A Copa do mundo caiu exatamente no período
do torneio de Wimbledon, um dos torneios de Grand Slam, portanto resolvi usar
os dois esportes para tentar entender o que acontece na seleção brasileira.
O que Nadal tem que a Seleção não tem?
Muitos responderiam de imediato: “controle das emoções”. Não estariam de todo
errados, mas escolheram justamente o ponto que menos importa.
Nadal tem uma força mental inegável e
absolutamente superior, mas se isso fosse o fundamental para ser tenista, Bobby
Fisher (Enxadrista) seria o maior vencedor na história do tênis.
A primeira diferença essencial vem fora dos
jogadores. São os técnicos. Enquanto Nadal tem um treinador atento, seu Tio
Toni, a Seleção tem um animador de torcida. Diante de um resultado difícil,
Felipão vai com seus discursos patrióticos tentar fazer a diferença. Nunca fez.
Em 2002, quem fizeram a diferença foram Ronaldo e Rivaldo, em 1994 foram Romário
e Bebeto. Em 1970, um time de
meias-esquerdas, Gérson, Rivelino e Tostão, (posição inexistente hoje),
verdadeiros camisas 10. As outras copas não vi, logo não vou opinar.
Voltando aos técnicos, Tio Toni e seu
sobrinho analisam seus adversários e procuram por onde vencê-los, e treinam,
treinam, treinam até chegarem próximo a perfeição, e então continuam treinando
porque apenas a perfeição, objeto inatingível, os move para frente.
Felipão teve três semanas com seus
jogadores na Granja Comary, nome muito apropriado, onde fez treinamentos
abertos sem treinar esquemas táticos, posicionamento, jogadas aéreas (que fez
falta contra o time baixo do Chile), mas recebendo apresentador da Globo que
desceu de helicóptero, e permitiu um OBA-OBA em volta da Seleção, que segundo
as palavras do próprio Felipão, seria a campeã do torneio.
Aqui voltamos ao ponto em que a imprensa
está “justificando” o péssimo desempenho do time brasileiro: “Os brasileiros
estão sentindo a pressão”. Que pressão? A pressão que o próprio Felipão impôs
ao garantir que este time seria campeão? A pressão da torcida? Ué? Isso não faz
parte do vencer grandes títulos?
Isso soa como uma desculpa, apenas uma desculpa.
Júlio César chorou antes das cobranças, o vilão da derrota estava indicado.
Nada mais historicamente correto que um bode expiatório fosse criado nas terras
mineiras. Os mineiros não criaram Tiradentes? Que virou Mito (no sentido de um
heroísmo inexistente) bem posteriormente a sua morte? Mas Júlio César, ontem,
não queria ser Tiradentes, apesar do choro. Queria ser Manuel Deodoro da
Fonseca, que ao proclamar a república tornou os brasileiros independentes. (Se
é que algum dia o fomos). Júlio César, o Marechal, não o imperador, garantiu a
permanência do Brasil na Copa, jogando pra lama a teoria de que emoção demais
perde jogo. O Júlio, emocionado ao ponto das lágrimas antes do jogo acabar, foi
quem manteve o Brasil na Copa, mas deixando a pergunta: Até quando?
Se este time não fechar os treinamentos e
conseguir o milagre de em menos de uma semana arranjar um esquema tático, ou
mais de um que não seja: “Manda a bola pro Neymar que ele resolve” virá uma
derrota para a Colômbia, time sem jogadores de “renome” como os brasileiros,
mas muito bem treinado pelo argentino Pekerman, com esquemas táticos que o
fizeram suprir uma grande perda em termos de talento individual que é o Falcão
Garcia.
Então voltando à pergunta do Post: O que
tem o Nadal que a Seleção não tem? Tudo, eu diria. Mas o que irá fazer a
diferença, para o sucesso ou fracasso da Seleção, é o estudo do adversário,
conhecimento da força e das fraquezas do oponente e treino, treino e treino, e
quando achar que está bom, treinar mais ainda.
Titus concordo com vc,a Seleção esta muito ruim,torço porq amo meu Pais , e tbm tenho minhas Duvidas da Vitória do Brasil, tem times bons ainda pela frente vamos ver! Beijos.
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