Para começo de conversa, quem me lê no Twitter sabe que sou
anti-PT e crítico feroz da corrupção atual e também da anterior ao PT. Tinha
até elogiado o site O Antagonista, mesmo reconhecendo não concordar com algumas
de suas conclusões. Elogiava porque o site abordava na mídia da Internet o que as
mídias escritas e televisada se recusam a abordar com a atenção e crítica
necessária.
No entanto, ao ler dois posts absurdamente incorretos do site
O Antagonista não posso deixar de responder e esclarecer algo que parece
desapercebido pelos “pretensos” intelectuais do site.
Primeiro Post:
Uma associação infeliz e imprecisa da corrupção brasileira com
o estado da Bahia.
Se Jacques Wagner e José Sérgio
Gabrielli infelizmente são baianos, Dilma é mineira-gaúcha, Lula é pernambucano-paulista, FHC é carioca-paulista, Collor é carioca-alagoano e Sarney é maranhense.
Sobre a naturalidade dos citados
na Lava-Jato:
A senadora Gleisi Hoffman é
paranaense como Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa, André Vargas e o marido
da senadora, Paulo Bernardo, é paulista assim como são paulistas: Humberto
Costa, Aloysio Nunes, Mercadante, José Mentor, Aline Correa (nat.PE), João Vaccari
Neto, Antônio Palocci, José Dirceu (nat. MG).
Lindbergh Farias é de
naturalidade paraibana mas elegeu-se Senador pelo Rio De Janeiro, cidade que
ele defende e que o adotou, logo é carioca assim como Pedro Barusco (se não
natural, também adotou o Rio), Pedro Correa e Sérgio Cabral Filho.
Sobre as empresas, tem mais
empresas paulistas citadas na Lava-Jato do que baianas. E se OAS e Odebrecht
são as principais, isso acontece pelo fato de serem as maiores empresas da
construção civil, e já eram as maiores antes do governo PT.
Então porque o site O Antagonista
não fez um Post “O que é que o paulista tem? ” Ou o carioca? Ou o paranaense?
Porque os antagonistas Diogo Mainardi e Mário Sabino são paulistas?
O fato da mídia chamar Fernando
Soares de Fernando Baiano sendo ele um alagoano já mostra o racismo presente na
grande mídia, racismo compartilhado pelo site O Antagonista nestes dois infames
posts.
O segundo post:
Uma tentativa beócia de
justificar-se dizendo-se não racistas. Uma decepção que os autos ditos cultos
desconheçam o fato do poeta Gregório de Matos, o Boca do Inferno, ser
escravagista e frequentemente em seus poemas ofendia não apenas aos poderosos
(pelo que é famoso) mas principalmente ao povo baiano, ao qual atacava com todas
as formas de preconceito.
Se é para usar baianos na
argumentação, eu prefiro ficar com o ilustre Rui Barbosa cuja sabedoria seria
bem aplicada aos dias de hoje.
Sobre a situação política atual, mesmo
sem tê-la vivido, Rui Barbosa poderia ser citado: “A injustiça, por
ínfima que seja a criatura vitimada, revolta-me, transmuda-me, incendeia-me,
roubando-me a tranquilidade e a estima pela vida”.
E para terminar, uma suposição: