É mais do que notória a incapacidade de, como
governo, o PSDB e o PT negociarem. Negociar, eles negociam, com os outros
partidos, na base da compra: “Te dou isso ou tanto e você me dá seu voto”.
Quando as negociações são com as classes trabalhadoras,
o PT não negocia, impõe a sua vontade, principalmente quando contam com a sua
militância nos quadros dos órgãos representativos da classe. Recentemente nós,
professores universitários, passamos por isso quando a APUB, nosso órgão
representativo atendeu aos interesses do Governo Federal ignorando a vontade
daqueles a quem representam.
E assim, muitos se viram sem representação, perdendo
a própria voz como classe.
Os atuais protestos tem esta diversidade de “causas”
porque vem sendo usada para recuperar a voz retirada pela intransigência do
Governo e seu conluio com representantes de classe.
Bastante sintomático que o atual processo de
manifestações de requisições diversificadas começou exatamente com a
intransigência de um representante do PSDB (Alckmin) e um do PT (Haddad) em um
ponto específico. A ação violenta da PM paulista foi a gota d’água para aqueles
que tinham perdido a voz e portanto resolveram se juntar nas diversas cobranças
aos governos e partidos políticos. E por causa disto, tantas vozes de manifestantes enquanto os governantes se
calam, e quando falam o fazem para ordenar seus macacos adestrados, os
policiais militares, na repressão tão representativa de uma ditadura.
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