quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

O petróleo nunca foi nosso.




Esta história dos royalties do petróleo me enoja. Enoja porque mostra definitivamente que no Brasil ainda há os privilégios aos grandes estados, no caso específico ao Rio de Janeiro. Por conta disso nem vou me aprofundar no assunto, apenas mostrar o quanto hipócritas são aqueles que defendem os direitos cariocas sobre o petróleo de seu Estado, muitos deles, idosos o suficiente, como determinada atriz octogenária famosa, para terem vivido na época em que o Rio de Janeiro, assim como São Paulo e Minas Gerais se industrializaram explorando as matérias primas fornecidas por outros estados que permaneceram atrasados por conta dos interesses desses Estados (SP, Rio e Minas) em manter o “Status Quo” em receber toda a atenção e benefício do Governo Federal.

Em 1938 o governo Federal começou a explorar o petróleo em território nacional, inicialmente em Lobato, na Bahia, depois em Candeias, no recôncavo baiano. A quantidade de petróleo produzida na Bahia não era suficiente para abastecer o Brasil, mas capaz de transformar a Bahia em um “Estado” exportador de petróleo. Mas infelizmente um carioca inventou a expressão “O petróleo é nosso” de forma que os estados de São Paulo, Rio e Minas puderam receber os benefícios desta produção sem a necessidade de pagar “Royalties” para a Bahia, afinal o petróleo “era nosso”.

Veio a quebra do monopólio estatal da exploração do petróleo seguida da descoberta do pré-sal e agora os principais estados produtores são o Rio de Janeiro e o Espírito Santo. Políticos e população carioca se mobilizaram para dizer: “O petróleo é nosso, é carioca” e reter os direitos aos royalties em sua maioria.

Simplificando a história. Quando a Bahia produzia, o petróleo era nosso significava do Brasil, agora que o Rio produz, o petróleo é nosso significa carioca”

Nossa presidente, a MINEIRA Dilma, agora veta uma distribuição entre os estados que recuperava, apenas uma pequena parte, as décadas de exploração dos outros estados brasileiros pelos três estados “todos-poderosos” da política brasileira, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Surpreendente? Não. Apenas vergonhoso.

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