domingo, 13 de outubro de 2013

A Lotus do Kimi e seu assento de espadas.


Antes de entrar no mérito do título do post, vamos falar um pouco do campeonato de pilotos de Fórmula 1.

Vettel está a um passo de formiga de se tornar o quarto tetracampeão do mundial de pilotos da Fórmula 1. Muitos dizem: “É o carro”. Dá vontade de rir do pouco conhecimento desses caras. Desde 1984 com a McLaren MP4/2, o campeonato de piloto perdeu o sentido, pois o carro passou a ser mais importante que o piloto. O último campeão com um carro inferior foi Piquet em 1983 com uma Brabham nitidamente inferior a Ferrari e a Renault (Campeã e Vice dos Construtores). De lá pra cá, apenas Prost (1986) e Raikkonen (2007) foram campeões com o segundo melhor carro (vice nos Construtores). A Ferrari foi campeã de 2007 pela desclassificação da McLaren pelo escândalo da espionagem que favoreceu aos pilotos dela, entre eles o Fernando “não sei de nada” Alonso, bem insatisfeito por dividir as atenções com Hamilton.

Voltando aos dias atuais. Que Vettel tem o melhor carro, ninguém duvida. Mas que Vettel também faz a diferença está clara na posição do Webber, seu companheiro de equipe, quinto no campeonato, atrás dos melhores pilotos da Ferrari, Lotus e Mercedes. Resumindo. As quatro primeiras posições estão nas mãos daqueles que fazem a diferença: Vettel, Alonso, Raikkonen e Hamilton.

Como o campeonato está decidido, vamos à corrida, para mim uma comédia.

Massa cumpriu o que disse, desobedeceu a ordem “Strategy A, NOW, Please”, resistiu algumas volta e correndo apenas para si foi ultrapassado por Alonso. No final da corrida ainda disse que não atendeu a ordem de equipe. Dois vexames num só gesto. Foi ultrapassado pelo Alonso e nem a desculpa de jogo de equipe pode dar mais. Vai continuar correndo por si e chegando atrás do Alonso, isto se a Ferrari não o mandar para casa mais cedo. Se fez com Prost, quanto mais com Felipe.

Agora o tema do título. A Lotus, depois das declarações bem antes da corrida feitas por seu “Manager” Eric Boullier, voltou suas atenções para Grosjean. Nem precisava das declarações. Não acredito em coincidências e o Kimi “piorou” depois que anunciou sua ida a Ferrari e ganhou da Lotus um trono digno da série de TV “Game of Thrones” no seu carro, o que acabou por detonar as costas do finlandês. Haja álcool para amenizar a dor (brincadeira, de fato o Raikkonen precisou de injeções de corticoides para correr). Enquanto isso o assento do Grosjean era forrado com veludo.

Essa aposta da Lotus no Grosjean cobrou seu preço hoje. Com sua experiência e capacidade de manter um ritmo constante conservando os pneus, não tenho dúvidas que se fosse Raikkonen no lugar do Grosjean, a Lotus teria uma vitória para comemorar hoje. Mas com seu assento de espadas Raikkonen faz o que dá para fazer, as espetaculares ultrapassagens em pontos inesperados que Kimi propicia aos fãs de F-1. Hoje foi sobre Hulkenberg. Raikkonen é o piloto das ultrapassagens mais espetaculares da Fórmula 1 de hoje e um dos mais espetaculares, se não o mais espetacular de sempre. Dos que eu vi desde os tempos de Fittipaldi, não tenho dúvidas.


Pelo visto, para os fãs de Raikkonen resta esperar pelo ano que vem e ver se o finlandês vai ter realmente o mesmo tratamento dentro da equipe Ferrari que o espanhol Fernando “não sei de nada” Alonso, porque neste ano, na francesa Renault inglesa Lotus, ficou claro que as atenções estarão focadas em Grosjean. A não ser que Eric Boullier e Alan Permane ganhem bilhões de neurônios funcionantes e percebam que o grande chamariz de investidores na Fórmula 1 são as vitórias nos Grandes Prêmios, e que Kimi é mais preparado e talentoso que Grosjean para oferecer estas vitórias a Lotus, afinal já o fez. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Infelizmente, me vejo obrigado a moderar comentários. Favor tenham paciência, que os comentários sem ofensas pessoais serão publicados.