Outro dia li este apelido do Fernando Alonso.
Teflonso. Bem apropriado para aquele que teve o maior lucro dos dois maiores
escândalos da era moderna da F-1 sem que estes escândalos grudassem nele, como
deveria. O homem é feito de Teflon, da melhor qualidade. E só poderia, afinal o
cabra é patrocinado por gigantes da economia.
O cara fez o ambiente da McLaren o pior possível pois
não dava conta do Hamilton só com o talento. E aí surgiu a denúncia da
espionagem contra a Ferrari. Quem se beneficiava? Os pilotos da McLaren (Alonso
e Hamilton). Foi atingido? Não.
Na Renault impôs um carro pior ao Nelsinho, sempre
desatualizado, e foi por isso que a Renault deve ter tido que pagar uma fortuna
aos Piquets, pois no contrato de desempenho comparativo com Alonso, as
condições (carros) teriam que ser as mesmas e nunca foram. Não satisfeito, para
que Alonso vencesse uma corrida (sua única vitória neste ano) Nelsinho foi
obrigado (É. Existe bulying na Fórmula-1) a bater no muro em Cingapura logo
após Alonso ter parado para um pit-stop espantosamente prematuro. Mais uma vez
um escândalo onde ele lucrava, mais uma vez saiu incólume.
No entanto, não são estes os motivos deste post mas os jogos
mentais do Alonso. Na McLaren, Alonso cobrava ser primeiro piloto, na Renault contou
com seu comparsa e padrinho na vida fora da F-1, Briatore, para impor a
Nelsinho um carro sempre defasado. Na Ferrari bastou um pedido no rádio e um “Fernando
is faster than you” para colocar ordem na casa. Mas estes joguinhos não tem
surtido o efeito que ele desejava, pois nem a Renault, nem a Ferrari foram
dominantes na era Alonso e por isso um jejum de títulos.
Agora vem um novo movimento, uma possibilidade de
mudança para a Red Bull já no ano que vem. Ora, para mim parece simples. Fernando
sentiu a necessidade de aproveitar a Silly Season para fazer um dos seus jogos
mentais. Mandou seu empresário conversar com a RBR e jogou a notícia para um
jornal alemão divulgar. Assim mexe com a cabeça de seus dois adversários
diretos. Essa possibilidade joga açúcar no tanque de gasolina da negociação
Kimi e Red Bull e mexe com a cabeça de Vettel que pode raciocinar esta
negociação como uma incerteza da Red Bull em relação ao seu talento de piloto. Não acredito
que Vettel seja imaturo a este ponto, apesar do comportamento infantil do alemão
quando Kimi não o deixou passar na Hungria. Vettel se comportou como criança
mimada reclamando de uma manobra normal do finlandês. Quanto ao Kimi, novamente
Alonso tenta melar a relação de Kimi com uma equipe, talvez desejando que este
permaneça na Lotus para ter um rival menos perigoso no ano seguinte pois a
Lotus é uma equipe pequena e Kimi, mesmo com uma equipe pequena está na frente dele
no campeonato.
Como Kimi não se sujeita a jogos mentais de ninguém
(vide sua reação a infantilidade de Vettel na Hungria) o que Fernando pode querer
é apenas melar o contacto da RBR com Kimi forçando-o na direção da Lotus e forçar
a Ferrari (que tem dois anos de contrato assinado e não vai liberar Alonso) a
investir na melhora do carro ainda este ano.
Por isso acho este movimento do empresário do Alonso triste. Triste Fernando Alonso, Triste Alonso. Triste
Teflonso.
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