domingo, 21 de junho de 2015

Uma lágrima.

Quando escrevo uma lágrima, algumas pessoas ainda me perguntam o que quero dizer com isso.

Uma lágrima significa não um momento de choro, mas um momento de emoção, um nó na garganta ao ver algo que mexe com nossos sentimentos ou nossas memórias, e para mim memórias e sentimentos são irmãos siameses.

E se existe algo que me emociona são momentos belos, est(etica)mente ou de significado profundo.

É ver a Elena Dementieva sorrir ou mover-se com sua graça felina.


É rever a cena da bomba de chocolate no filme "Era uma vez na América" ou a cena "Nostalgia" da série Mad Men no episódio "The Wheel".


É ser capturado pela leitura de um livro como "O Sol Também se Levanta" de Hemingway ou "Guerra e Paz" de Tolstói.



É admirar o quadro "Woman With a Parasol in a Garden" de Renoir.



É principalmente ver uma mão estendida para ajudar uma criança que sofre, de fome, de angústia, de dor ou de solidão.



E porque uma lágrima define tudo isto para mim?

Porque diante de um mundo em que obrigatoriamente você tem que agir para que as coisas não fiquem MUITO piores, você não pode estender seus "momentos" de emoção, portanto me acostumei a deixar minha emoção "falar" através de uma lágrima ou duas, absorver este momento, suspirar, colocá-lo num dos milhares de compartimentos que o nosso cérebro possui e então agir.

E agir, no mundo de hoje é muito importante, principalmente se aquela mão que se estende para agir ajudando é a sua.

Esclarecimento: A mão da foto acima não é a minha. É, com certeza, de um grande ser humano. 


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