A mulher ideal é loura, ou morena, ou
ruiva. Que importa a cor do cabelo se em algum momento a mulher ideal irá
tingir o cabelo?
A mulher ideal tem olhos claros ou escuros,
azuis ou verdes ou castanhos. Que importa a cor dos olhos se o que procuro nela
está dentro dos olhos e não do lado de fora?
A mulher ideal é caucasiana, ou latina, ou afrodescendente,
ou asiática. Que importa a cor da pele se quando toco a pele dela o que sinto é
ternura ou eletricidade a depender do momento?
A mulher ideal é alta, ou mediana, ou
baixinha. Que importa sua altura se deitados alcanço facilmente todos os seus
pontos inebriantes?
A mulher ideal tem o pescoço longo, ou
médio, ou curto, mesmo que o pescoço feminino seja um lugar perfeito para se
perder.
A mulher ideal é magra, ou ter o peso ideal
ou ser cheinha. Que importa o peso do corpo se o que me importa é a leveza de
sua alma?
A mulher ideal tem os seios pequenos, ou
médios, ou grandes. Só não podem ser exageradamente enormes porque morrer
sufocado não está nos meus planos.
A mulher ideal é quietinha, ou agitada, ou
tímida, ou assanhada. Que importa os rótulos comportamentais se o que tem valor,
para mim, é a noção de prioridades semelhantes a minha?
Se há tantas variáveis, como identificar a
mulher ideal?
Ora bolas, a mulher ideal é aquela que me
olha e já sabe o que penso sem precisar ler a minha mente. É aquela
que pelas sombras que perpassam os meus olhos sabe que estou sorrindo sem estar
feliz, ou me divertindo profundamente no meu semblante sério.
Enfim, a mulher ideal é aquela que me compreende,
me conhece, me aceita como sou, mas principalmente é aquela que me ama da única
forma que vale a pena, reciprocamente.
É aquela que sabe os detalhes até no silêncio. Que consegue ler as ideias do seu parceiro apenas no olhar.
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