quarta-feira, 7 de setembro de 2016

A Farsa Histórica do 7 de Setembro


Para que a farsa histórica não continue prosperando é bom esclarecer os fatos:
No dia 7 de setembro de 1822, Dom Pedro I, filho primogênito de Dom João VI, portanto, naquele momento, futuro Rei de Portugal, dá um gritinho as margens do Ipiranga: “Independência ou Morte”, como se o pai dele, Rei de Portugal, fosse mandar matá-lo. Deixou-o brincar de Imperador, mas não retirou as suas tropas do país, concentrou-as na Bahia, onde se dava as maiores transações financeiras advindas do mercado agrário. As margens do Ipiranga não houve batalhas, se é que o grito existiu, o que houve, decerto, foram conversas diplomáticas com representantes de outros países, principalmente dos EUA e México para o reconhecimento da Independência.  O Brasil não se tornou independente, propriamente dito, ganhou o Status de País independente, reconhecido pelos EUA e México em primeiro lugar e depois por outros países, mas continuava ligado a Portugal por consanguinidade de seu Imperador, e é sempre bom lembrar, FUTURO Rei de Portugal.
E a Independência da Bahia? A Bahia não fazia parte do Brasil? Como o Brasil poderia ser um País independente com um espaço importante para a economia da época ainda tomada por portugueses? Na Bahia, batalhas sangrentas existiram, mártires em profusão. No entanto, Tiradentes, um conspirador, se não foi apenas um bode expiatório, tem um feriado celebrando sua morte, enquanto verdadeiros heróis dos campos de batalha na Bahia, Maria Quitéria, Joaquim Bulcão, ou o Visconde de Pirajá não são homenageados.
Porque não são homenageados? A resposta é óbvia, porque quem escreveu a História dos livros brasileiros foram os cariocas, paulistas e mineiros e por isso Tiradentes é visto como um herói sem jamais pegar em armas, por encontros de falatórios contra a coroa portuguesa, enquanto os que morreram em campos de batalha sequer são mencionados, lembrados apenas no seu Estado, a Bahia.
Pela análise fria dos fatos, a independência do Brasil deveria ser comemorada no dia 2 de julho de 1823, quando finalmente os portugueses saíram do Brasil, expulsos da Bahia.
A história não para aí. Para o povo brasileiro não mudou nada, a escravidão continuou, as terríveis condições de vida dos pobres também, a “Independência” do Brasil beneficiou realmente apenas os “coronéis” agrícolas.
Parênteses histórico: Não existe um único documento comprobatório de que o “Grito do Ipiranga” existiu e a inexistência do ato é reconhecida até por historiadores do eixo Rio-SP-MG. A pintura “Independência ou Morte” de Pedro América (Figura acima) feita em 1888 é reconhecida também como obra da imaginação do autor e muitos especialistas em pintura a consideram plágio da obra de Ernest Meissonier, “Batalha de Friedland” (Figura abaixo), feita em 1807. Plágio ou não, a pintura de Pedro Américo tem clara inspiração na obra de Meissonier.

Os políticos dizem querer corrigir erros históricos, e, no entanto, jamais soube de um requerimento para se mudar a data de independência do Brasil de 7 de setembro de 1822 para 2 de julho de 1823, nem mesmo por políticos baianos.

E se olhar profundamente a história do Brasil, a data da VERDADEIRA independência do Brasil não é nenhuma das duas datas. O Brasil só ficou livre da CONSANGUINIDADE com Portugal no comando do país quando da Proclamação da República em 15 de novembro de 1889.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Infelizmente, me vejo obrigado a moderar comentários. Favor tenham paciência, que os comentários sem ofensas pessoais serão publicados.