Vou abrir no blog uma galeria de esportes.
Usarei o espaço para opinar sobre o que acho de diferentes esportes, sobre os
seus ídolos e principalmente dizer o que torna um esporte específico atraente
ou não.
Para esta série opinativa vou começar escrevendo sobre idolatria. Não herdei muitas
características de meu pai, o amor pelo esporte, no entanto, foi uma destas.
Meu pai tinha ídolos no esporte, como eu também. Recordo-me com frequência de
três. O maior ídolo, Arthur Friedenreich, atacante do
Paulistano e São Paulo, o primeiro grande ídolo do futebol brasileiro e diz a
lenda que marcou mais gols que o Pelé. Meu pai que o viu jogar, assim como
também a Pelé, sempre me disse que Friedenreich era melhor que o “rei do
futebol” e que este título deveria pertencer ao atacante paulista.
Outro ídolo foi o atacante Perácio, do Botafogo e Flamengo. Meu pai me
contou a “estória”. Com “e” porque apesar de já ter lido em vários lugares,
entre eles na Discovery Esportes, não consigo acreditar. Parece enredo de
filme. Meu pai dizia que Perácio tinha o chute mais potente do futebol, mais
forte que o de Rivelino, que era o jogador que eu conhecia com o chute mais
forte. A estória é a seguinte: Perácio foi cobrar um pênalti contra o seu
irmão, goleiro do time adversário. Temendo por seu irmão já que seu chute era
capaz de machucar os adversários quando os atingia, pediu ao irmão que
escolhesse algum canto porque ele chutaria no meio. O irmão olhou para Perácio
e nada disse. Perácio fez o que prometeu e chutou no meio. O irmão não se
deslocou e encaixou a bola no peito, para então cair morto. Outro acontecimento
que faz parte dos anais esportivos ocorreu quando Perácio ao chutar um foguete
contra o goleiro tcheco Planicka. O guarda-metas ao tentar defender teve seu
corpo jogado contra a trave com tal violência que quebrou o braço e a
clavícula.
Perácio
O terceiro ídolo era o Babe Ruth, segundo muitos especialistas no esporte
o maior jogador deste esporte em todos os tempos, tinha números fantásticos
tanto como lançador como rebatedor, talvez o único na história deste esporte.
Seus recordes no bastão o fizeram o profissional (em qualquer área, esportiva
ou não) mais bem pago, o que lhe valeu o apelido de “Sultão do Bastão”. Apesar
de seu extraordinário talento esportivo, quando criança estranhei o fato dele
ser ídolo do meu pai. Quando perguntei a ele porque tinha como ídolo um jogador
de um esporte desconhecido no Brasil, esporte que ele nem conhecia as regras, a
resposta foi bem simples, ele era fã não devido as qualidades esportivas do
Babe Ruth, mas humanas. Contou-me várias histórias, entre elas a bem famosa e
retratada em filme, que ele visitava crianças doentes no Hospital porque sua
visita estimulava as crianças positivamente melhorando o quadro geral delas.
Contou da promessa que Babe Ruth fez a uma criança de fazer 3 ou 4 Home-runs (o
momento máximo no baseball) em um único jogo, algo jamais feito.
Babe Ruth conseguiu o feito e o milagre da cura do menino.
Babe Ruth
Os 3 ídolos do meu pai serviram de modelos para a escolhas de meus
ídolos, logicamente que os três estão incluídos no meu rol. E as escolhas de
meu pai me ensinaram bastante. Friedenreich me ensinou a respeitar o talento de
um atleta completo na sua função. Perácio a admirar uma peculiaridade
esportiva, desde que a achasse interessante, não é todo fundamento bem
executado que me leva a admiração. Por exemplo, não admiro os exímios sacadores
no tênis, exijo bem mais. E Babe Ruth acrescentou a qualidade mais fundamental
delas. Não basta ser um atleta extraordinário, tem que ser um ser humano de
qualidades admiráveis. Exemplo principal, Pelé não é um dos meus ídolos.
Gerson, Tostão e Rivelino são.
Falei que ia procurar. A única história que achei com Perácio foi a que ele teria quebrado o braço de um goleiro tcheco com uma cobrança de pênalti. Dizem que a verdade é que o goleiro se chocou contra a trave durante a defesa e, por isso, quebrou o braço. (http://www.botafogopaixao.kit.net/peracio.htm)
ResponderExcluir(http://www.memoriafutebol.com.br/blog/jose-peracio)
A outra lenda que envolve morte e pênalti aconteceu com o goleiro Eurico Lara, do Grêmio. Encontrei várias versões, mas a que mais se encaixa com a sua é que ele teria defendido um pênalti de seu irmão num grenal e, assim, teria morrido. Descobri que ele nunca teve um irmão que jogou no internacional e morreu de tuberculose. (http://www.maquinariaeditora.com.br/site/degustacao/livrogremio_24a33.pdf)
Abraço.
Na Revista placar de abril de 2006 página 30 diz que foi Perácio. A reportagem era sobre Friedenreich. Tente este link http://books.google.com.br/books?id=wJsbmBOi6fYC&pg=PA30&lpg=PA30&dq=matou+o+irm%C3%A3o+no+penalti&source=bl&ots=8_PcDqyCbL&sig=FG1l4_uzm2F3TLC3nKiv8RqlCiA&hl=pt-BR&sa=X&ei=0QzdUK_QCIbS9ATVh4DgCg&sqi=2&ved=0CEAQ6AEwAg#v=onepage&q=matou%20o%20irm%C3%A3o%20no%20penalti&f=false
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