segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Como se eternizar no poder sem precisar cometer crimes.

Para explicar o título acima é preciso entender o processo inteiro.

Durante a investigação e julgamento do Mensalão, verificou-se que o denunciante (Roberto Jefferson) e os operadores foram tratados com todo o rigor da justiça enquanto o núcleo político tratado da forma mais leniente possível que chegou ao absurdo de influenciar as indicações ao STF com o interesse nítido de aliviar o já pouco rigor com que foram tratados. Coloque-se ao redor do “núcleo” político as esferas de elétrons (deputados e senadores) POUPADOS de serem incriminados por sua participação.


No momento em que foi flagrado pela operação lava-jato, o ex-diretor da Petrobrás sabia exatamente qual a sua posição, a de operador. Não sendo burro, sabia que o seu destino seria semelhante ao do operador do mensalão, Marcos Valério, e negociou uma delação premiada. Sabia que somente assim reduziria sua pena. Aí fez a denúncia, sabendo que A PENA SOMENTE SERÁ REDUZIDA SE AS DENÚNCIAS FOREM PROVADAS VERDADEIRAS.

Daí veio o esclarecimento do que acontecia na Petrobrás: 3% de todos os contratos eram pagos por debaixo do pano e este dinheiro era dividido entre os partidos, para os caixa2 de campanha, para pagamento de propinas e enriquecimento ilícito de alguns.

Como se eternizar no poder? Primeiro deve-se tornar estes 3% em algo legal, ou seja, para cada contrato assinado pela Petrobrás e outras Estatais 3% será aplicado em um fundo para a população. Como estes 3% representariam bastante dinheiro, divididos pela população comprovadamente carente eles receberiam muito mais que a atual bolsa família e realmente diminuiria a desigualdade. 

Quem em sã consciência votaria contra um governo que ajuda aos necessitados de forma real, aprovada por lei e honesta. Este governo, apoiado pelo povo, estaria ETERNAMENTE no poder.

Então, por que não fazem? Simples. Porque nestes 3% não estão somente o destinado para as campanhas políticas como também as propinas e enriquecimento ilícito. Ou seja, o interesse não é ajudar, porque poderiam ajudar bem mais, o interesse é enriquecer.

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