de tênis. Agora sou muito mais fã. Não sabia que você era poeta. Lindas as suas poesias. Li todas do blog. Escreva mais. Escreva sobre tênis também para matar as saudades de seus comentários lá no blog do Alexandre. Beijos.
ResponderExcluirXyca.